terça-feira, setembro 24, 2019

… E a missão continua, desta vez para o Norte do Gungo.


18.09.2019
                 Ondjila e Cambinda esperavam-nos. Lá fomos, com o nosso cavalinho bem carregado: água, mantimentos, roupas, as coisas pessoais, etc. Na primeira noite, 6 de Setembro, pernoitámos na Donga. No dia seguinte, bem cedo, rumámos à Ondjila entrando no seu verde e rompendo montanhas com o nosso cavalinho. A picada mais parecia um carreirinho, por vezes visível, outras vezes desbravando capim. De um lado e do outro avistávamos palmeiras, bananeiras e tantas espécies de plantas que, com as imponentes cordilheiras montanhosas, embelezavam o nosso quadro. Distâncias longas, picadas desafiantes, dias repletos de carro para chegar ao destino. Assim é a missão.
                Paragem para almoço, num restaurante 5 *****, condecorado com “estrelas Michelin”, por suposto. Mais puro não existe… à sombrinha e na frescura de um pequeno riacho, cada um de nós com o seu prato na mão, enchíamos a barriguinha.
Bairro do Chitumalo, centro da Ondjila
                Retomámos o caminho, transpusemos pedras, pedrinhas, buracos, pontes de gravelhos, paisagens lindas, lindas, de “cortar a respiração”.
                Quase à noitinha, chegámos à Ondjila e, após o acolhimento inicial, fizemos a oração da noite. No dia 8, domingo, iniciámos com a oração da manhã e, depois, a eucaristia em dia de sair com as fatiotas mais brilhantes. Durante a tarde a mana Rita teve consultas e a mana Cândida acompanhou-a. Desta vez até o avô Filipe ajudou como tradutor do dialeto e mestre cozinheiro que ensinou os bons hábitos alimentares que muitas vezes são medicamento e prevenção para a saúde das pessoas. A mana Sílvia de abraço em abraço, de colo em colo, foi brincando com a criançada. O padre David reuniu com as famílias e com os catequizandos que frequentam as várias caminhadas: Primeira Comunhão, Crisma…
Encontro dos jovens na Ondjila
                Na segunda-feira, Dia 9, a manhã foi destinada aos jovens. As manas em conjunto foram tirando dúvidas e dando conselhos sobre os mais diversos temas resultado das preocupações características destas idades. Depois de almoço, mais consultas… À noite, aproveitámos alguns temas abordados na manhã com os jovens e passámos filmes sobre o nosso sistema imunitário, o exército de soldadinhos que nos protege. Mais uma vez a nossa igreja serviu de sala de cinema com a intenção de informar e educar para uma vida melhor e mais saudável. Ainda deu oportunidade de ver um pequeno documentário sobre a palanca negra e o nosso querido vídeo promocional “crianças como nós”. A palanca negra é um animal parecido ao veado que representa um dos símbolos de Angola. Após a guerra foi quase extinta e, graças ao amigo Pedro Vaz Pinto (que conhecemos no Uquende em Junho durante um dos seus trabalhos junto com o ornitólogo Michel Mills), foi possível fazer-se uma reserva dedicada a estes animais e à sua reprodução livre de caçadores e outras ameaças desta espécie.
formação das "matemáticas"
                Dia 10, terça-feira, a equipa foi visitar o bairro do Chitumalo. Foi celebrada eucaristia e, no final, com grande alegria e carinho todos dançámos a bem conhecida música “me mostra a sua amiga” e, como acontece no final de cada visita, o momento fotográfico da comunidade registando as “chipalas” (caras) com traços de alegria, outros de tristeza, da chegada e da partida da equipa. Regressámos à Ondjila para o almoço, já na mesa, preparado pelo avô Filipe e pela equipa de cozinha chefiada pelo pai António. Às 14h30, a mana Cândida foi tirar o pó das carteiras da escola fechada por falta de professores. Uma turma de miúdos e graúdos, dos 20 aos 60 anos. A mana Rita, com mais consultas… O padre David continuou a reunião do Ondjango do centro e a mana Sílvia esteve a orientar a cantina de roupa.
Bairro da Ondjila
                No Dia 11 foi dia de partida. 6h30 missa de despedida. Abraços, bejinhos, lágrimas no canto do olho e lá fomos rumo à Cambinda. Nestas paragens existem lugares estratégicos em altitude onde a rede telefónica é pontual, lá, lá, lá… no cimo daquela pedra, bem no seu crutinho. Especificamente, numa pontinha do bairro da Chipaca, junto a um forno. Como tudo pode acontecer, não há momento nem lugar certo, ser missionário é estar preparado para fazer tudo em todo o momento. Foi ali que encontrámos a necessidade de mais uma consulta e tratamento: Uma mãe com o seu “canéné” repousava e em conversa mostrou-nos o seu peito. Uma mastite num grau tão avançado que já tinha feito ferida. Foi tirar as malas da saúde e cuidar da situação. Acabámos por chegar a meio da tarde e logo descarregámos o cavalinho. O Pe David iniciou a reunião do Ondjango do centro e logo se chegou a hora da oração da noite. A seguir a refeição quentinha e “caminha” para descansar o corpo e a mente porque o dia que se seguia iria ser bem preenchido.
Chipaca - onde há rede
                Dia 12, quinta feira, a mana Cândida e a Sílvia ficaram com a tarefa da cantina de roupa, e a mana Rita de volta das consultas. 15h a mana Cândida, à sombra de uma grande mangueira, após a actividade de apanhar pauzinhos com a criançada, esteve a fazer contas e continhas auxiliando-os nas operações. Muitas destas crianças não frequentam a escola, umas por falta de identificação pessoal não se podem inscrever, outras porque a escola mais próxima fica a um dia inteiro de caminhada. Enfim, realidades de que só tomamos consciência quando estamos a dar o nosso contributo no terreno. Ao final da tarde, às 17h, missa.
Bairro do Catongo
                Dia 13, sexta, dia importante, formação de líderes da Pastoral da Criança de quem dependem muitas mães grávidas e crianças até aos 5 aninhos. Foi oportunidade para sedimentar e aumentar conhecimentos, desta vez com o apoio de uma médica que inspira com os seus conhecimentos. Na escola local, onde só é lecionada a 4ª classe, a mana Cândida foi convidada a ir dar uma aula de matemática. Foi fazer o gostinho ao dedo de ter na sua frente uma turma e sujar-se com giz. Uma escola feita de adobes, onde as cadeiras são pequenos cepos de madeira e a secretária as próprias pernas. Quando se quer aprender todas as condições são excelentes. Enquanto isto o padre David foi destacado para outra missão. Foi visitar o bairro do Catongo e celebrar com aquela comunidade a Eucaristia e ,depois no bairro do Belém, que fica na rota, administrar a Unção a 4 doentes. Nesse dia, há noitinha, veio a nossa mana Teresa a partir da Donga numa caminhada de 5 horas, a pé, para se juntar à equipa.
A turma na sala de aula
                Sábado, dia 14, durante a manhã líderes e jovens reuniram-se a fim de partilharem a formação juntos. Os temas eram comuns e importantes para o dia a dia de qualquer um. Falámos acerca do Suporte Básico de Vida, como ajudar uma pessoa que se engasgou, o que fazer se encontrarmos alguém desmaiado no chão e, claro, tempo para todos treinarem essas manobras. Noutro lado continuava a reunião do ondjango do centro. Há tarde, os grupos separaram-se. Os jovens foram com o padre David e a mana Sílvia para dar continuidade ao encontro e os líderes ficaram com a mana Rita, Cândida e Teresa para falarem de percentis e tabelas e números e medidas e pesos e grelhas e etc. Tudo para que se torne mais fácil avaliar e observar a evolução do crescimento das crianças e da saúde da grávida. Após o encontro dos jovens uma família preparou-se para os sacramentos do dia seguinte. O sábado contou ainda com missa às 18:00h e oração da noite.
Formação sobre a saúde
                No domingo dia 15: oração pelas 6h30 e, às 9h, missa campal. É incrível a quantidade de pessoas que vêm de todos os lados para se juntarem a nós para vivermos a Eucaristia. Nesta, realizaram-se 5 baptismos e 1 casamento. E ainda, foi nesta que se assinalou a despedida das manas Rita e Cândida, após uma missão de 2 meses, no dia 20, irão regressar a Portugal. A comunidade elaborou uma carta de despedida e agradecimento lida pelo jovem Alexandre dirigida às nossas queridas manas. O padre David, tomou a palavra e agradeceu também às manas a sua presença e acção e à população pelo acolhimento e todos os esforços em nos receber.
Bairro de Cambinda
                Agora estamos nos preparativos para ir para Luanda e entregar as nossas passageiras direitinhas no aeroporto. O padre David seguirá também com elas para, durante um mesinho, estar com a família, descansar e matar saudades do nosso Portugal. Mas, não ficamos por aqui: Duas meninas já conhecidas de todos vão juntar-se ao grupo aí no tal “Puto” para poderem avançar e progredir nos seus estudos. São elas a mana Rosa e a mana Celestina, oriundas do nosso Gungo de um bairro chamado Calipe que durante vários anos estudaram no Sumbe e residiram com a Equipa. É de coração aberto que a linha da frente as entrega sabendo que irão abrir-se muitas portas para o futuro destas meninas.
As 3 manas: Rita Cândida e Sílvia
                Na próxima semana a mana Sílvia subirá ao nosso Gungo e irá trazer mais notícias fresquinhas para todos.
Saudações da
Linha da Frente.
                Nota: Este texto foi escrito no dia 18/09 mas só conseguimos publicá-lo mais tarde.



Celebração do domingo em Cambinda

 





segunda-feira, setembro 23, 2019

Chegadas de Angola

No sábado dia 21 de madrugada chegaram as missionárias Cândida e Rita depois de dois meses de missão em Angola. Juntamente com a bagagem traziam as experiências vividas por aqueles paragens. O povo do Gungo deixaram-lhes muitas marcas e ficaram com um lugar especial no coração.
No dia seguinte recebemos também o padre David que veio de férias e a Rosa e a Georgina, duas jovens do Gungo que têm estado na casa do Sumbe para estudar na cidade e vieram para Portugal para prosseguir os estudos.


domingo, setembro 22, 2019

Jornal Ondjoyetu N.º 46

Saudações missionárias!

Apresentamos aqui a edição N.º 46 do jornal Ondjoyetu, uma edição especial, dedicada aos 20 anos de existência e de missão do Grupo Missionário. Para aceder ao jornal digital, clique, por favor, na imagem ao lado.

Uma breve história do Grupo Ondjoyetu, um artigo sobre os sonhos para a Missão de S. José do Gungo e vários testemunhos de missionários, entre outros, é o que descobriremos nesta edição do nosso jornal. Boas leituras ;)

A todos os nossos Mil & Tal Amigos, twapandula tchiwa. Muito obrigado!
Tukasi kumosi. Estamos juntos.

segunda-feira, setembro 16, 2019

Sessão de apresentação do Grupo Missionário Ondjoyetu





Já pensou dar algum tempo da sua vida ao Voluntariado Missionário? É agora o momento! 

Venha conhecer o Grupo Missionário Ondjoyetu, a sua acção missionária em Portugal e em Angola, a sua história, o caminho realizado, as dinâmicas de missão, os desafios actuais e futuros, e vibre com os testemunhos de missionários que deram algum tempo da sua vida à Missão.

A próxima sessão de apresentação realizar-se-á no dia 27 de setembro, às 21h00, no Seminário Diocesano de Leiria.

Este encontro termina com a possibilidade de cada um definir o grau de pertença e colaboração que pretenda, dentro da sua disponibilidade e boa vontade.

Se se sente interpelado pela vocação missionária e se quer integrar o Grupo Ondjoyetu ou simplesmente conhecer o trabalho por ele desenvolvido em Portugal e Angola, venha ter connosco e traga amigos. 

'tamos na tua espera ;) 

sábado, setembro 14, 2019

Comemoração dos 20 anos

Está a decorrer este fim de semana no mercado Santana a comemoração dos 20 anos do grupo missionário. Na abertura, o sr Bispo D. António deixou-nos a mensagem de olhar para o passado com gratidão, viver o presente com paixão e olhar o futuro com esperança.
 O nosso convidado Raúl Manarte que tem dedicado algum tempo da sua vida desafiou-nos a sermos mais ativitas mesmo em pequenos pormenores como na comprar da roupa se foi produzida com respeito pelos trabalhadores.
A Susana Querido que foi à missão em 2004 e voltou em 2017 por um período mais longo, achou uma diferença brutal. Ficou lá um bocadinho de cada um que por lá tem passado.
A Andreia partilhou connosco a origem do seu espirito missionário que nasceu ao ler a Fátima missionária e sempre achou os missionários ousados. Em Angola sentiu que eles dão tudo o que têm e nós damos apenas algum tempo da nossa vida e pouco mais. Deixamos lá um sementinha e trazemos muito mais.
Continuamos no fim de semana pelo mercado.
Bom fim d

sexta-feira, setembro 06, 2019

O calor destas paragens…


                O final de Agosto e primeiros dias de Setembro foram passados por montanhas, onde o frio se sente, nesta altura, mas o calor humano nos fez o aconchego. A alegria da nossa chegada foi demonstrada com danças, cantos e abraços… Aqueceu-nos o coração!
Longundo
                No dia 24 de Agosto, sábado, rumámos ao Centro do Longundo. Apesar da hora tardia a que chegámos, ainda houve tempo para rezar com a comunidade e tomar uma refeição bem quentinha preparada pelo avô Filipe antes da hora de descanso.
                No domingo, o padre David presidiu à eucaristia para toda a comunidade pelas 9h30. No período da tarde, a Equipa missionária envolveu-se em várias actividades: As manas Rita Banza e Teresinha estiveram a fazer consultas, a mana Sílvia a fazer jogos educativos com a pequenada e a mana Cândida a “matematicar” com o grupo dos jovens. O Padre David mergulhado em reuniões do Ondjango e com a comunidade em geral, depois as confissões e, ao final do dia, a oração da noite. Depois deste dia bem preenchido ainda houve tempo para amassar e cozer pão, já podem imaginar… Pão quente… manteiga… Hummmmm…
                Na madrugada de segunda-feira, a mana Teresinha estava de partida para a Donga, uma longa caminhada a esperava, cerca de 28km, a pé, para retomar o seu novo período lectivo.
                O nosso cavalinho branco levou a restante equipa até ao bairro da Chinjamba. Fomos passar o dia com esta comunidade. Durante a manhã a celebração da eucaristia, à tarde, consultas, consultas, e mais consultas do outro lado do pátio. A nossa maninha médica não tem mãos a medir. As outras manas nas brincadeiras com as crianças, bolas, cordas, elásticos… Jogos matemáticos… aí está a nossa mana Sílvia “como peixinho dentro de água”.
Chinjamba
                A mana Cândida esteve no encontro com as jovens meninas. Abordou temas variados, não só de números, mas também de dúvidas e questões próprias destas idades. Fim do dia, a noite caiu e regressámos ao Longundo.
                Dia 27, terça-feira, pela manhã, as 3 manas reuniram-se com as jovens meninas para a continuação do encontro anterior, por vezes o tempo é escasso e muitas dúvidas ficam no ar. Este encontro teve uma particularidade gratificante: mães e filhas todas sentadas a interagirem.
                De tarde, foi momento de rir, correr, cocar… porque todas as brincadeiras têm um objetivo educativo e lúdico.
                As igrejas nestes bairros são um espaço de múltiplas funções e, ao início da noite, só faltavam as pipocas: Imaginem a pequenada e os graúdos, de olhos postos no lençol “branco” pendurado na parede da igreja… e a ser projetado um filme animado, “O livro da Selva”. Uma noite diferente e descontraída, depois o sono, os sonhos cor-de-rosa e azuis. Estes momentos acontecem quando a equipa missionária vem.
                Na quarta-feira, encontrámos uma menina sentada com um olhar triste, resguardada por um dos típicos panos de Angola. Quando a cumprimentámos, deparámo-nos com uma situação grave. Ela, há cerca de uma semana, estava a aquecer-se junto da fogueira e o seu pano pegou fogo. Tem o bracinho, o peito e a barriguinha do lado esquerdo com uma queimadura muito grave. A equipa uniu forças e, contendo as emoções próprias do momento, colocou mãos à obra para fazer o melhor possível com os meios disponíveis. Durante a nossa estadia no Longundo, fomos acompanhando esta menina, parabenizando a sua mãe pelos cuidados feitos anteriormente e incentivando à continuação dos tratamentos aconselhados. A situação melhorou a “olhos vistos” e a cura está no bom caminho.
                Por volta das 15h, as manas foram guiadas pelas crianças até ao rio Cubal, e, numa troca de favores, as manas tiveram de as cocar. Entre saltos e saltitos, chegaram ao destino onde puderam maravilhar-se com a paisagem encontrada. Momentos divertidos e descontraídos seguiram-se, aproveitando para as fotos e mais fotos, de mil maneiras e feitios, caras, caretas, enfim. Tivemos de regressar a correr pois era dia de eucaristia.
As avós que foram baptizadas
                Às 20h30, e, desta vez, o filme da nossa sala de cinema (adaptada) foi mais para os adultos e, principalmente, para os jovens que pediram mesmo: “Um bom filme sobre Jesus” e saiu: “O nascimento de Jesus”.
                Quinta-feira, dia 29 de Agosto: a nossa estadia neste bairro estava a finalizar e era dia de partida. Última celebração da eucaristia, com o encerramento da nossa visita a este bairro.
“…Pula! cavalinho branco pula. Pula! cavalinho branco pula…” Como refere a canção e lá vai a equipa missionária para outras paragens. Agora para o bairro e centro do Caponte…
                6ª feira, dia 30 de Setembro, no período da manhã a equipa missionária esteve reunida com o ondjango. Depois do almoço, houve tempo para consultas e para iniciar os preparativos para os diversos sacramentos.
                Sábado, dia 31 de Agosto: Para a mana Cândida todo o local é espaço para aprender, hoje foi à sombra de uma árvore que as crianças e jovens deram azo à sabedoria. Com a ajuda das manas Sílvia e Rita os problemas saltitavam. Depois do almoço, a mana Rita deu consultas, com a companhia da mana Cândida. A mana Sílvia esteve a acompanhar algumas mamãs jovens. O Padre David, durante todo o dia, esteve mergulhado em papelada, preparação e aconselhamento aos noivos e catecúmenos. Entre as inúmeras atividades, reunimo-nos para a foto da comemoração dos 20 Anos do Grupo Ondjoyetu: 31/08/2019 a comemorar o 31/08/1999.
Hiquila
catequistas visitadores
                No domingo de manhã, agradecemos a Deus a oportunidade que nos foi dada de acompanhar dois casamentos e 11 baptismos. À tarde, realizou-se a reunião do Concelho Permanente da Missão que “obrigou” os catequistas visitadores a vir a esta ponta do Gungo.
                Segunda-feira de manhã, visitámos o bairro da Hiquila. Ao chegar fomos logo confrontados com uma situação preocupante. Um IFA (camião) que seguia atrás de nós capotou. Juntamente com a população fomos logo em auxílio com o cavalinho em marcha de ambulância. Não havendo feridos mas apenas a preocupação material regressámos para celebrar a Eucaristia deixando o motorista e ajudantes a preparar o resgate do camião. No final, e já de regresso ao Caponte, o camião continuava imobilizado. Vai cavalinho! Mais um salvamento com sucesso: Corrente, cordas, força… o velho IFA voltou a ficar de pé e pronto a circular.
Caponte
                À tarde, o Pe David reuniu com os casais e com os membros dos movimentos Apostólicos. Ao final da tarde, deslocámo-nos até ao bairro da Etama para celebrar uma Missa nocturna com esta comunidade.
                Na terça-feira, as manas Cândida, Rita e Sílvia, com o avô Filipe regressaram ao Sumbe (220Km) para preparar a próxima visita aos centros da Ondjila e Cambinda. O Pe David dirigiu-se à Donga, de mota, (60 Km saltitantes para percorrer o que seriam 20km em linha recta) a fim de poder acolher o administrador municipal do Sumbe, recém-eleito, e que quis conhecer o Gungo sem deixar de subir à missão Donga.

Beijinhos e abraços!
31 de Agosto de 2019
Tukasi Kumosi (Estamos juntos)


A linha da frente


quinta-feira, setembro 05, 2019

Jornadas Missionárias 2019

Nos dias 28 e 29 de setembro, realizam-se em Fátima, no Seminário do Verbo Divino, as Jornadas Missionárias 2019, subordinadas ao tema BATIZADOS E ENVIADOS. A missão evangelizadora do cristão.

[...]

Neste Ano Missionário será que sentimos este “pulsar” missionário? Sentimos reavivar em nós o nosso Batismo? Sentimo-nos Enviados com esta característica de estarmos “Todos, Tudo e sempre em Missão”?

O objetivo destas Jornadas Missionárias é avivar “um anúncio que oferece aos crentes, mesmo tíbios e não praticantes, uma nova alegria na fé e na fecundidade evangelizadora” (EG 11), aprofundando o significado do nosso batismo e o porquê de sermos enviados. 

Batizados
Quando no dia do batismo se pergunta: “Que pedis à Igreja para o vosso filho?”, a resposta sai aberta e franca: “O Batismo!”; o mesmo é dizer “a Fé!”. A fé em quem? Em Jesus Cristo! respondemos todos. O batismo é esse encontro com Cristo; um estar com Ele, para aprender dele a ser verdadeiros discípulos missionários.

Reviver o nosso batismo é “Voltar a Jesus”. “Voltar a Jesus” é reencontrar-se com Ele, para fazer vida com Ele, e anunciá-lo.
“Voltar a Jesus” é proclamá-lo com a coerência da vida, mas também com palavras, apresentando-o como nosso Mestre e Senhor. É que podemos estar a viver um cristianismo de alguma maneira não cristão, carente de Evangelho e à margem de Jesus. 

Enviados
Ninguém deve guardar para si a revelação do encontro com Jesus Cristo. Ela chega até nós para a comunicarmos aos outros; para gerar vida espiritual nos outros e despertar a capacidade do encontro pessoal e íntimo de todo o ser humano com Deus.

Com diversos nomes, o papa Francisco apela à necessidade que a Igreja saia de si mesma, saia a evangelizar se quer ser fiel a Jesus. É por isso que fala de “uma Igreja missionária”; de “uma Igreja em saída”, de “uma Igreja de portas abertas”; “uma Igreja livre de si mesma”, livre das suas preocupações internas e mais aberta às necessidades das pessoas de hoje.

A Igreja missionária é uma Igreja que sai, inclusive que muda de lugar. Mas é importante sair com uma finalidade, que não é outra que a missão que Jesus nos entregou: Evangelizar.

Evangelizar não é obrigar; é propor. A proposta tem de ser feita sem pressas (de resultados) e desde dentro, entrando na cultura do outro, conhecendo a sua forma de vida, partilhando com ele, dando-se a conhecer, escutando e oferecendo-se (cf. EG 46).

Como seria bom sonhar com o papa Francisco com uma “opção missionária capaz de transformar tudo: os costumes, os estilos, os horários, a linguagem e toda a estrutura eclesial para que se tornem um canal adequado para a evangelização do mundo atual” (EG 27).

[...]
Pe. António Lopes, SVD
Director Nacional das Obras Missionárias Pontifícias (OMP)


Para aceder ao programa, clique aqui.
Inscrições aqui.
Data limite de inscrições: 16 de setembro


Continuação de boa MISSÃO!