quarta-feira, novembro 28, 2007

António, o emigrante de sucesso, - II

Olá. Ainda se lembram do António Batata. Pois, ainda não tinha acabado a história dele. Então aqui fica o resto do que eu queria contar. É que muito mais haveria para dizer... mas agora ficamos por aqui. Dizia eu que logo que recebeu as botas e o casaco os usou durante um bocado de tempo, conforme se vê na imagem, apesar do calor. Com o dinheiro que recebeu comprou, entre outras coisas, um saco de arroz de 50 kg., uma caixa de esparguete, sabão e salsichas. Quando fomos ao Gungo, levámo-lo, bem como à sua preciosa carga, sem esquecer as botas e o casaco. Por lá ficou para umas mini-férias, pois havia muito tempo que estava longe da família. Quando regressou contou-nos a sua epopeia. Bem ao estilo africano, em pouco tempo distribuiu pelos familiares, vizinhos e amigos os bens que levara da cidade. Sim, que aquelas comidas são de cidade e quem chega ao Gungo com elas é visto como uma pessoa de sucesso, um emigrante que regressa e mostra o êxito da sua saída de um meio tão isolado e pobre. E então as botas e casaco… fizeram um verdadeiro furor entre a vizinhança. Ao retomar o trabalho o António tinha, em termos materiais, praticamente o mesmo que quando iniciou a primeira vez. Mas ele é que já era o mesmo para si próprio e para os outros. Agora, terminada a obra, é ele que fica como guarda da casa da missão quando a equipa missionária se ausenta para o Gungo. E os seus estudos, ainda que com alguma dificuldade, prosseguem. Cumprimentos a todos. P. Vítor Mira

domingo, novembro 25, 2007

Reunião de grupo

Neste sábado, 24 de Novembro o nosso grupo teve uma reunião importante. Felizmente esteve muita gente presente, conforme se pode ver na foto. Começámos por ser mais uma vez sensibilizados para a questão do Darfur e unimos-nos em oração a todos os que o fizeram numa corrente que foi criada. Tratámos de outros assuntos referentes à vida do grupo e foi lançado o trabalho de grupos com algumas questões relativas a opções de fundo. Agora cada grupo vai reunir no dia que entender melhor para reflectir sobre os assuntos propostos e depois dar a sua opinião. Também já ficou definido que artista irá actuar a festa que realizaremos no Centro Pastoral Paulo VI, em Fátima, no próximo dia 29 de Março de 2008. Sabem quem é? Ah, ah! Diremos numa próxima oportunidade. Queremos dizer à Linha da Frente que a tivemos bem presente no nosso encontro e oração final. Sabemos que amanhã, se Deus quiser, partirão para o centro da Chitunda, onde vão estar até dia 10 de Dezembro. Desejamos mais uma vez um bom trabalho e enviamos muitos cumprimentos à comunidade. Deste lado sempre vos acompanhamos com a nossa oração. Tchauéééé. P. Vítor Mira

quarta-feira, novembro 21, 2007

Notícias da Tuma

Saudações fraternas a todos, como já foi noticiado chegámos de mais duas semanas de missão no passado Domingo. A missão no geral correu bem. Fez-se alfabetização de adultos em duas turmas e o curso de culinária. Aqui fica já uma foto daquilo que se foi passando. Esta galinha deu a vida para ensinar a fazer arroz de cabidela. Na imagem aparecem dois catequistas: O José Severino Capoco (que depena alegremente a galinha) e o Sr Geraldo Passagem (que passa a receita). Também eles fizeram parte dos que quiseram aprender mais alguma coisa. Aprendeu-se a fazer doce de mamão e abóbora e também sopa de abóbora, entre outras receitas e deram logo a sentença: "os porcos vão deixar decomer mamão e abóbora. Agora já sabemos cozinhar..." Mais uma vez foi um tempo rico e produtivo. Sabe sempre a pouco. Quem vem à formação implora sempre que continuemos... E nós iremos continuando nesta missão. Nos próximos dias virão mais desenvolvimentos
Saudações fraternas a todos

terça-feira, novembro 20, 2007

Expedição à Donga-2

Olá. Cá estou de novo. Ontem à tarde estava a falar com uma pessoa e a dizer-lhe que os nossos missionários deveriam estar a chegar do Gungo. Logo a seguir toca o telemóvel e deixa de imediato de tocar: era o número do nosso grupo em Angola a dar sinal para eu ligar para lá. Tinham mesmo acabado de chegar e queriam trocar umas impressões. Tudo bem com eles, graças a Deus. O trabalho na Tuma correu bem, e aquela que tem sido uma comunidade algo problemática, dá sinais de esperança. Uma das novidades é que já temos um habitante para o curral que fizemos junto à nossa casa: uma senhora ofereceu um leitão à equipa missionária. Ainda não veio para casa, mas faltará pouco. Parece que também já há umas couves na nossa horta. Entretanto, fica mais um pequeno vídeo da preparação da expedição à Donga. Estamos juntos. P. Vítor Mira

domingo, novembro 18, 2007

Há um ano foi assim

Boa tarde amigos. O padre David faz hoje seis anos de ordenação sacerdotal. Por isso está de parabéns. Não esquecemos a data e por isso rezamos por ele de uma forma especial neste dia. Há um ano a data também não foi esquecida. Estava de partida para a Donga, onde foi, com o Sr. Rui, fazer as obras de recuperação da antiga casa da missão. Aqui fica um pequeno vídeo para que vejam como foi há um ano. Cumprimentos a todos e as boas vindas à equipa que, se Deus quiser, regressa hoje do Gungo, onde esteve quinze dias em trabalhos com a comunidade. P. Vítor Mira

sábado, novembro 17, 2007

António, o emigrante de sucesso, - I

Mais umas linhas da história do nosso amigo António. Como já disse, o António foi o melhor dos nossos trabalhadores. Não tanto pela qualidade do que fazia, pois vinha do campo e não estava habituado ao tipo de trabalho e construção que a nossa obra exigia, mas principalmente pela sua atitude sempre disponível e voluntariosa. A determinada altura foi preciso aprofundar a vala de drenagem da zona dos tanques de água. A retroescavadora abriu a vala, mas não chegou a profundidade necessária. Ainda contactámos uma empresa que tinha uma giratória, mas levava 200 dólares à hora, o que seria um custo elevado e não previsto. Perguntámos por isso ao António se ele podia fazer aquele trabalho. O seu “siiiiim” foi imediato: “eu vim para aqui para ajudar a missão”. Logo lhe garantimos que além do que estava combinado, iria receber uma recompensa extra devido à dureza do trabalho que tinha pela frente. E, de facto, deu pena ver o António com a picareta, a marreta, a pá, a enxada, os ponteiros de ferro grosso a trabalhar com tanto calor naquele buraco que ficou com 2,60 de profundidade. Ele, que é negro, saía de lá todo branco do pó que provocava o seu trabalho. Que duras pedras ele teve que partir para conseguir cumprir a tarefa que lhe estava confiada. Ao fim de alguns dias o trabalho estava realizado. Entretanto, chegou o fim do mês e por isso pagámos ao nosso amigo o que estava combinado. Mas além disso, ainda lhe oferecemos um bom casaco e umas botas novas. A oferta deixou-o deslumbrado com um sorriso bem rasgado de espanto e gratidão. Mesmo com o calor que estava, as prendas foram logo estreadas e usadas com satisfação. A história continua. Cumprimentos. P. Vítor Mira

quinta-feira, novembro 15, 2007

Partilha...

Li e gostei, por isso, estou a partilhar... "Eu não sou nada. Ofereci-me a Jesus, e então Jesus fará em mim o que quiser, desejando eu ser como uma criança nas mãos de Deus e seguir as Suas inspirações!" (Teresa de Saldanha)

quarta-feira, novembro 14, 2007

O António em acção

Bom dia amigos cyber-visitantes. Temos andado a falar do António Batata, o nosso caseiro. Aqui fica um pequeno filme em que ele está a trabalhar com a picareta. Lembro que os nossos missionários da Linha da Frente estão no Gungo (Tuma), de onde devem regressar no próximo domingo, se Deus quiser. Continuemos a tê-los presentes na nossa oração. Cumprimentos. P. Vítor Mira

quinta-feira, novembro 08, 2007

António, o ajudante das obras

Continuamos a saga do António Batata. Quando em Agosto de 2006 a equipa missionária foi apresentada à comunidade do Gungo, o António disse logo que queria ser o guarda da nossa casa, na cidade. Assim podia conjugar esse desejo com o de estudar um pouco mais, uma vez que na sua terra natal isso não lhe era possível por não haver escola. Como primeiro era necessário construir a tal casa, logo se disponibilizou para fazer parte da equipa de obras. Em Setembro o António foi connosco para o Sumbe. A sua primeira tarefa foi a de guardar o estaleiro das obras à medida que lá se iam colocando os materiais de construção. Com a chegada dos empregados do Sr. Rui Quinta, que dormiam no local da obra, o nosso amigo passou a alojar-se em casa da família, ficando assim disponível para trabalhar durante o dia. Ficaram bem registados em nós os seus “siiiim”, com uma musicalidade muito própria, logo que lhe pedíamos alguma coisa. Sempre bem disposto e disponível para todos os serviços, o que chegou a levar os colegas de trabalho a tentarem sobrecarregá-lo ainda mais. A sua colaboração também foi muito importante como elo de ligação aos outros colaboradores e foi ele que nos ajudou quando houve tentativas de desvio de alguns materiais. De todos os trabalhadores angolanos foi o único que esteve connosco do princípio até ao fim da obra. E agora é ele que fica a viver na nossa casa quando a equipa missionária se ausenta para o Gungo em trabalho com a comunidade por períodos de duas semanas. A história continua... P. Vítor Mira

quarta-feira, novembro 07, 2007

terça-feira, novembro 06, 2007

António, o fazedor de batuques

Olá amigos. De Angola não podemos esperar notícias dos nossos amigos da Linha da Frente nos próximos dias; foram para o Gungo, aldeia da Tuma, no passado sábado e por lá vão ficar durante duas semanas. Mas o nosso blog continua vivo. Hoje quero falar-vos do António Batata que vemos na imagem com os voluntários do Projecto ASA 2004. Os socaios (à esquerda) e batuques que vemos na imagem foram feitos por ele. Esses instrumentos foram a grande recordação que os voluntários dos anos 2003 a 2005 trouxeram do Gungo. O mais interessante é que de ano para ano foi havendo uma evolução e a qualidade dos batuques foi sempre subindo. Mas a história do António continua. O resto fica para a próxima. Um abraço para todos os que nos acompanham e visitam neste espaço. P. Vítor Mira