domingo, dezembro 19, 2021

Missa nova e outras novidades e um Santo Natal

 Saudações a todos os que passam por este espaço.

No fim de semana, 11 e 12, na sede da missão Donga, tivemos a alegria da celebração da missa nova de um padre que tem as suas raízes no Gungo. Não nasceu ali e apenas viveu lá poucos anos. É o padre Aguinaldo Muto. Seu pai é originário do bairro do Tombo no centro de Cabinda do nosso Gungo.

A acompanhar este acontecimento estiveram mais dois consagrados do Gungo, o padre Matias António e a irmã Cecília originária do bairro da Turma. Foi um fim de semana que aproveitámos para sensibilização vocacional com encontros de jovens com as irmãs e os padres. Também a comunidade tomou maior consciência da necessidade de se criar ambiente nas famílias para reflexão sobre a vida consagrada.

Antes deste domingo vivemos uma semana de trabalhos em que foi possível fazer crescer a casa de apoio aos catequistas até à terceira fiada e início da quarta. A serralheria trabalhou de segunda a sábado ajudando nas avarias dos motoqueiros, fazendo reparações numa pequena moagem que um cliente trouxe, fabricando as grades para proteger a nossa moagem do Uquende dos amigos do alheio. Até fizemos serralheria ao domicílio para soldar umas peças numa moagem no Ambande.

A agricultura esta temporada está a dar bons sinais. Tem chovido de feição e a maior parte do Gungo tem prespectiva de vir a comer os frutos da terra. Um dos desafios tem sido conseguir sachar tudo o que semeámos para que, livre do capim, possa desenvolver devidamente.

A nossa picada está melhor desde o Eval Guerra ao Uquende reduzindo para uma hora e quinze minutos um percurso que antes demorava no mínimo quatro horas. Vamos ver se não estraga muito com as chuvas grandes do próximo fevereiro e março. Por agora até os pequenos carritos estão a subir.

Aproveito para desejar a todos um Santo Natal e que o Deus Menino encontre em cada coração um lugar bem aconchegado para ser acolhido por cada um de nós.

Boa missão

pe David 

segunda-feira, novembro 01, 2021

Novo Cavalinho já chegou! Obrigado a todos!

Saudações, a todos os missionários que acompanham as novidades,

O novo cavalinho branco para a missão de S. José do Gungo já chegou. Na quarta-feira, dia 27 de Outubro foi-nos entregue o novo veículo para o qual se andou a trabalhar há cinco anos. A campanha de angariação iniciou em 25 de Setembro de 2016 e teve vários avanços e recuos que fizeram arrastar mais tempo.


Na sexta-feira, dia 29 foi aplicada a grelha superior, um dos extras que é de grande utilidade para a missão e, nesse mesmo dia, foi feita a primeira viagem de Luanda para o Sumbe.
Quando o recebemos tinha apenas 70 km. Oxalá possa fazer pelo menos tantos como o seu irmão mais velho que está connosco desde 2007 e conta já com 401 000 Km.


Aproveito para agradecer a todos os que colaboraram para que possamos ter ao dispor do povo do Gungo esta ferramenta pastoral tão importante e que teve a contribuição de tantas pessoas de boa vontade dentro e fora da diocese de Leiria-Fátima.


Um agradecimento especial à Liberty Seguros, SA que esteve no lançamento da campanha de angariação.
Uma paragem no miradouro da Lua



Um grande Bem haja a todos e a cada um que esteve em missão ao dar o seu contributo e continuará enquanto este veículo circular ao serviço da missão!



Entretanto vamos pôr o novo cavalinho em andamento. Hoje mesmo subirá à Donga para a sua primeira incursão missionária.





Twapandula Chiwa! (Muito obrigado! na língua Umbundo).
Que S. José, nosso padroeiro, e Todos os Santos que hoje celebramos nos acompanhem.

sexta-feira, julho 23, 2021

No Calipe, Chitiapa e Donga

 Saudações,


Na última quinzena, subimos à Donga, passámos a noite e, no dia seguinte fomos até ao Calipe. Há quase dois anos que não íamos àquele bairro. 

As visitas aos centros permitem estar mais perto das pessoas e elas sentirem a Equipa Missionária mais perto. É aí que se falam problemas e alegrias das comunidades que nem sempre chegam ao Conselho Permanente ou, por vezes, são falados sem os seus intervenientes directos. Administrou-se a Unção dos doentes a 3 idosos, fez-se reunião com os conselhos de cada aldeia, um encontro de jovens, encontro com os membros dos movimentos apostólicos, a celebração da Eucaristia, o sacramento da confissão, cadastramento de muitos fiéis que ainda não estavam no ficheiro da missão...

Para os que conhecem o Calipe: A tartaruga continua no cimo do monte e esta foto é do menino Valdomiro e a sua mana.

A meio da semana saímos do Calipe rumo à Chitiapa para aí estar até ao final da semana. A mesma proximidade, o mesmo género de actividades para contactar de perto com as pessoas individualmente e com a comunidade em geral. Na Chitiapa uma das particularidades foi o encontrar uma comunidade um pouco dispersa devido à passagem de um Quimbanda (bruxo) que deixou as pessoas confusas e divididas e até alguns litígios dentro de algumas famílias. Foi preciso, numa sessão comunitária falar das coisas abertamente e ajudá-los a perceber os enganos em que caíram. Já não foi a primeira vez que estive naquele centro e bairro a debater este assunto. É assim, no meio do povo, que vamos ajudando a lidar com os problemas e dificuldades do dia a dia. 

Da semana na Donga falarei depois...


sexta-feira, julho 02, 2021

Mais uma Quinzena em missão

Duas semanas se passaram e já voltámos à cidade do Sumbe, voltaremos a subir às nossas montanhas já sexta-feira dia 2 de Julho (Ups! Já é hoje!). Agora com a equipa reduzida sou eu e o avozinho Filipe por esta picada acima e abaixo e um ou outro passageiro que nos pede boleia...



Nesta temporada foram atendidos cerca de 130 doentes que apareceram na Missão a pedir consulta. Um pouco acima da média. Muitos destes casos eram de paludismo, cerca de 90. Infelizmente terminaram os testes rápidos que nos indicam com alguma precisão se as pessoas têm ou não paludismo porque esgotaram no armazém onde habitualmente conseguimos comprar. Mas a experiência vai ajudando a observar no organismo humano os sinais permitindo com alguma exactidão chegar ao diagnóstico ou despistá-lo.

Numa das consultas por volta das 19:00h: um bebezinho com 15 dias que deixou de mamar desde a manhã desse dia... Aparência de prematuro com boca bem pequenina… Um grupo de pessoas a acompanhar (12 adultos e alguns bebés cocados!) Parecia uma situação dramática… Depois de analisada a situação, uma primeira experiência: a mãe tirar leite e dar-se com uma seringa no canto da boca… E resulta! Ele está a aceitar… e duas e três seringadas (de 5ml). Depois chamámos a avó para ela experimentar fazer a operação e oferecemos à mãe copos e seringas para que ela pudesse tirar o leite e dar e ensinámos a esterilizar o material e todos os cuidados de higiene e nutrição necessários para ambos. O problema era apenas o bebé ter a boca ainda pequenina e, felizmente ali o remédio estava na mãe. Passado uns dias disseram que já estava a mamar por ele mesmo.

Também no campo da orientação para a vida e orientação espiritual vai sendo preciso ajudar alguns que vêm para partilhar e desabafar angústias e incertezas. É a saúde do espírito por vezes em perigo. Assim ajudamos a crescer por fora, mas também por dentro. Dar coragem para novas etapas. 

A nível da pastoral houve encontro do concelho permanente para planificar mais uma temporada, agora até ao final do mês de Agosto. Vamos aceitar o desafio de fazer visitas aos centros em tempo de pandemia com as adaptações necessárias. Num dos fins de semana na Donga tivemos um encontro para noivos, mas, estranhamente, só apareceu um casal mas receberam tudo a que tinham direito. No fim de semana seguinte foi a vez da preparação para o baptismo de famílias dos centros do Caponte, Ondjila e Calipe. Pais de cerca de 60 crianças (alguns com 2 e 3 filhos para o Baptismo) com algumas das crianças, cestos e panelas passaram 3 dias para viver mais um passo de preparação.

Em relação às obras, a equipa dos trabalhos avançou com os balneários públicos: terminámos a cofragem e betonagem da laje dos chuveiros, iniciámos o levantar das paredes e já colocámos tampas na fossa e caixas de passagem dos esgotos… Vão-se concretizando projectos que já passaram por muitas cabeças e mãos e contam com muitos contributos dos missionários que cá passaram desde as ideias, ao projecto ou à execução.

Na serralharia vão-se operando alguns pequenos milagres em que “a sucata vira mota!”. Já se tornou quase um lema quando os motoqueiros chegam com os chassis todos partidos e saem dali a aceleram para mais um tempo. Vão-se fazendo também alguns trabalhos para a “casa”.

No nosso estaleiro crivámos terra e estamos a produzir mais BTC (blocos de terra comprimida) a pensar na casa de apoio aos catequistas – nestas duas semanas produzimos mais ou menos 1200 blocos e a produção irá continuar até aos 8000.

Nas mecânicas: Umas afinações do Camião (Unimog mais conhecido por Elefante Branco) para que assegure os transportes entre os quais a tão preciosa água; Os geradores que teimam em querer também os seus mimos e as manutenções habituais no Cavalinho (jipe Land Cruiser) para que não nos falhe.

A moagem do Uquende Já vai revelando algum cansaço. O moleiro desalentado: “Porque as avarias só acontecem no meu turno!” veio à missão. O que será? Consegui um dia com disponibilidade para dar uma fugida. Parecia coisa “de feitiço” pois o motor não parava mesmo desligando no botão… Uma pequena peça saiu do sítio e desregulou a aceleração. Umas horinhas e afinações depois… e está a trabalhar como um relógio… Saltitão! As mamãs estão contentes!

O serviço de fotocópias continua a ser crucial para que mais habitantes do Gungo sejam cidadãos conhecidos pelo estado através dos registos de nascimento e atribuição de BI. Mas também internamente estas máquinas são uma grande ajuda. Nova edição do livro do culto dominical na ausência do sacerdote para ajudar os catequistas, o guia para o ensino da doutrina, as actas do Conselho Permanente, os programas mensais que vão para todos os centros. A isto se associam as plastificações.

Na agricultura já colhemos 230 Kg de feijão manteiga e iniciámos a recolha e descaroçar da jinguba. Para esta última cultura os sinais são pouco animadores porque não vingou bem dentro das vagens. O milho ainda vai esperar secar mais um pouco. No curral nasceram uns leitõezinhos e os cabritinhos continuam a saltitar. A horta tem agora novos viveiros de couve, repolho, tomate, beterraba, cenoura e cebola, pois dizem que é o tempo “das hortas” embora dê para ter horta o ano inteiro.

Bem, por agora vamos ficar por aqui no blog porque temos de trepar os morros. Boa missão para cada um!

A Equipa Missionária

sexta-feira, junho 11, 2021

Actualização

Saudações a todos os que passam por este espaço

Já lá vai algum tempo sem dar notícias através deste meio, mas é só sinal de muito trabalho por estas bandas e de não tirar tempo a outras coisas para dedicar à partilha. Todos os dias sobram tarefas, graças a Deus. Por vezes o nosso Kiko cão tenta ajudar, empurra pedras (para o meio do caminho), faz de porteiro (mas só vai ver quem lá está e não abre o portão), lava o prato (mas só o dele), vai para a horta (mas não arranca só as ervas daninhas), Mas como guarda é exímio
.

Mas passando às notícias mais sérias… Não conseguirei actualizar tudo mas faço um apanhado das atividades habituais. Apesar da pandemia temos reunido o Concelho Permanente mensalmente com a presença dos nossos catequistas visitadores sendo portadores de mensagens e informações de e para cada comunidade e partilhando o trabalho que eles mesmos realizam nos centros aquando das suas visitas mensais. Algumas das tarefas que fazíamos na sede da missão estão eles agora a realizar nos centros, nomeadamente a avaliação e acompanhamento de grupos de formação entre os quais os catecúmenos. Para ajudar a essa tarefa foram agraciados com um par de botas.

Ao nível das celebrações temos incentivado a que estas sejam o mais descentralizado possível: Sejam nos bairros ou ao nível dos centros. Aglomerações na missão apenas quando estritamente necessário como foi o caso da celebração da Páscoa ou a finalização de caminhadas de preparação e celebração de sacramentos ou os retiros para membros dos movimentos apostólicos.

No dia 25 de Abril estivemos unidos à diocese de Leiria-Fátima rezando pelo novo sacerdote, Jorge Fernandes que muitos aqui conheceram quando por cá passou, e no mesmo dia em união com a diocese do Sumbe que celebrou a ordenação de 6 novos diáconos.

 

No que toca à agricultura e pecuária ampliou-se o curral dos cabritos e, neste momento, eles já estão bem educadinhos para entrarem quase sozinhos ao final da tarde. Tivemos também o nascimento de 18 pequenos cabritinhos nos últimos meses. A reprodução chegou à pocilga mas o índice de sobrevivência é baixo. Os porquinhos da Índia passaram de 2 a 4, as galinhas não conseguimos acompanhar o número porque aparecem pintinhos mas há muitas aves de rapina que “regulam a população”.

Na horta grande as nossas árvores estão a crescer, fruto do trabalho continuado de plantio com a mão de vários voluntários que por aqui têm passado: mamoeiros, sape-sape, mangueiras, nespereira, sobreiro, oliveira, nogueiras, videiras, cana de açúcar, moringa e embondeiro são as espécies que vão teimando persistir naquele espaço. Na lavra temos agora o feijão a sair e já se rói maçaroca de milho. A jinguba ainda vai esperar um pouco para ser colhida.

 

Em relação aos serviços na missão mantêm-se. Tem havido sempre procura por consultas de saúde. Vamos fazendo uma média de 30 consultas por semana quando a equipa lá está. Tentamos sempre ajudar quem nos procura. A malária continua à cabeça das doenças mais frequentes e, por vezes, esgotam-se os testes rápidos. Parte importante do trabalho em saúde é a educação para uma melhor saúde e para a prevenção o que leva sempre muito tempo, mas é necessário.

A serralharia agora já com um espaço fechado continua a tratar da saúde das motas e de outras peças que ali vêm à reparação. Já se vão fazendo alguns trabalhos mais técnicos como é a abertura de roscas. Os serviços de fotocópia e plastificação, nos últimos meses, tiveram uma procura muito maior devido ao trabalho de massificação do registo de nascimento e da atribuição de BI ao qual nós temos dado apoio logístico às instituições envolvidas. Famílias inteiras dos avós aos netos têm-se “tornado cidadãos” deste país. E o único sítio das fotocópias é a missão! A cantina tem continuado a ser um local de abastecimento a preços acessíveis, mas temos notado a perda de poder de compra das pessoas devido a duas épocas agrícolas consecutivas sem produção. Muitos já só compram o “meio quilo” ou o “meio litro” e outras coisas vêm ao balcão mas voltam à prateleira. Na área do negócio investimos de novo no negócio do carvão para apoiar alguns produtores do bairro do Sapato.

As moagens (Uquende e Donga) continuam mas no Uquende temos tido algumas avarias com necessidade de parar até reparar e fazer devida manutenção.

O camião continua no sobe e desce para abastecer a missão e servir alguns clientes sendo sempre necessária a sua presença para abastecer a missão de água. Com o projecto de abastecimento por gravidade será liberto desta tarefa.

 

Ao nível das infraestruturas e outros trabalhos temos avançado na obra onde instalaremos 3 sanitas e três chuveiros com o reaproveitamento da água dos banhos para as sanitas. Está a ganhar jeito! Outro trabalho são os testes com novo tipo de terra para fabrico de blocos de BTC. Segundo o método chegaremos ao melhor bloco possível a utilizar na casa de apoio aos catequistas que tarda em sair da viga de fundação. Para além das obras vão-se construindo os funcionários que aprendem um pouco de tudo. Seja relacionado com a construção, serralharia, fusão de plástico para remendar cisternas, pintar à pistola, electricidade, canalização, elaboração e cumprimento de projectos…

 

Nas estadias na cidade do Sumbe também se vai avançando com alguns trabalhos práticos e de manutenção como é a reconstrução das grades “do lado do mar”, o aproveitamento de algumas ofertas como foi o caso de um vidro oferecido pela angovidro que deu uma bela mesa de tender o pão. Também alguns meninos, amigos da missão, passam por aqui e treinam algumas coisas relacionadas com a escola colaborando também nas tarefas da casa. O Sumbe é também lugar de contactos para a elaboração de projectos, o reatar de laços com nossos parceiros como a associação Atlas, o Move-te Mais, Volta a África e contactar com familiares e a nossa retaguarda em Leiria-Fátima. Aqui também se tratam todas as questões burocráticas do pagamento de impostos, contactos com a diocese e trabalhos de cartório.


 

Com as chuvas a picada sofreu e precisou de mobilização de algumas comunidades. Num dos dias de campanha também os trabalhadores e residentes na missão Donga trabalhámos tapando os buracos com pedras na área do morro do Calima. Este é daqueles trabalhos que todos os anos parece não ter fim e a esperança de ver uma estrada definitiva é apenas um sonho.

 

Partilho que o Covid também existe por cá, mas não há escala que escutamos nos outros países do mundo. Diariamente mantemos no nosso pensamento e orações de solidariedade.

Subiremos hoje novamente às montanhas do nosso Gungo. Esperemos que todos os amigos em Portugal estejam bem, estão no nosso pensamento. Juntos na missão e na oração. Tchauê!


 

V: S. José Protector do Menino Jesus!

R: Rogai por nós!

 

A Linha da frente com umas ajudas da retaguarda

sexta-feira, março 19, 2021

Segunda visita do grupo TLC ao Gungo

De 6 a 8 de março o grupo Toyta Land Criser Angola organizou mais um passeio ao Gungo. 
Além de irem usufruir das paisagens  do Gungo foram também levar alguns bens que conseguiram angariar e reforçar o empenho na ajuda  à missão. Esta viagem foi também acompanhada de umas valentes chuvadas que muita falta faziam.
Na semana seguinte já foi possível fazer algumas sementeiras na esperança que esta colheita seja melhor que a anterior.



sábado, janeiro 23, 2021

Enfrentar os desafios de cada dia

Saudações caros amigos que passais por aqui.

Apenas uma breves linhas para dizer que estamos bem e continuamos a avançar com a missão dentro das possibilidades. Nos dias 08 e 09 cumprimos a Assembleia da missão com a presença de 26 representantes. Foram convocados apenas os membros do Conselho Permanente e os catequistas gerais. Procurámos olhar para o ano que passou, avaliar e lançar pistas para o novo ano.

A apreensão é grande pois não sabemos se conseguiremos cumprir aquilo que estamos a programar mas é com esperança que pensamos e planificamos.

Destacamos a vivência do ano dedicado a S. José, que é aliás o padroeiro da missão. Decidimos que na oração do terço diário em cada bairro centro ou família se possa introduzir uma invocação a "S. José protector do menino Jesus" e no final rezar a ladaínha a S. José coroada com a oração do Papa Francisco para este ano. Não iremos fazer uma grande festa do padroeiro mas cada bairro deverá assinalar este dia o melhor que consiga.

Paralelamente ao trabalho pastoral que vamos fazendo em pequenos grupos continuaremos o esforço por avançar com as construções pendentes na missão: Finalizar a serralharia, avançar com a casa de apoio aos catequistas, o "complexo de higiene" com balneário e latrinas, sem esquecer o projecto da água.

A todos os que tornam este projecto possível, apesar de estarmos condicionados pelas dificuldades que vivemos eu endereço os meus votos de muita coragem quanto mais não seja para enfrentar os desafios de cada dia.

V: S. José, protector do menino Jesus!
R: Rogai por nós.

Pe David Nogueira Ferreira

quinta-feira, janeiro 07, 2021

Juntos para mais um ano em missão

Saudações caros missionários

                Cá estamos em mais um ano que nos é dado viver e aproveito para desejar a todos um bom ano cheio de coragem para enfrentar cada dia.

                Eis algumas novidades dos últimos tempos para quem acompanha a vida da missão. No dia 18 de Dezembro subimos do Sumbe à Donga para podermos celebrar o Natal. Os dias até ao Natal foram de preparação aos vários níveis. Foi possível preparar catecúmenos jovens e adultos para o baptismo, casais preparam-se para o matrimónio e para apresentarem os seus filhos de colo ao Baptismo. Pelo meio afinaram-se os cânticos, fez-se o presépio e avançou-se com alguns trabalhos práticos.

                Assim sendo, na vigília do Natal foram realizados 17 Baptismos e, no dia de Natal, foi o momento dos 6 casamentos com o Baptismo de 9 crianças de colo. Este foi o culminar dos vários  sacramentos que estavam previstos para a Páscoa e que repartimos em diferentes celebrações ao longo dos meses de Novembro e Dezembro na tentativa de não aglomerar muitas pessoas de cada vez na missão.

                O Natal foi vivido num ambiente mais recatado do que nos outros anos devido ao número mais reduzído de pessoas mas deu para sentir o mesmo calor. Os batuques que estavam a ganhar poeira desde o início do Advento voltaram a soar e a auxiliar o batucar da alegria dos corações.

                Logo após o Natal descemos até ao bairro do Uquende onde celebrámos a festa da Sagrada Família com a comunidade daquele bairro. Terminada esta celebração viemos ver o terminar do ano ao Sumbe e foi no Ondjoyetu que demos graças pelo ano “velho” e acolhemos com esperança o ano novo.

                No passado domingo, fomos celebrar ao bairro do Sapato numa ida e volta a partir do Sumbe. Para aquela comunidade a festa da Epifania foi como que uma segunda celebração de Natal. No final da celebração todos foram ordeiramente (tanto quanto possível) até junto da imagem do Menino Jesus para fazer uma inclinação reverente semelhante ao gesto dos magos do Oriente.    

            Mesmo no meio dos condicionamentos vamos tentando celebrar e vivificar as comunidades o melhor possível.

                Informo que a nossa sementeira na Donga está a morrer devido à falta de chuva. O milho, feijão e jinguba que ansiavam pelas pancadas de chuva do Natal este ano ficaram à mercê do sol forte que tudo está a secar. E como nós grande parte do Gungo e até de Angola.

                Hoje mesmo, estamos de subida à Donga, para vivermos a Assembleia da missão numa versão reduzida apenas com o Conselho Permanente e os catequistas gerais. Deste modo iremos fazer a retrospectiva do ano 2020 e planear as actividades para o ano 2021.

                Agradeço em nome da missão todo o apoio das mais variadas maneiras que foi manifestado ao longo do ano que findou e manifesto a minha união com todos os que assumem esta causa. Estamos juntos para mais um ano em missão.

 


                Pe David