O silêncio transformou-se num alegre
coro de vozes. A nostalgia das pedras negras do Gungo tornou-se um quadro vivo,
cheio de cor e beleza em que vida, comunhão e partilha, se fazem realidade e
são fonte de verdadeira alegria.
O recinto, foi albergando todos
quanto chegavam e, rapidamente, um mar de gente ocupou o espaço da missão. Cada
grupo, escolhendo o seu espaço e em volta da fogueira, conversava, preparava e
partilhava as refeições. Aqui a palavra comunhão e partilha faz verdadeiramente
sentido.
Percorridos os passos próprios destes
dias, foi em ambiente de muita fé que pudemos vivenciar a Sexta-feira Santa com
a celebração da Paixão e adoração da Santa Cruz.
Chegados ao Sábado Santo, tempo de
vigília Pascal, em que os 53 catecúmenos receberam o Batismo, nem mesmo a chuva
que começou a cair no final da celebração, que durou das 21:00h até às 00:40h, fez
afastar os participantes que permaneceram em festa até de madrugada.
Após um escasso tempo de descanso, no espaço em que cada um se sentiu confortável, amanheceu o grande dia: o Domingo da Ressurreição. Vestindo as melhores roupas em que as cores fortes são predominantes se fez o anúncio de um dia alegre e, cerca de 800 pessoas, celebraram a Ressurreição do Senhor.
Presidida pelo P. David Nogueira e
concelebrada pelo P. Sebastian a Eucaristia foi o ponto alto da festa. Nela
receberam o Sacramento do Matrimónio os quatro casais que se vinham preparando
ao longo do tempo e, de seguida, receberam o batismo os filhos destes casais, 6
crianças de colo. Entre cânticos, batuque e danças, foi uma verdadeira explosão
de alegria. Nem mesmo as crianças manifestavam cansaço ou vontade de desistir.
Após a celebração, chegou a hora de partir
e aproveitar a vinda à missão para fazer uma consulta ou curar algumas feridas
físicas já que as da alma estavam curadas pela felicidade sentida ao longo
destes dias.
Estar neste lugar, trocando as
nossas certezas pelo desconhecido tão surpreendente, é sentirmo-nos gratos por
estar aqui e vivenciar esta experiência.
Pela Equipa
Missionária
Isabel
Cabeleira