terça-feira, dezembro 19, 2006

Santo Natal a todos

Aos amigos, familiares, colaboradores e demais leitores desta mensagem a Equipa missionária em Angola do grupo Ondjoyetu deseja santas festas de Natal. Que a celebração do nascimento do Salvador renove em todos nós a vontade de contribuir para mudar o mundo. Que a todos nos dê mais vontade de vivermos a vida como uma missão que nos é dada. Ainda que tenhamos mais calor que muitos de vós, ainda que não recebamos o mesmo número de prendas ou vejamos os mesmos anúncios (nós cá nem vemos nenhuns!) o Natal é o mesmo e queremos que seja vivido na alegria. SANTO NATAL!

domingo, dezembro 17, 2006

Assim vai crescendo "A Nossa Casa"

Olá amigos e visitantes em geral. Aproxima-se o Natal e o nosso mestre de obras, o Sr. Rui já foi para Luanda para daí seguir para a Lusa Pátria onde vei ter umas merecidas férias. Nós, se Deus quiser, partiremos para a Donga, sede da nossa missão no Gungo, onde estaremos até dia 26, passando assim o Natal com a nossa comunidade. Durante esses dias não contem com notícias nossas. Por isso as obras da nossa casa no Sumbe estão agora paradas, vindo a ser retomadas no início do novo ano. Entretanto, e para terem uma ideia do caminho que fomos fazendo e do ponto da situação, partilhamos estas fotos que mostram a evolução da obra que é de todos nós. Gostaríamos de estar mais adiantados, mas acreditem que temos dado o nosso melhor. Cumprimentos a todos e votos de um Santo e Feliz Natal. P. Vítor Mira

sexta-feira, dezembro 15, 2006

Blogs das voluntárias

Olá amig@s! Já há um tempo que por aqui não deixava posta, pois aqui vai uma informativa... Eu e a Catarina já temos blog, criado em missão e para divulgar a missão. E qualquer havemos de blogar também a menina Soninha :) Aqui ficam os nossos endereços: Vera - www.missaoyetu.blogspot.com Catarina - www.linhasbreves.blogs.sapo.pt Visitem e comentem! Estamos juntos, tchauéééééé!

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Olá amigos. O P. David já falou da nossa primeira ida à Chiala, um local que já era visitado por missionários havia 28 anos. Aqui vai agora uma foto de dois rostos e dois olhares de lá. A interpretação fica a cargo de cada um de vós. Cumprimentos meus e de toda a equipa. P. Vítor Mira

segunda-feira, dezembro 11, 2006

missão de muitos

Hoje num dos trabalhos que andámos a fazer, eu e o Pe Vítor, pus-me a pensar no número de pessoas que está em missão connosco. Estávamos a atar ferro e alguns estribos foram feitos por um sobrinho da Catarina Bagagem. Ainda há poucos dias estivemos a usar uns ponteiros que foram preparados por um serralheiro de S. Simão de litém, as janelas colocadas na Donga foram preparadas por um serralheiro de alumínios de Regueira de Pontes, e os que carregaram e os que deram outras coisas ou contribuiram para que as pudessemos usar e ter cá... Todos estão em missão independentemente do tamanho ou da quantidade das coisas ou das acções que tenham dado ou feito. É assim que tem sempre verdade a expressão: "Tamos juntos" e continuamos em missão!

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Fomos ao desconhecido!

Olá missionários da tecla, No passado fim de semana, como era esperado por nós e pela comunidade fomos à Chiala. É uma comunidade que fica em território que faz fronteira com Benguela e no tempo da guerra era zona de divisão entre forças beligerantes. Durante muitos anos a assistência na fé que lhes foi possível foi através da diocese de Benguela com a deslocação das pessoas até ao centro mais próximo. isto fez com que desligassem do Gungo... a última missa lá celebrada foi em 1978. é verdade... a velha capela ainda está minada longe do centro do bairro.... vamos à frente! Para lá chegarmos capinaram uma picada de cerca de 4 quilómetros, cortaram arbustos e até árvores e vieram ao nosso encontro quando viram que estávamos a tardar... foi um encontro tímido mas cheio de esperança. O Pe Vítor já lá queria ter ido noutro tempo mas nunca foi possível... Mas desta vez fomos e dissemos que estamos cá para os servirmos. A alegria do encontro esteve sempre patente nos cânticos de acolhimento que duraram muito tempo... o povo espera de nós. Nós estivemos com eles e estaremos mais vezes. Ficamos assim com 4 zonas pastorais para assistir, mais uns quilómetros de picada para percorrer... E todos aqueles que nos lêem têm mais uns nomes para enriquecer o vosso léxico: S.Miguel da Chiala e S. Ana da Cauita são os nomes dos centros que compõem esta zona pastoral. Quanto ao número de bairros diremos mais tarde. Agora um agradecimento a todos os que seguem e participam desta missão. Twapandula a todos somos a grande família ONDJOYETU e estamos a construir "A nossa Casa". Tchauê! P. David

Ajudante presta contas!

Olá a todos. Faz hoje uma semana que cheguei da Donga. Certamente querem saber como correu o trabalho e se as tarefas foram cumpridas. Vou então prestar contas: Quanto à empreteitada do telhado foi concluída com êxito e terminada com o encaixe e rebitagem da cimeeira. A menina Sónia apertou um bom número de parafusos. Tem o dedo afinado para o gatilho da aparafusadora. Quanto às portas e janelas... tarefa concluída. Duas portas de côr Bronze e duas em côr natural do alimínio e as 4 janelas da côr do alumínio... Tudo no sítio e a funcionar (mais umas últimas afinações e ficará terminado). Como a empreitada durou mais que o previsto fizemos um telheiro para o forno que coseu os primeiros pães para nós comermos e assou um galinho que estava de estalo. Ah! o trabalho. Sim esta empreitada foi concluída. Não falta que fazer para continuar. Muitos remates para fazer, a canalização, instalação das louças... As cortinas... Tudo a seu tempo! Escrevo isto para que imaginem. Vamos tentar mostrar com fotos mas quem quiser mesmo saber como é... só vindo cá e vivendo esta missão. Em duas semanas fez-se aparentemente pouco mas para os nossos ajudantes foi um tempo intenso de aprendizagem... Como ajudante do mestre Rui cá estão prestadas as contas da empreitada

sexta-feira, dezembro 01, 2006

A Missão Continua

Olá amigos e visitantes deste blog. Há dias que não dávamos notícias porque parte da cidade do Sumbe ficou sem energia eléctrica durantes vários dias e foram afectados os dois cyber-cafés que frequentamos e são o único meio de acedermos à Net. Mas a vida aqui continuou. Vai chovendo um pouco e fazendo muito calor. Estamos todos de saúde, graças a Deus. O P. David chegou ontem da Donga onde foi colocar o novo telhado na casa da missão. Primeiro esteve lá com o Sr. Rui, depois eu fui lá e ficou a Sónia - sobre a nossa viagem podemos contar depois - mais de 12 horas para percorrer 130 km. e tivemos que ser rebocados. Assim, a casa da Donga já tem telhado novo (lembram-se da história do transporte das chapas?), portas e janelas de alumínio. O P. David esteve por lá quase duas semanas repletas de histórias que depois contará. Mas valeu a pena. A casa da missão Donga já está coberta e fechada. Os trabalhos aqui no Sumbe também vão decorrendo bem. Gostariamos que andassem mais depressa, mas vamos ao ritmo possível. Logo que possamos daremos mais notícias. Cumprimentos a todos e obrigado pela vossa presença amiga manifestada de tantas formas. P. Vítor Mira

segunda-feira, novembro 20, 2006

Olá amigos

Hoje falo-vos da água, desse bem tão precioso e que valorizamos mais quandonos falta. Sei que em Portugal tem chovido bastante, até com cheias egrandes prejuízos. Por aqui Também tem chovido, embora não muito, pelo menoscá pelo litoral. Este é o tempo das “chuvas pequenas”. Entre Fevereiro eAbril virão as “chuvas grandes”. Mas, mesmo que pequenas, estas chuvas jáderam para que o panorama da paisagem, tenha passado do castanho e cinzentopara o verde. Mas vamos à água. Nós estamos a viver na cidade do Sumbe, no primeiro andar de um prédio dequatro apartamentos. Uma casa pequena e que fazemos por chegar para a nossaactividade.Não temos em nossa casa canalizada. Normalmente sai em duas torneiras queestão ao nível do rés-do-chão. É preciso lá ir com baldes e trazer para cimacolocando-a em bidões de plástico do quais depois tiramos para nosservirmos. Para o banho arranjámos um balde de plástico com torneira queapoiamos a um nível mais elevado; depois é só abrir a torneira. Quem quer,aquece a água no fogão, mas nem vale a pena pois com este calor… masvoltando lá abaixo, a água sai de manhã e à noite e é preciso estar atentopara ir logo a correr pois junta-se lá muita gente: do nosso prédio e davizinhança próxima e distante – baldes grandes e pequenos, bacias,caldeiros, tudo serve para levar o precioso líquido. Às vezes temos queesperar pela nossa vez, outras deixam-nos passar à frente porque somos doprédio. Quando a água vem com alguma pressão até é rápido, mas quando não,chega a demorar mais de uma hora para enchermos os bidões. No fim ficamostodos transpirados por causa deste calor húmido.Quando chegámos, em Agosto, a água já vinha um pouco turva pois é captadadirectamente do rio. Mas algum tempo depois a terra assentava edecantava-se. Até ficava mais ou menos. Mas desde que começou a chover, emais lá para o interior, o rio Cambongo aumentou o seu caudal e a água está não se vê o fundo do balde, mesmo apenas com dez centímetros de altura. Nos bidões nem ao fim de três dias ela fica clara. Mas agora, por exemplo, estápior porque há vários dias que não sai água e acabámos a reserva de casa.Temos que ir com os baldes à nossa obra buscar água aqui para casa.E para beber? A água mineral é cara: cada caixa de 18 litros custa a cercade 8,50 €. Também pode ser fervida, mas fica com um sabor nada agradável.Como alternativa temos ido junto de uma vila chamada Conda, que fica a 100km do Sumbe, três horas e meia de viagem para cada lado devido ao mau estadoda estrada/picada. Lá existe uma nascente de água potável que até sai morna.É uma viagem cansativa mas vale a pena. Da última vez trouxemos 635 litrosde água o que correspondeu a uma poupança de cerca de 300,00 €. Transportamo-la em baldes e garrafões que trouxemos nos contentores. Estamos a ver que toda esta água vai dar para umas três semanas porque o consumo é muito grande. Agora, com o Sr. Rui, que está a orientar a nossa obra, somos seis pessoas em casa. A água que trazemos da Conda serve para cozinhar ebeber. Com o calor que faz o consumo é muito grande. Eu, por exemplo, tenhodias de beber mais de três litros que sempre se vão transformando emtranspiração. Por falar em água (e para vos fazer crescer água na boca): ontem fomos a umapraia comprar peixe seco e encontrei por lá uns amigos pescadores dos temposem que estive por cá em trabalho missionário entre 1993 e 1996. Imaginem: foram ao mar, a uma gaiola própria onde as têm guardadas, buscar cincolagostas vivinhas que nos ofereceram com muita alegria. E nós, ao recebê-lase comê-las à noite, também ficámos bem contentes. E são estas algumas das linhas com que se tece esta missão.Segue a foto (espero que siga) da recolha de água na Conda. Obrigado pelos vossos ecos e cumprimentos a todos. P. Vítor Mira

quarta-feira, novembro 15, 2006

Depois dos blocos!!!

Depois de vermos a construção dos blocos, podemos ver agora as grandes movimentações junto da obra. Estão a terminar os preparativos para o inicio da construção!!!

sexta-feira, novembro 10, 2006

E a missão vai acontecendo

olá a todos, amigos, conhecidos, familiares, visitantes deste blog... Missionários mesmo que seja com um simples clic. É com alegria que verificamos que este é um espaço que vai sendo mais frequentado e visitado. Pois bem. Devem querer saber mais alguma coisa. As obras para a construção da casa como já antes foi "postado" estão a decorrer mas ainda só estamos na fase de construção da vedação para a qual tivemos de construir um muro a toda a volta para depois colocar a rede nivelada. Já temos o alicerce desse muro todo feito, de um lado os blocos todos assentes e hoje foi dia de colocar os "pilares no ar" do outro lado. Os topos são mais simples mas ainda não têm os pilares colocados. Ontem mesmo iniciámos a fabricação de blocos em forma de grelha para depois fazer a parede de fundo da lavandaria e enxugadouro da roupa... A foto anexa mostra o Luisinho, um dos trabalhadores, a fazer um bloco dos normais. É isso a mesmo. a fábrica faz 1 a 1 e tem dias de fazer 200. Amanhã, sábdo, vamos para Tuma ter com o nosso querido povo do Gungo. É assim a Missão. Obrigado a todos os que estão ligados pelos mais variados meios e a todos os que aqui passam a deixar os seus "olás" ou apenas a espreitar novidades... P.S. Já agora, retribuo a todos os que me têm enviado cumprimentos o mesmo em cumprimentos, abraços e beijocas... tamos juntos!

Novidades do nosso BLOG!

A pedido do Padre David indroduzi um "contador de visitas" para o nosso blog e só no primeiro dia tivemos 21 vistantes!!! Obrigado a todos os que nos visitam. Mais novidades. O mesmo padre disse-me tambem que há pessoas que estavam interessadas em ser membros deste blog e poder "postar" texto no blog. Para tal basta enviar um e-mail para tiagojosebrito@gmail.com , identificarrem-se e esperar recerber um e-mail com o convite para entrarem para esta comunidade!!! Se pretenderem mais informações não hesitem em usar o mesmo e-mail para esclarecimentos!!! Agurado contactos vossos!!!

quarta-feira, novembro 08, 2006

Estamos bem

Olá amigos, boa noite. No final de mais um dia damos graças a Deus por tudo o que vivemos, de modo especial por este grupo que continua determinado em cumprir a sua missão e por todos os que o apoiam de tantas formas. Nós estamos bem, çraças a Deus e os nossos trabalhos vão avançando. As missionárias leigas estão cada vez mais aprimoradas na cozinha e até já fazem comida angolana para os nossos trabalhadores. Eu e o P. David vamos aplicando nos trabalhos de construção e não há nada que não façamos - o que não sabemos, aprendemos: armar ferro, assentar blocos e encher os buracos e juntas, achar os níveis, abrir caboucos... Mas mais importante que o que fazemos é o que somos e em tudo o que fazemos procuramos ser missionários. Um abraço para todos. P. Vítor Mira

terça-feira, outubro 24, 2006

Ondjoyetu

Ondjoyetu Estão a ver como é? Fiz um texto que não apareceu. Fiz o segundo e agora apareceram os dois que são quase iguais. Mas vale mais dois que nenhum. Cumprimentos P. Vítor Mira

Ondjoyetu

Ondjoyetu Olá amigos. Devem estranhar por há tanto tempo não dizermos nada neste blog. Pois olhem que não é desinteresse nem esquecimento. Nós estamos bem, graças a Deus. O problema é que temos algumas limitações que acabam por condicionar o nosso trabalho. Na nossa casa só temos energia um ou dois dias por semana e isto há quinze dias para cá. Normalmente temos que andar com o portátil de um lado para o outro a carregar onde há energia e a preparar alguns mails em casa. As nossas obras já começaram e estão a correr bem, embora devagar. Ainda há dias ficámos sem areia e tivemos que esperar. Por outro lado o local da obra fica a 5 km da casa onde agora vivemos e o caminho para lá tem uma parte difícil… temos que subir e descer várias vezes. Também a Net aqui não é fácil. Há dois ciber-cafés aqui no Sumbe e só podemos usar quando estão abertos, quando há energia, quando há sinal… como compreendem, limita um pouco a comunicação. Mas nós, em grupo, temos falado do nosso blog e estamos dispostos a fazer um esforço para lhe dar nova vida, naquilo em que depende de nós. Quero agradecer a todos os que lido e feito os seus comentários; para o grupo esse “feed-back” dá força e alento pois é um sentir que a missão é de um grupo muito maior do que este que está em Angola. A terminar, uma palavra à equipa que organizou a vigília missionária diocesana, de modo especial ao diácono Marco Brites. Muito obrigado por nos terem convidado a estarmos presentes através daquele telefonema. Gostámos muito e sentimo-nos mais unidos à diocese que nos enviou e apoia. Por agora é tudo e já corro o risco de ninguém ler por me ter alongado. Cumprimentos desta equipa para todos vós. P. Vítor Mira

Ondjoyetu

Olá amigos. Temos estado muito em silêncio, não é? A nossa vida aqui não é tão calma como por vezes se pode supor por se estar em África. Temos alguns limites como a falta de energia eléctrica na casa em que vivemos. Para escrever no computador temos que andar sempre com ele de um lado para o outro. Carregar onde há energia, escrever em casa. O local onde estão a decorrer as nossas obras também fica a 5 km da casa em que vivemos e o caminho para lá não é fácil. Temos que subir e descer várias vezes. Também o uso da Internet está de~pendente de dois ciber-cafés q~ue existem aqui no Sumbe. Há dias estiverem os dois fechado mais de uma semana por motivos técnicos. Por outro lado aqui a Net também é muito lenta. Tudo isto para explicar porque temos estado tão "calados" no nosso blog. Mas já conversámos entre nós e vamos, entretanto, tentar dar-lhe nova vida. Termino dizendo que estamos bem. Gostámos muito de participar na vigília missionária diocesana através daquele telefonema. Muito obrigado ao Marco e a todos os que colaboraram com ele. Cumprimentos meus e do grupo. Mira de Jesus

sábado, setembro 23, 2006

Já chegaram os contentores

oi lá a todos, esta semana foi detrabalho intenso. na quinta-feira foi o dia de descarregar os contentores. Foi uma canseira enorme desde as 07 da manhã até às 16.30h. Foi o culminar de dois dias no porto e duas semanas de espera: "é amanhã ou no outro dia..." Mas finalmente tudo chegou ao destino. obrigado a todos os que contribuiram e ajudaram. A cada um DXeus dara certamente a recompensa. Já começou a terraplanagem do terreno! Daremos mais desenvolvimentos. obrigado a todos os que nos acompanham neste blog e no grande Blog da ORAÇÂO.EM DEUS Twapandula. tamos juntos

segunda-feira, setembro 18, 2006

Há imagens que valem por mil palavras!!!

Devem estar à espera do "JIPE"!!! lol Tenho a certeza que desta boca já saiu um grande ”Tchauê”

Vai haver mais, vão procurando!!!

quinta-feira, setembro 07, 2006

Histórias que se repetem

A missão também é espaço de reencontro. É mesmo caso para dizer: mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, mas a história repete-se. Já vínhamos com quatro horas bem abanadas de viagem em picada naquela segunda-feira, 4 de Setembro. E que bem contentes que íamos por não haver nenhum percalço. Mas, quando chegámos à Chipinga, vindos da missão Donga, lá nos avisaram que um “candongueiro” (nome por que aqui são conhecidos os comerciantes) estava “empancado” na via. Quando estávamos perto, parámos o jipe a certa distância, em lugar onde podíamos manobrar, pois mais para a frente seria complicado. E a suspeita confirmava-se: um velho IFA (marca do camião) avariado em plena picada, depois de uma curva, numa descida, em zona bastante estreita. Parado e “abandonado”. Mas as nossas vozes atraíram a tripulação de três elementos. “Ó senhor padre é a ‘maca’ de uma peça de embraiagem que partiu. O rapaz já foi ontem de mota, ao Sumbe, para ir remediar; já não deve demorar”. Mas… oh, afinal é o senhor padre Vítoré, te lembras senhor padre, da outra vez foste você que me desenrascaste quando tive aquela ‘maca’ com o Chipualanga. “Oh, não, disse eu, você dá-me azar na picada. Outra vez a impedir-me a passagem…” bem me recordava, Julho de 1996. Ia para o Gungo e estavam dois candongueiros e discutir porque os seus camiões ao cruzarem-se tinham-se “enganchado” um no outro. O que subia não tinha arranque e o que descia com um pneu furado. Não havia passagem. E se é que aqueles homens discutiam a toque de “capuca” (agua ardente de cá), quase a chegarem a vias de facto. Como padre e homem de paz, tentei não apenas resolver o meu problema, mas também o deles. Capinámos e cavámos ao lado da picada e passei em frente. Depois tivemos que arredar os camiões; finalmente, com o meu velho Toyota Bandeirante, reboquei o camião deste mesmo “mano” que agora reencontrava, e lá o coloquei a trabalhar. E agora dizia-me este candongueiro, de novo movido a capuca que até cheirava à distância “é a segunda via que o Sr. Padre Vítoré vai desenrascar! Desta vez a manobra foi algo mais arriscada pois a picada era mesmo estreita. Rebocar o camião não deu, embora tenhamos tentado. A solução foi colocar umas pedras à frente das rodas, um pouco mais à frente e empurrá-lo para lá, encostando-o o mais possível à barreira. Depois foi cortar bananeiras do lado da ravina, cavar terra com a catana e colocar pedras para fazer “chão firme”. Depois, com as preciosas indicações do P. David, entre o camião e ravina, lá consegui fazer passar o jipe. No fim, uma hora e meia depois, que alívio! A alternativa era esperar até que o camião fosse arranjado. Lá nos despedimos ainda mais animados do que quando nos encontrámos e seguimos viagem. Pedimos a Deus que a “maca” tenha sido resolvida porque sábado temos que lá passar novamente. P. Vítor Mira

É bonita! : ) : )

A menina Sónia, habituada a fazer os seus passeios ao longo do dia pelas ruas de Leiria, sente alguma necessidade de andar a pé. No passado dia 4, após o almoço, quando estávamos a sair da Chipinga a meio da viagem que estávamos a fazer, pediu para ir à frente enquanto arrumávamos as coisas. Lá foi ela, a pé, de máquina fotográfica a tiracolo para fotografar todas as borboletas que encontrasse. Quando saímos, pela “estrada” encontrámos um miúdo e o Pe Vítor parou e, por brincadeira, perguntou se ele tinha visto uma menina branca naquela estrada. O miúdo de ar muito assustado disse que sim que tinha visto uma menina branca um pouco mais à frente. Surge a segunda pergunta. “E como é que ela era? Bonita ou feia?” o ar daquele miúdo muda totalmente e, com um sorriso rasgado, responde: “é bonita!”. Demos uma forte gargalhada e seguimos viagem até depois nos encontrarmos com a Sónia. Foi sobretudo a mudança de semblante que nos pareceu tão estranha e espontânea ao mesmo tempo.

Alimentação

Alimentação Os nossos estômagos têm-se fartado de novas experiências… o contacto com o funge para quem veio pela primeira vez teve efeitos diversos: A Vera descobriu este novo sabor e já come funge como verdadeira angolana. A Sónia ainda vai fazendo caretas… mas com o tempo cremos que o sabor se vai tornar agradavelmente familiar. A Catarina, na sua segunda oportunidade de familiarização com o funge preferiu a solidariedade com a Sónia. Com o tempo cremos que será um dos menus preferidos. É só descobrir o segredo: “está no molho”. Temos experimentado novas receitas e até já se fez doce de banana e de tomate. Precisamos de inovar com os produtos que cá encontramos para poder ensinar novas receitas e claro aprender muitas outras.

Dicionário de Umbundo – alinham?

Dicionário de Umbundo – alinham? Alguém está interessado em aprender umas palavras de Umbundo? Talvez possamos em primeiro lugar responder a algumas dúvidas sobre palavras que já se vão empregando… Enviem as vossas dúvidas que nós esclarecemos. A Vera está-se a especializar na letra das músicas em Umbundo. Creio que já sabe uma completa com tradução de cada palavra e expressão… Vamo-nos inculturando para estreitar laços e facilitar a comunicação e compreensão de parte e a parte.

Tchauê das crianças

Tchauê das crianças Quem me conhece há alguns anos sabe que depois de ter estado em Angola no ano 2000 comecei a dizer com muita frequência “tchauê!” em vez do seco “tchau!”. Isto como memória de tantas vezes ter ouvido esta expressão ás crianças que encontrava no Bairro da Pedra Um onde ia dar aulas de alfabetização. Este ano voltamos a ouvir este grito. “tchauê!” por vezes nem sabemos bem de onde… vem do meio do capim, do cimo de um monte… é expressão da alegria de crianças e até adultos que vêem passar a equipa missionária. O sorriso daqueles que encontramos à beira do caminho é a expressão disso… Mas não nos alegramos por nós mas por Aquele que nos chamou para cá. E correspondemos gritando de dentro do carro de janelas abertas: TCHAUÊ, TCHAUÊ!

Para atender é no verde?

Para atender é no verde? O pe Vítor tem uma questão: “Para atender é no verde”? Já ouvimos esta pergunta “bué” vezes mas a cada telefonema volta a dúvida: “Para atender é no verde?”. Por muito que o digamos não conseguimos convencê-lo de que realmente é no verde. Se alguém tiver maior poder de persuasão agradecemos. Entretanto vamos respondendo: “Sim é no verde!”

Receita para fazer fermento

Receita para fazer fermento Alguém sabe fazer fermento? Original? Já recebemos um contributo para esta questão mas ainda restam dúvidas. Haverá donas de casa ou bons filhos de donas de casa que nos dêem resposta? para fazer um fermento "original" é preciso fazer uma mistura de farinha com cerveja e vinagre numa taça (o equivalente a uma boa chícara de sopa). Deixa-se repousar até que este preparado azede e fermente. As questões que se colocam é que não se sabe se a farinha também leva água ou só estes dois líquidos, em princípio prevalece esta última hipótese, outra interrogação é a da proporção entre vinagre e cerveja. Ora aí não somos capazes de arriscar nenhuma resposta. Se tiverem ingredientes, tentem das duas maneiras (mais vinagre/ mais cerveja). Quanto à consistência, deve ser tipo a cola de farinha, isto é, bastante húmido, mas com alguma consistência. Uma informação importante é que depois de terem feito este primeiro fermento, não se devem esquecer de guardar mais ou menos a mesma quantidade de massa após cada amassadura (depois de levedada a massa toda, comecem por tirar uma chícara para guardar como crescente para a próxima. Se ele estiver seco por cima da vez seguinte, juntem água e ele derreterá).

O nosso trabalho

Desde a visita pastoral do Sr Bispo D. Benedito ao Gungo e, depois de feitas as apresentações iniciais e a primeira reunião a sério com os responsáveis das comunidades, centros e zonas, decidimos visitar as zonas pastorais que são 3: Tuma, Chipinga e Donga. Nesta última ficará sediada a missão pois é mais ou menos o centro geográfico do Gungo e é onde se localizam as instalações da antiga missão que iremos recuperar. Já visitámos a Zona pastoral da Tuma e a da Donga. No próximo fim-de-semana iremos à Chipinga para reunir com o Ondjango dessa zona pastoral. Tem sido um contacto para conhecermos as comunidades e também para nos darmos a conhecer melhor. Sabemos que já chegaram os contentores a Luanda; andamos às voltas com os impressos para finalizar o processo de aquisição do nosso “jipe”; a terraplanagem do terreno para a casa está orçamentada… Ao fim de semana estamos habitualmente no Gungo nalgum dos centros de Zona pastoral e, durante a semana, estamos mais pela cidade do Sumbe para tratarmos dos assuntos pendentes. Não conseguimos que as coisas decorram com a brevidade que gostaríamos mas estamos dependentes… e a missão também é isto. Aceitar as coisas como elas são. Fazer tudo o que for possível e confiar o resto…

Obrigado! Mantenham a ligação - "missionem" connosco

Olá a todos os amigos, familiares, conhecidos, simpatizantes, elementos cativos, colaboradores ou dos Mil e Tal amigos. Folgo muito em saber que estão ansiosos por mais novidades. Aliás esta missão também é vossa. Vamos tentar agilizar um pouco mais a comunicação mas não tem sido muito fácil. Desta vez vai uma enchurrada! Até breve!

quarta-feira, agosto 16, 2006

Já fomos ao Gungo

olá a todos os missionários que nos acompanham, Já fomos ao Gungo. A recepção foi espectacular, principalmente porque exprime a alegria do povo por alguém ir ao seu encontro para trabalhar com eles e para eles... preparamos a ida do Sr Bispo... A Sónia pode finalmente abraçar um embomdeiro e sentar-se na raíz de um, e escalar um... Ainda a menina Sónia teve acoragem de atacar um aranhão mas como disse após o combate: "matei-o só um bocadinho"... Estamos todos bem na espectativa de que as coisas vão correndo segundo a vontade de Deus. Aos que nos acompanham através do Blog e das notícias no Mensageiro e nas orações um obrigado muito grande em nosso nome e do povo que constitui a outra parte desta missão.

quinta-feira, agosto 10, 2006

Tal como prometido!!

Aqui vão algumas informações sobre o grupo "Mil & Tal Amigos". Mais tarde disponibilizarei mais informações, como por exemplo como realizar as inscrições… Cumprimentos

segunda-feira, agosto 07, 2006

Diário da Missão

Diário da Missão Quarta-feira, 2­/08/06, 20h – Concentração da Equipa no aeroporto 23h – Embarque e início da viagem Quinta-feira, 3­/08/06, 7h30 – Chegada a Luanda; primeiras sensações visuais e olfactivas Alojamento nas Irmãs da Sagrada Família para descanso 18h30 – Eucaristia 22h – Deitar (cedo, não?) Sexta-feira, 4­/08/06, 9h – Primeiro contacto na Caritas sobre a questão dos contentores 10h15 – Partida para o Sumbe; novas paisagens e muitos embondeiros! 16h30 – Chegada ao Sumbe; cumprimentos e contactos 18h30 – Eucaristia 22h – Deitar (a mesma hora estão a ver?) Sábado, 5/08/06, 6h – Despertar (cedinho, não? Cá é mesmo assim.) Oração da manhã Mata-bicho 7h30 – Início da arrumação da casa e desalojamento dos aranhões 18h30 – Eucaristia 21h15 – Visita ao nosso amigo Sr. Pinheiro 24h – Deitar (ganda noitada!!) Domingo, 6/08/06, Levantar, etc… 10h30 – Solene Eucaristia de Apresentação da Equipa Missionária na Sé do Sumbe (foram duas horas de missa e valeram por um grande abraço de acolhimento) 14h – almoço (um pouco tarde, hein?) 16h – Passeio à praia do Quicombo (15 Km a sul do Sumbe) 19h – Oração da Tarde 22h – Zzzz…

Chegaram BEM!!!

Venho por este meio vos comunicar que os nossos amigos já se encontram no Sumbe e que estão todos bem. Já começaram a fazer as limpezas enxotando as “tarântulas” que vão encontrando… Cumprimentos!!!

domingo, julho 30, 2006

Ondjoyetu

Olá amigos. Dizia o Evangelho de hoje que Jesus com cinco pães e dois peixes deu de comer a uma grande multidão. É apenas uma coincidência de números que me veio à mente. Vamos cinco missionários em missão para Angola e acabámos de enviar dois contentores para apoio a esta missão. O segredo não está nos cinco nem nos dois, mas naquele que chama, envia e abençoa esta missão. Que esta missão possa saciar a fome de muitos, não só de pão, mas pricipalmente de Deus. Fiquem bem. Estamos juntos. Mira de Jesus

Ondjoyetu

Ondjoyetu

sábado, julho 29, 2006

A casa vai a caminho - os contentores já foram

Não é bem o mesmo que o caracol que leva a casa às costas mas é algo semelhante o que estamos a fazer. Nos últimos meses a azáfama foi angariar os materiais necessários para a criação de condições logísticas a fim de desenvolvermos a nossa missão. Para angariar materiais para construir uma casa e reconstruir outra foi preciso muito trabalho. Não temos tudo nem isso é nosso desejo por agora. Na quinta-feira, dia 27 foi para carregar os dois contentores. Na sexta vímo-los partir... Esperamos que tudo chegue a bom porto e sem sobressaltos. Confiamos nas mãos de Deus e dos homens a generosidade de tantas pessoas identificadas ou anónimas, pessoas colectivas ou singulares, ajudas de empresas, ofertas monetárias ou em materiais. Como costumo dizer brincando: Muito obrigado por essa costela missionária. O grupo missionário, a equipa missionária e o povo do Gungo dizemos bem alto: "TWAPANDULA"!

Celebração de envio

Olá a todos... é já amanhã a celebração de envio do grupo que parte para Angola e do grupo que parte para o Alentejo, às 17h na Igreja de Marrazes com a presença do Bispo D. António Marto. Apareçam e vivam connosco este momento! Até lá*

quarta-feira, julho 26, 2006

O nosso Jipe vem a caminho

Olá a todos os amigos, faço saber que a MIVA, ONG austríaca a quem enviámos um pedido de apoio para o jipe da missão deu parecer favorável e vai apoiar. Nos entramos com 13.000 euros e depois trataremos da legalização. Eles efectuam a compra do veículo, colocando o quantitativo restante (cerca de outros 13.000) e entregam o carro em Luanda. Um grande bem haja a esta organização, a todos os quem têm colaborado para o jipe nem que seja com um pequeno autocolante... Lembram-se? valeram a pena cada um deles.

quinta-feira, julho 20, 2006

Olá a todos!!

Olá a todos!! Cá estamos a duas semaninhas de começar a missão no terreno... De hoje a quinze dias por esta hora já estaremos a viver Angola... Quem quer partir connosco?? É só apanhar o comboio deste blog! Até brevinho*

domingo, julho 16, 2006

Pois bem, é mais um pequeno passo de muitos outros que este grupo vem dando. Muito obrigado aos impulsionadores desta iniciativa e que este blog sirva para nos aproximarmos cada vez mais uns dos outros para que com o nosso contributo todos sintamos cada vez mais este mundo como a casa de todos nós, de todos os povos. Mira de Jesus

Ora cá está um dos nossos "rostos". Para quem não conhece é o logotipo do nosso grupo. Ao Tiago Brito por criar este espaço eu digo: Twapandula!

Ao longo dos próximos tempos teremos oportunidade de aprender mais palavras como estas. A quantos quiserem fazer deste espaço a "sua casa" sejam benvindos! sejam missionários connosco.

p. David

O blog!

Bem-vindo ao recém-criado blog do grupo missionário “Ondjoyetu”. Este blog pretende ser o meio de comunicação mais usado para transmitir histórias e notícias dos missionários… Eu como amigo da Sónia e do David ofereci-me para lançar as fundações no ondjoyetu digital. Bom trabalho à "nossa" equipa e bem hajam todos os que têm contribuido. Vamos Construir "A nossa casa". Tiago Brito