terça-feira, janeiro 29, 2019

Festival de sopas... e outras coisas mais

Bom, aqui deveria estar exposto exclusivamente o tema do festival das sopas, mas entretanto muita coisa aconteceu, por isso cá vai.
Escrevendo aqui na cadeira da porta de embarque posso dizer que o festival das sopas foi um incrível sucesso onde não cheguei a sujar uma mão com um único feijão da sopa da pedra... É verdade! Ajuda não faltou e a única tarefa que desempenhei foi dar imagem ao grupo missionário Ondjoyetu!
Enfim, posso dizer que contámos com mais de 700 pessoas (até as taças se fizeram curtas e tivemos de emprestar pratos do salão...). Acabámos com muita pena ter de recusar pessoas com receio que não chegasse para todos... enfim! Para a próxima faz-se em plena rua e espaço não faltará! 😃
A todos agradeço, especialmente àqueles que fizeram parte da equipa organizadora! Com este evento o grupo missionário pôde contar com mais alguns donativos para a linha da frente!



Espero dar notícias em breve com a tão aguardada rede de água que recolherá água do rio perto da donga para desaguar na cisterna da missão.

Entretanto foi a eucaristia em que dei o “até já” da minha terra natal “Santa Catarina da Serra”... Foi muito bom receber a força de todos os vizinhos que me deram força para a partida...

Agora estou já de passaporte e bilhete na mão para entregar à porta do avião e não em tom de “Adeus” mas sim de “até já” venho cumprimentar-vos!

Breve darei notícias!
Bem haja!
Estamos juntos!

Humberto

Apresentação do trabalho realizado

ESTÃO TODOS CONVIDADOS
Primeiro vão ouvir-me sobre a missão onde estive em 2017/2018.
Vou PRESTAR CONTAS aos meus apoiantes.
Depois podem passar uma tarde divertida com a atuação do Grupo Musical Daniel Silva & Ana.
Peço-vos que, além de aparecerem, partilhem e convidem os vossos amigos.

João Antunes


sábado, janeiro 26, 2019

Inscrições para a 2 sessão de formação

Vem aí mais uma sessão de formação da FEC. 

Estão abertas as inscrições para a 2ª sessão de formação para voluntários com o tema “Voluntariado e Cooperação para o Desenvolvimento”, a realizar nos dias 09 e 10 de fevereiro de 2019 na Casa dos Franciscanos Capuchinhos (Fátima) (Morada: Av. Beato Nuno, 405 - 2496-908 FÁTIMA).

Por favor façam a vossa inscrição em: https://goo.gl/forms/xrQydBGQkqOfLGbR2

Para cada voluntário deve ser preenchido um formulário. Os dados a constar do formulário devem ser do voluntário (e-mail, telefone, ect) e não da organização!

Caso precisem de alojamento na sexta-feira (véspera da formação) deverão indicar no campo das observações. Se tiverem alguma condicionante alimentar (ou outra) devem colocar no campo das observações.

As inscrições serão encerradas no dia 31 de janeiro de 2019 às 12h.

O almoço do primeiro dia (sábado) será partilhado, pelo que todos devem trazer algo para partilhar.

Em caso de dúvida, contactar: catarina.antonio@fecongd.org

segunda-feira, janeiro 21, 2019

Convívio de Reis 2019

Bom, já lá vai quase um mês, mas nunca é tarde para se testemunhar... Jesus também viveu à 2000 anos e ainda hoje testemunhamos o dom da sua vida...

Bom, venho aqui escrever sobre o convívio de Reis que decorreu no passado dia 6 de Janeiro de 2019, Domingo. Tudo começou um pouco antes das 18.00h numa das capelas inseridas no Seminário de Leiria, onde se sucederam os ensaios para a Eucaristia da Epifania do Senhor. Um acorde acima e outro abaixo, uns em compasso ternário e outro em quaternário... Enfim, uma Eucaristia que não é perfeita, mas que é Humana, muito Humana, e é isso que interessa. E assim começou a Eucaristia celebrada pelo Padre Joaquim e "acolitada" por mim (Humberto) 😛. Lá soaram mais uns acordes da guitarra do padre Joaquim e da guitarra da irmã Susana. Chegada a altura da homilia, o padre Joaquim fez questão de doutrinar mais um pouco os presentes... Falou-nos do simbolismo daquele dia, da importância dos Reis Magos e das suas dádivas. A certa altura eu e alguns dos presentes na Eucaristia perguntavam-se onde estava o Sangue de Cristo ou melhor: "Onde está o vinho?" pensava eu. Ainda me cheguei a levantar para ir a correr à sacristia para trazer o bendito vinho, mas lá me fizeram sinal a indicar que já estava no cálice. "Sorte a do Padre que hoje tem de fazer pouco e eu mais que ainda tenho de fazer menos", pensei eu... 😃
Assim se passou e fomos então ao jantar partilhado. Tivemos oportunidade de comer de tudo um pouco! Cada um fez das suas mãos e assim provámos um pouco da obra de cada um. Até eu e a Rita se esforçámos muito a fatiar um bolo de compra e a colocá-lo num Tupperware para parecer que era caseiro, mas não correu bem a nossa ideia... Ainda assim só levaram 1 ou 2 fatias...
Já de barriga cheia e cada um com uma prenda que trouxe de casa feita pelas próprias mãos, chegou a altura de fazer a troca de prendas. Atribuiu-se uma peça de um puzzle com um número a cada pessoa e foi-se construindo o dito puzzle por ordem crescente de algarismo. O número mais baixo era quem oferecia a prenda ao número mais alto. Peça por peça via-se o puzzle a construir-se e os amigos secretos a revelarem-se.
No instante seguinte, e para terminar procedeu-se à gravação de uma mensagem de bom ano e de festejo da Epifania do Senhor por parte do Grupo Missionário Ondjoyetu em Portugal para a linha da frente, que guardo no meu telemóvel para mostrar na altura em que lá chegar.

Foram estes os acontecimentos do convívio de Reis que agora escrevo. Os vídeos não os revelarei porque permanecerão em segredo até a linha da frente os ver. 😃





segunda-feira, janeiro 14, 2019

Sakidilá...

“Sakidilá, sakidilá, sakidilá…zambiyétu”, “Obrigada, obrigada, obrigada senhor Jesus…” foi assim que se começou mais um ano na linha da frente, a ouvirmos palavras em kimbundo, uma das línguas mais faladas em Angola e bem diferente do umbundo que ouvimos no “nosso” Gungo. Foi então assim que celebrámos o início do ano de 2019 na paróquia de São Tiago no E-15 ao som de batuques, cânticos e um calor bem diferente do frio de janeiro, que se faz sentir em Portugal.


No dia 5 de janeiro iniciámos a nossa subida até à Donga. Apesar da ausência de chuva, que se tem sentido nos últimos tempos, ter facilitado a subida do cavalinho pela picada, é bem visível a falta que ela faz. Por isso, em cada oração, pedimos que a chuva venha e encha os rios, regue as lavras, faça o milho crescer e virar fuba, para que os irmãos camungungos possam saciar a sua fome comendo funge.
A nossa estadia no Gungo centrou-se principalmente na preparação do novo ano pastoral. A assembleia da missão reuniu os catequistas dos diversos centros do Gungo para fazer o balanço do ano que passou e preparar o próximo.

Durante estes dias as manhãs iniciaram às 5h40 com oração e trabalhos na lavra, antes das reuniões da assembleia.  
Para além das muitas consultas efectuadas e da continuação ddos trabalhos de mecânica e serralharia, juntámo-nos às diversas tarefas das mamãs e papás. Num dos dias debulhámos milho enquanto enxotávamos galinhas. É ‘só’ dar à manivela com um ritmo certo, deixar entrar a espiga direita para não encravar e não parar. Parece fácil! Noutro dos dias escolhemos ginguba, enquanto ouvíamos histórias contadas pelo Tio Zé, do “outro tempo” em que os montes do Gungo eram cobertos de girassóis e cisal, e, por momentos, somos também nós transportados para essa época e pensamos “Como é possível o ‘nosso’ Gungo ser ainda mais bonito?”.
No dia 10 de janeiro, chegou o dia da descida da picada. Esta foi a última descida das manas Carolina, Inês e Mónica. Ou talvez não tenha sido a última, pois os seus corações ficaram presos num embondeiro….talvez um dia elas regressem para os recuperarem.







Tukasi Kumosi!