domingo, outubro 31, 2010
Avozinha Julieta
Mesmo a terminar o mês das missões, quero dar-vos a conhecer uma pessoa que marca de forma especial os voluntários que vão passando por terras angolana: a nossa avozinha Julieta.
A avozinha não sabe muito bem quando é que nasceu, então quando lhe perguntamos a idade ela diz ter “Mil e tal anos”, parece-me que está a exagerar um cabocadinho…. Pela aparência atrevo-me a dizer que terá cerca de 70 anos, na nossa contagem :) .
Apesar da sua idade e das muitas dores que sente nas suas pernas, a avozinha dedica-se de alma e coração à missão, ajudando nas tarefas da cozinha e no cuidado da casa, para que na nossa ausência os diversos bichinhos que teimam em visitar a nossa casa, não a destruam.E mais importante que isso é a forma carinhosa e meiga como que ela nos trata…. È mesmo uma verdadeira avozinha.
No tempo colonial, a avozinha trabalhou com portugueses, em que a sua tarefa era tomar conta das crianças, e ela gostava muito de aprender, foi aí que aprendeu histórias que nos são muito familiares, tal como é a história do “Capuchinho Vermelho”, por ela intitulada por “ A Chapeuzinho”. Mas respeitando a cultura africana, ela só conta as histórias à noite, depois da oração do terço.
Partilho aqui um pequeno filme onde ela está toda contente a contar uma história.
Quando vim para Portugal, a Avozinha pediu-me para dar um recado à minha familia: " Quando fores no "Protrugal" diz que tens aqui uma avozinha de "Mil e tal anos" e que é muito assanhadinha" (bem disposta).
Um beijinho muito especial para si, Avozinha, todo o povo do Gungo, equipa da Linha da Frente, e para todos os missionários que do lado de cá vão contribuindo para que a MISSÃO CONTINUE….Um garnde Ndapandula Tchiwa!!!!!
Tukasi kumosi olondjanja vyosi!!!!
Mana Ana Sofia
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2 comentários:
Obrigada Ana Sofia!
Gostei de conhecer a avozinha Julieta! São estas pessoas que, com a sua simplicidade, a sua boa disposição e o amor que dedicam aos outros, concerteza, " verão a Deus".
Beijinhos
Lucinda
Olá Ana Sofia. Sente-se que a Missão continua a palpitar bem forte dentro do teu coração pela rica e intensa experiência que fizeste.
Mesmo que a voz da avózinha Julieta não se perceba muito bem devido aos ruídos da noite, vale a pena apreciar o jeito dela a contar a história do "Chapeuzinho".
Obrigado por mais esta partilha e continua e não pares por aqui.
Um beijinho.
P. Vítor Mira
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