Com a Linha da Frente

Olá amigos e amigas, muito boa noite. É desde o Sumbe que vos escrevo para dizer que a minha viagem e da Inês correu muito bem. Tivemos a nossa família missionária a despedir-se de nós no aeroporto, o que dá sempre muito conforto e aquece o coração. A viagem de avião decorreu sem sobressaltos, ainda que a noite não tenha sido muito bem dormida por causa do desconforto da “cama”. Mas dormitou-se alguma coisa. À saída do avião foi preciso tirar logo a camisola. Recebeu-nos o esperado calor húmido e abafado. Parecia que tínhamos entrada numa estufa. Após os trâmites legais, fomos recolher as bagagens; ainda apanhámos um pequeno susto porque a mala da Inês e uma caixa não apareciam. Depois de procurar melhor, lá demos com ela onde não seria de esperar. Saímos e lá estavam à nossa espera o P. David, o Amândio e a Teresa, com uns sorrisos abertos. A mana Inês descomandou-se logo direito a eles a abraçá-los e tive que ser eu a levar os dois carros até ao fim do percurso. Após as saudações, rumámos ao nosso cavalinho branco, bem limpinho e bonito para nos receber. Pouco depois de entrar no jipe, lá vieram os tradicionais mimos que caracterizam esta família missionária: para a Inês, uma saca de pipocas; para mim um taça de abacaxi pronto a comer. Hum, tão booooom! E nós transmitimos os cumprimentos e saudades de tanta gente amiga e de família. Rodámos pelo caótico transito de Luanda actualizando-nos mutuamente com notícias dos dois continentes, enquanto nos dirigimos à casa das irmãs Guadalupanas. Aí tomámos o lanche da manhã, deixámos cartas e recolhemos uma mala que já tinha seguido para Angola uns dias antes. Depois rumámos ao Sumbe sempre em ambiente de conversa e muito boa disposição. A meio do caminho parámos para comer a “bucha” e tirar esta fotografia. Chegámos ao Sumbe quase ao pôr do sol. Fomos visitar o Sr. Bispo e depois rumámos a casa, onde nos esperavam o Mário e a Maria. Depois abrimos as bagagens e distribuímos os “mimos” que trouxemos. Amanhã de manhã rumaremos à Donga que fica a 130 km. daqui. Se Deus quiser, regressaremos no domingo à noite. Por agora é tudo. Cumprimentos e abraços para todos vós. Estamos juntos na oração e na missão. P. Vítor Mira