A Nossa Nova Horta na Donga

A Donga, como sabem é a sede da nossa missão onde temos um grande terreno que cultivável.

Desde o ano 2008 que a lavra tem sido cultivada com a produção de milho, feijão e ginguba, umas vezes mais, outras menos, outras, quase nada.
O ano agrícola 2011/2012 foi muito fraco porque não choveu. De 30 quilos de feijão semeado, colhemos dois; de milho colhemos muito pouco e ginguba absolutamente nada.
Este ano já vai um pouco melhor: o feijão das chuvas pequenas deu cerca de 600 quilos; o milho também deu uma boa colheita, por sinal a maior de sempre, mas ainda não sabemos a quantidade porque está guardado no celeiro em espiga. Já começámos a colher o feijão das chuvas grandes que deu alguma coisa e a seguir será a ginguba.

Quanto à horta, as tentativas da sua criação começaram em 2011. Mas sempre nos debatemos com a dificuldade em que cuidasse dela e de modo particular da sua rega. O ano passado fizemos um esforço descomunal para não deixar morrer o que semeámos e lá colhemos algum tomate, cenoura, alface, beringela, batata… mas valeu sobretudo pela experiência e por ter despertado na comunidade o desejo de apoiar mais esta iniciativa.

No final do ano passado foi desbravado e começado a preparar um novo terreno junto ao rio. Entretanto, já tínhamos o plano da vinda do Sr. Adelino Serra para ajudar concretamente neste projeto da horta.
Nos primeiros dias do mês de Junho foi o Sr. Armando Franco, com a ajuda de alguns elementos da nossa comunidade, fez uma base em pedras e cimento onde foram colocados três tanques de 1000 litros; arranjou o sítio para e motobomba, colocou a tubagem do rio aos tanques e destes à horta. Depois foram aplicadas as mangueiras mais finas para a rega de exundação.
O resto já foi com o Sr. Serra e a equipa que o tem estado a apoiar. Todas as semanas há um grupo diferente que vai até à Donga para aprender e colaborar neste projeto. Por agora só se tem semeado.
No passado dia 12 o Sr. Serra voltou à Donga para continuar este trabalho e foi acompanhado pela Mila, o avô Filipe e a Joaninha, estes dois últimos, angolanos.
Esperamos que este projeto vá para a frente e possa ajudar a dar mais um passo no objetivo da autossustentabilidade da nossa missão ao mesmo tempo que ensina novas técnicas e tipos de produção alimentar às pessoas
Um abraço para todos e até breve.

 

P. Vítor Mira