A malta cá da linha da frente
está toda bem e cheia de notícias fresquinhas para vos dar.
No passado dia 2 de Fevereiro
saímos do Sumbe rumo ao Uquende para uma semaninha de trabalhos…
Estamos a continuar o processo de
tratamento das chapas para o telhado da nova capela. Lixar, polir e pintar. Uma
tarefa bem demorada, mas necessária. Nos intervalos para desanuviar fizemos
novos "marcadores de guardanapo". Bem bonitos!
As novidades mais fantásticas e “mirabulásticas”
da semana foram que já temos um quadro no nosso Uquende que deixou os olhinhos
das nossas crianças a brilhar de tanta alegria. Obrigado Portugal por esta
dádiva que chegou até nós com o Contentor (Julho de 2019). E o nosso tio
Ventura fez uma chaminé que suscitou a curiosidade de toda a comunidade e que
depois de ver a utilidade e de se perceber que o fumo “já era”, começaram a
chover encomendas de chaminés para todas as mamãs do bairro.
As manas, exaaaaaaustas do
trabalho burocrático de cartório foram exercitar as pernocas e apanhar abacates
à lavra da mãe Carolina. Conhecemos uma nova fruta, “môiôiô”, mas é bem azeda e
ácida… vimos os porcos, e os produtos da época na terra (canas de massambala e
canas de açúcar, batata doce, banana, maçã, vários tipos de verduras, etc.).
Em casa o Sr. Padre David
instalou um sistema de baterias que se encontram em fase de testes para depois
se poder colocar painéis solares como alternativa à energia proveniente do
gerador.
Dia 14 a equipa deslocou-se para
a sede da missão, a Donga, pois, dia 15, sábado, tivemos encontro e avaliações
para os catecúmenos.
Claro que o trabalho não falta
por estas bandas e já iniciamos com as lavoiras da ginguba. Aqui continua-se a
semear da forma tradicional – dois bois, uma charrua, um charrueiro, dois
semeadores e muito suor a escorrer pelo rosto de todos, que o trabalho do campo
é bem duro.
Nas nossas hortinhas perto de
casa também temos recolhido alguns produtos bem deliciosos, alface, beringela,
beldroegas, couve, maracujás gigantes, etc.. Também houve aumento na família,
nasceram três bacorinhos e dois cabrititos.
Em relação à saúde dos nossos
camungungos, continuam a chegar até nós muitos casos de paludismo. É uma
situação que nos preocupa, mas o facto de virmos à cidade do Sumbe com
regularidade permite-nos obter os meios necessários para ajudar as pessoas.
Também na manhã do dia em que íamos regressar à casa Ondjoyetu (Sumbe) houve um
acidente entre duas motas que colidiram, resultando disso alguns ferimentos que
necessitaram da nossa intervenção. Felizmente nada de muito grave.
Este ano o nosso catequista
residente na missão, que todos bem conhecem, Tio Calei, acolheu duas netinhas e
uma chará da mãe Feliciana (sua esposa). As três meninas continuam à espera,
bem como as outras crianças, do professor da 1ª classe que até então nunca
apareceu… Assim, as manas aproveitam o tempo para fazer a iniciação através do
grafismo. Obrigado à família Abílio Mena e Cátia, amigos do Lobito. E como a
vida não é só trabalho, fizemos junto com as meninas umas pulseirinhas de “boa
sorte” para o primeiro ano lectivo delas. Obrigada pelas linhas de croché que
nos enviaram a partir de Portugal.
Dia 17, dia de viajar até ao
Sumbe, pelo caminho “escapámos lá” de parar para comer umas belas espetadas.
Pela picada, avistámos a jovem Celma que tinha caçado uma bela amostra de
insectos com predominância de uns apetitosos gafanhotos J.
No Sumbe, estamos a preparar a
nossa subida ao Gungo e aproveitámos para dar um pulinho à Catedral onde se
consegue sentir a maresia e apreciar aquele lugar de encontro com Deus. Assim
nos despedimos alertando para o facto de que a próxima temporada irá ser de
duas semanas seguidas no Gungo. Portanto preparem os vossos corações que
estamos a vir!
A Linha da Frente
3 comentários:
Tukasi kumosi 🤗
Excelente jornada.
Força e coragem.
Abraço
Fantástico o vosso contributo. Parabéns por fazerem pessoas felizes.
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