A avó Isabel ficou a apoiar as meninas lá de casa e a atender as consultas, pois a prática de algumas semanas ajudou a que ganhasse alguma à vontade para as situações mais simples.
O serão foi dedicado à devoção Mariana com a procissão de Nossa Senhora de Fátima vivida com profunda devoção que veio a ser complementada com a manhã do dia seguinte de reflexão acerca da Mensagem de Fátima.
O domingo, dia 15, teve como ponto alto a eucaristia que foi momento de acção de graças pela presença destes missionários entre nós e, ao mesmo tempo despedida com o misto de emoções que sempre se avolumam de parte a parte. No final, tiraram algumas fotos para ficarem para a posteridade. Na tarde desse dia descemos ao Sumbe para arrumar as malas e partir no dia seguinte para Luanda.
Em Luanda pudemos usufruir da boa hospitalidade dos padres do Verbo Divino. No dia 19 de Maio, quinta-feira, a manhã foi passada no aeroporto a deixar dois passageiros numa porta a acolher uma passageira que chegava na outra porta, a Cristina Mão-de-ferro. Eis as suas primeiras impressões:
“Ao fim de quase 8 horas de voo noturno, acordo já sobre Luanda! O casario, denso e sobreposto, faz adivinhar uma cidade sobrelotada e confusa banhada pelo calmo oceano atlântico! A aterragem foi tranquila, a operação de controlo sobre o covid-19 rápida. Mais demorado foi conseguir o visto, mas tudo correu como esperado. Malas e documentos em ordem! Aí vou eu, Gungo!
Ver o Padre David à minha espera não foi só uma imensa alegria, como um grande alívio também! Faltava apenas o “cavalinho branco” e começaria então esta grande aventura!
O dia de quinta-feira foi longo, começara cedo, mas ainda encontrámos forças para irmos comprar algumas coisas que faziam falta na sede da missão, no Sumbe, e um passeio de reconhecimento por Luanda.
Ao final da tarde voltámos para a Congregação do Verbo Divino, onde fizemos as nossas refeições e pernoitámos e onde, de resto, fomos carinhosamente recebidos.
Sexta-feira foi dia de regressar ao Sumbe, não sem antes fazermos uma rápida visita ao colégio das Pequenas Irmãs da Sagrada Família e, de seguida, almoçarmos com grandes amigos da missão.
O dia ía longo e o caminho para o Sumbe esperava por nós, pelo que nos fizemos à estrada ainda a tempo de ver o maravilhoso pôr no sol no cacimbo ao largo da ilha de Mussulo e de passarmos pelo miradouro da Lua.
Chegámos ao Sumbe tarde, noite cerrada, onde as pequenas luzes das casas pareciam pirilampos, deixando adivinhar a topografia da cidade.
Não posso deixar de confessar que aqueceu o coração chegar a casa, depois de tantas horas de viagem, onde uma sopa quentinha feita pela mana Teresa, nos esperava!
Agora é hora de tratar de questões pendentes, organizar os próximos dias e preparar a subida a Gungo!
Não vejo a hora de me meter ao caminho pela picada com o padre David e o avô Filipe, no cavalinho branco!“
A Equipa Missionária
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