Olá família Ondjoyetu
sabemos o quão estão ansiosos por novidades da vossa linha da frente. Estes dias
foram especiais e marcaram para sempre os nossos corações, este foi um natal,
de longe, diferente do nosso conceito habitual, não vimos o Pimentinha, nem os reclames
da “popota”, o anúncio do azeite galo não cantou e nem o rasto do trenó do pai
Natal ficou marcado no Gungo, coitado, também não tem chaminés por onde descer!
Ficámos marcados
pela genuinidade da data e pela forma autêntica como se celebra o nascimento do
Salvador, a Donga encheu-se com as gargalhadas das crianças e as vozes dos
papás e das mamãs que celebraram este dia connosco. A capela da Donga
desempenhou mais uma vez a sua função hoteleira, tendo estado sobrelotada! As
celebrações realizaram-se a céu aberto, o que também foi novidade para nós, o
frio não se fez sentir, até pelo contrário, e que sensação única poder passar a
missa do galo debaixo de um teto de estrelas resplandecentes. A noite de 24 foi
animada pela dança ao som de tambores, que bem demonstrou a alegria das pessoas
ali presentes.
Os
dias passaram rápido entre a azáfama das consultas, um encontro com os jovens e
os afazeres que a data exige, nem houve tempo para muitas brincadeiras com as
crianças, mas estas permaneceram sempre bem alegres, sem o stress de saber que
prenda estaria no seu chinelo havaiana dia 25, felizes só por se terem uns aos
outros para brincar. O dia 25 ficou marcado também pela celebração de 57
primeiras comunhões, o que tornou a data ainda mais significativa para aqueles
que esperavam ansiosamente este momento.
Regressámos ao
Sumbe dia 26 para festejar o aniversário do padre David, a surpresa foi bem
preparada, ele quase que não desconfiou de nada até começar a receber os
convidados da sua própria festa. Comemorámos os seus 42 anos juntamente com a
comunidade das irmãs Guadalupanas e outros bons amigos da nossa missão. Para
terminar as celebrações natalícias, no dia 27, marcámos
presença o Natal Missionário, este ano realizado na Conda, na fazenda do Rio
Uiri, uma espécie de quinta pedagógica, que nos permitiu um bom e fraterno convívio
entre os vários missionários da diocese do Sumbe. Aproveitámos também esse dia
para nos reabastecermos de água potável de modo a fazer render a deslocação ao
máximo.
O último dia
do ano foi passado junto da comunidade do Eval Guerra(Gungo) onde, de manhã,
celebrámos a missa da sagrada família e, na parte da tarde, se realizou um
encontro com as famílias daquela comunidade e arredores e se brincou com as
crianças, á noite, já bem cansados, passámos o ano em família na nossa casa do
Sumbe ao som dos gravadores e batucadas da vizinhança, alguns, que só pararam
de tocar dois dias depois!
Esperamos que
tenham passado um natal abençoado, cheios da graça do Menino Jesus e fazemos
votos de um excelente 2018 para todos vós!
Abreijos!
Linha
da frente
1 comentário:
Obrigado linha da frente por me fazerem reviver um Natal com 30 graus, na humildade do povo do Gungo,
Obrigado pela descrição de cada momento que é muito importante para quem está longe geograficamente mas próximo no coração.
Um grande abraço Missionário
Estamos juntos.
Tio Serra.
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