Dia 24 de
maio foi finalmente dia de subir ao Gungo, com paragem no bairro Eval Guerra,
para tirar uma fotografia junto à placa que indica a direcção da Missão e que
marca o fim da estrada alcatroada e o início da picada.
Até aqui, a
viagem foi tranquila, adoçada pelas músicas que se alternam no rádio do
cavalinho e que os vários missionários têm juntado às escolhas do Padre David,
sempre que chegam.
O início da
picada foi uma boa surpresa para quem, como eu, vinha com as expectativas muito
baixas em relação às suas condições. Ainda assim, foram quatro horas e meia de
caminho por entre vegetação densa e verde e o caminho cheio de obstáculos, que
com muita experiência e agilidade o Padre David conseguia transpor.
A meio do caminho
parámos no Uquende para ver a construção da nova igreja que está quase
acabada e que tem a inauguração prevista para outubro deste ano.
A igreja,
assim como outras construções que se estão a desenvolver na missão são
realizadas em BTC, bloco de terra comprimida, num processo verdadeiramente
sustentável. A terra que é recolhida a metros das construções, o mão-de-obra
local e todo o processo construtivo que não consome energia além daquela gasta
pelo motor que é usado na máquina desenvolvida de propósito para este fim.
Vista a
igreja e depois de algum contacto com a realidade da aldeia voltámos a subir o
Gungo a caminho da Donga onde se encontram as estruturas da Missão.
Os dias na
Donga são pequenos para tanto trabalho que há a fazer...e não chegam as mãos
nem a vontade para as necessidades, mas a verdade é que isso não nos pode
desanimar e, pelo contrário, dá-nos alento para fazermos o que for preciso para
avançar sempre um pouco mais.
Assim, entre
consultas, acompanhamento da obra da casa de apoio aos catequistas, reuniões de
trabalho e conversas sobre o projecto da missão, passámos a maior parte da
semana, pontuada pela minha visita a Cabinda onde participei nas aulas dos
meninos da aldeia, pelo Conselho Permanente que aconteceu no sábado, dia 28 de
maio, onde nos reunimos com os catequistas e foram partilhados problemas e
preocupações da comunidade e pela celebração do Domingo da Ascensão do Senhor.
Agora, depois
de alguns dias no Sumbe, na sede da missão, preparamos o regresso ao Gungo para
mais alguns dias de trabalho e contacto com a comunidade. Para mais incríveis
nasceres-do-sol, pores-do-sol e tantos momentos de afecto e partilha.
Até já!!
Pela Equipa
Missionária
Cristina
Mão-de-ferro
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