Subida ao Gungo
Durante o fim-de-semana de 25 a 27 de fevereiro foi a minha
primeira ida ao Gungo deste ano. Como o nosso “Cavalinho Branco” (o nosso jipe)
se encontra doente tivemos de fazer a viagem por duas etapas. Do Sumbe até à aldeia do
Sapato fomos no “Azulinho” (outro veículo mas não preparado para a picada do
Gungo), depois seguimos na nossa “Mula” (uma velha Pick up habituada às pedras
da picada) até à Missão Donga, demorando, no total, 7 horas.
Que grande emoção, voltar a subir a picada e a recordar
alguns dos sítios por onde já havia passado. Como é bom voltar ao Gungo,
encontrar o seu povo genuíno, os sorrisos das crianças e o acolhimento dos seus
pais com danças e cânticos de alegria.
Nem queria acreditar quando cheguei à Missão Donga, ver o
quanto cresceu, a nível de infraestruturas e do número de pessoas naturais do
Gungo que coordenam a missão. Ver a quantidade de motas a circular, os inúmeros
serviços que a missão presta ao povo. Chorei de alegria, ver o quanto vale a
pena dedicarmo-nos aos outros e ver o quanto as suas vidas melhoram!
Neste primeiro momento, é altura de sentar e observar,
contactar com as pessoas, observar o seu ritmo e condições. Ver onde poderei
dar o meu contributo, de modo, a que as pessoas possam viver melhor, de acordo
com a sua cultura, sem interferir diretamente nos seus costumes.
Nestes primeiros dias estive a dar apoio à mana Teresa nas
consultas médicas, atendemos cerca de 70 pessoas, só no domingo. A falta de acompanhamento
médico é um dos problemas mais graves do Gungo. Ainda com as nossas limitações,
a missão dá um grande apoio nas consultas e abastecimentos de medicamentos
daquela área.
O momento alto do fim de semana, foi a Eucaristia com
celebração de três casamentos e de cinco batizados. Foi uma celebração cheia de
cânticos de alegria e rica na vivência dos sacramentos em comunidade.
Chegando a hora da descida, regressou toda a equipa no camião
“Elefante” até ao Sapato, depois de “azulinho” até ao Sumbe, demorando, no
total, 12 horas.
Que o Espírito Santo continue a iluminar-nos para prestar o
melhor apoio dentro das nossas possibilidades.
Susana Querido
5 comentários:
Adorei o teu relato. Continua a escrever para nos mantermos informados do que andas a fazer por aí. Carradas de beijos. JB
Beijos grandes minha amiga ��
Como admiro a tua coragem,és GRANDE e LINDA!
Obrigada pelo teu trabalho!
Bjs.
Querida Susana os teus testemunhos deixam a lagrima no canto do olho.
Mas a realidade que vives é muito bela, continua a seres tu mesmo a verdadeira missionária que se encontra disponível para servir como nos diz o nosso Papa Francisco EU VIM PARA SERVIR.
talvez a esta hora estejam ainda a descarregar o contentor, força Camungungos pois nós demoramos dia e meio a carregar.
Um grande abraço para toda a linha da frente.
Para a Susana um abração.
Estamos juntos.
Tio Serra
Olaaaa manos Ondjoyetus e em especial os nossos missionarios da linha da frente. Dou graças a Deus por Ele continuar manifestar a su presença como nosso Pai em todos esses detalhes que experimentam cada dia. Graças pelo vosso trabalho cada um aportando um bocadinho de Se. Deus vos abençõe e Nossa mãe a Virgem Maria vos proteja de todo perigo. Um graaaande abraço muuuuito apertado. Vossa mana ir. Nancy
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