De regresso ao Puto

Olá Amiguitos! Já lá vão cerca de 15 dias desde que cheguei a Portugal…. É uma mudança muito grande para uma viagem de apenas 7h45m, a começar pela temperatura :) Voltar a estar junto da família e dos amigos é uma sensação muito boa. Por outro lado, as saudades de Angola são cada vez maiores. Quando dou por mim…. Estou novamente a pensar no fantástico povo do Gungo, que foi a minha grande família ao longo deste tempo, na Linha da Frente, na família do Sumbe…. No que estaria agora a fazer se estivesse lá…. Quando me despedia do povo, muitas pessoas pediam para não me esquecer do povo. Mas é impossível esquecer este povo fantástico, tudo o que vivemos juntos ao longo deste tempo que foi tão breve. Criámos laços muito fortes, que a distância física não vai separar. Crescemos juntos, partilhámos as alegrias e dificuldades lado a lado…. Mas a missão não termina aqui, e ainda há muito trabalho a fazer. Agora numa outra frente de missão, mas…. TUKASI OLONDJANJA VYOSI KUMOSI (ESTAMOS SEMPRE JUNTOS)

TWAPANDULA TCHIWA ao povo do Gungo que sempre me acolheu com um grande carinho e alegria, e a todos os que apoiaram este projecto e que me deram muita força e coragem para avançar nesta linda missão! À Linha da Frente digo: Colelo linene (muita coragem) para continuarem a caminhar junto do povo. Nunca vos esqueço!

mana Ana

P. Segunda Miguel já está entre nós

Pouco passava das 4:30 h. da madrugada quando o avião proveniente de Angola que transportava o P, Segunda Julieta Miguel aterrou na pista do aeroporto de Lisboa. Passada quase uma hora víamos o P. Segunda surgir à porta de saída dos passageiros a perguntar com o olhar onde estaria quem o tinha ido buscar. Depois de lhe acenarmos deu com os olhos em nós e o semblante desanuviou-se-lhe. Saudámo-nos, demos as boas vindas, tirámos umas fotografias para a posteridade e seguimos para o carro que nos trouxe para Leiria. A hora matutina permitiu dar umas voltas pelos arredores e também dentro da cidade de Leiria para ficar com uma ideia da do local, tendo nós entretanto tomado o pequeno-almoço. A horas já mais convenientes fomos visitar o Sr. D. António Marto que deu as boas-vindas ao padre angolano do Sumbe. Seguiu-se uma visita a uma loja de roupas, que as que vieram de Angola não são próprias para estas temperaturas. O P. Segunda nasceu em Avémoma, município do Seles, província do Kwanza Sul no dia 4 de Fevereiro de 1965. Em 1985 entrou para o seminário do Sumbe onde fez o ensino médio. Daí passou para o de Luanda onde fez os estudos filosófico-teológicos. Foi ordenado padre na sua terra natal (Paróquia de Nª Sª de Fátima) no dia 12 de Maio de 1996. Até agora esteve em trabalho pastoral nas comunidades de Ebo, Sumbe (Shingo e Gungo) e Cassongue. A sua vinda para a diocese de Leiria-Fátima acontece ao abrigo da geminação celebrada entre esta diocese e a do Sumbe. Esta geminação prevê o intercâmbio de leigos, irmãs e padres entre as duas dioceses. Fica a residir na paróquia de Urqueira, sendo vigário paroquial desta comunidade e da de Casal dos Bernardos. Damos as boas vindas ao P. Segunda e que se sinta muito bem entre nós. Também agradecemos a sua disponibilidade para vir trabalhar como missionário na nossa diocese de Leiria-Fátima. P. Vítor Mira

A Ana Sofia Pereira regressou da Missão

Ontem à tarde o aeroporto de Lisboa foi testemunha de mais um momento de grande emoção e alegria pelo reencontro com uma missionária que regressou da Missão, desta vez a Ana Sofia Pereira.

Tendo em conta que era um dia de trabalho, a "delegação" que foi receber a Ana não era muito grande; mas, mesmo assim, lá estivemos para lhe dar aquele sinal de apoio e gratidão pelo tempo dedicado à Missão.

A Ana Sofia tinha partido no dia 13 de Maio de 2008. Teve que vir a Portugal em Agosto desse mesmo ano devido a razões burocráticas ligadas à sua autorização de residência em Angola. Regressou a este país em Setembro para voltar à lusa pátria neste dia.

Como felizmente quase sempre acontece, também a Ana Sofia vinha com um rasgado sorriso e muito bem disposta. Também da saúde não se queixa. As suas trancinhas, pele morena e panos coloridos denunciavam bem a sua proveniência.

O Grupo Ondjoyetu agradece profundamente a esta jovem toda a dedicação com que esteve em Missão. Os ecos que nos têm chegado do seu trabalho são muito positivos, de tal modo que o Gungo ficou a chorá-la.

Obrigado Sofia por este tempo que deste à Missão e esperamos que agora "infectes" outras pessoas.

P. Vítor Mira

Colóquio no dia 15 de Janeiro