quinta-feira, abril 28, 2011

As celebrações da Páscoa

Que nos desculpem o atraso desta partilha aqueles que nos acompanham no ciberespaço mas como o tempo pascal são 50 dias ainda vem a tempo. Partilhamos algumas imagens do que foi a celebração da Páscoa na Donga.
Foi tempo de os nossos jovens terem mais alguns temas de reflexão e prepararem a representação da via Sacra na sexta-feira Santa
Durante este tempo finalizou-se a preparação do grupo dos catecúmenos, alguns dos quais também noivos. Todas estas preparações desembocaram na celebração de 31 Baptismos de jovens e adultos e 16 crianças de colo na vigília pascal e 11 casamentos no dia de Páscoa.
Também foi o momento de o povo do Gungo manifestar agradecimento ao Amândio pelos seis meses de Missão que lhes dedicou. Mais uma festa cheia de alegrias mas com algumas lágrimas de sentimentos que se exprimiam. É a Missão vivida com o coração. A missão do Gungo está mais rica com todos estes acontecimentos e com tudo o que o Amândio nos deixou. Santa Páscoa a todos! P.David

O Amândio Évora regressou de Angola

Bom dia.
Pouco passava das 16:30 h. da tarde do dia de ontem, quarta-feira, quando o Amândio Évora finalmente apareceu à porta das chegadas do aeroporto de Lisboa. Vinha na companhia de D. Óscar Braga, bispo emérito de Benguela.
Como é comum aos missionários que chegam do Gungo, vinha com um sorriso rasgado e as suas primeiras palavras foram de gratidão pela experiência que teve a oportunidade de viver.
A recebê-lo estavam a sua mãe, o irmão, a irmã e ainda alguns membros do Grupo Missionário Ondjoyetu.
Estivemos cerca de uma hora à sua espera, de máquinas fotográficas em riste e parecia-nos que nunca mais chegava. Afinal era o problema com uma mala, que felizmente acabou por ficar resolvido.
Recordamos que o Amândio Évora esteve seis meses em missão no Gungo e deu um importante contributo como motorista do camião da missão e na execução de numerosos trabalhos de melhorias e criação de infra-estruturas físicas da nossa missão. Além disso ensinou os membros da equipa que com ele trabalhavam, como aliás fomos dando conta.
Agora volta à sua família com menos uns quilos, uma tez mais morena, uma rica vivência missionária e com muita vontade de continuar a missão do lado de cá. Aliás um dos temas de conversa na viagem de regresso de ontem foi o projecto das melâncias que o ano passado teve muito êxito e este ano queremos repetir. Agradecemos ao Amândio toda a sua generosidade, dedicação e entrega ao povo do Gungo. Sabemos que Deus não deixa sem recompensa que se lhe entrega sem medida.
Aproveitamos também para agradecer à D. Inês e Dr. Lourenço que mais uma vez nos emprestaram a sua carrinha, que foi mesmo à medida para o número de passageiros e permitiu fazer as viagens num ambiente muito mais familiar.
Amândio, sejas bem regressado e boa readaptação à tua terra e teu trabalho.
Mas acredito que o mundo para ti já não é o mesmo...
Um abraço.
P. Vítor Mira

terça-feira, abril 26, 2011

Reunião de Ondjango

Boa noite. Dando continuidade a algumas imagens da nossa missão que temos divulgado, apresentamos agora as de uma reunião de Ondjango no centro da Tuma. As imagens foram captadas em Fevereiro último, um mês de calor muito intenso. Por isso a reunião foi no exterior, à sombra das árvores. A capela desta aldeia foi construída em 1995 e a sua cobertura é de chapa de zinco, o que faz com que ela seja muito quente. Aproveito para informar que o Amândio regressa a Portugal amanhã, se Deus quiser. Deve chegar a Lisboa por volta das 15:30 h. Uma boa viagem para ele e a nossa gratidão pelos seis meses dados à missão do Gungo. Rezamos por ti, Amândio. P. Vítor Mira

quinta-feira, abril 21, 2011

Ferro Transformado

Olá amigos e amigas, boa tarde.

Há dias falei-vos do projecto da construção da capela do Uquende e publiquei uma fotografia onde estava um monte de tubos de ferro.

Pois bem, o meu pai e o Sr. José Ruas puseram mãos à obra com toda a coragem e há dias, quando lá fui ver como estava a decorrer o trabalho pude constatar que a maior parte das asnas já estavam feitas. Por isso, podemos dizer que já falta pouco para terminar esta tarefa.

Ao que sei, foram dias inteiros, de manhã à noite, a trabalhar neste projecto. É que estes senhores, ainda que reformados, têm outras ocupações e não queriam estar muito tempo presos por esta tarefa. É caso para dizer que foi dizer e fazer.

Mais uma vez agradeço ao meu pai pela coragem que teve em dar este passo e também ao St. José Ruas, que sem conhecer o povo do Gungo pessoalmente, se disponibilizou a dar esta importante ajuda.

Ficam algumas fotografias colocadas em filme para vermos como foi o trabalho.

Um grande bem-haja para os dois. E como o povo do Gungo irá ficar agradecido.

P. Vítor Mira

segunda-feira, abril 18, 2011

várias frentes

Olá para quem nos acompanha no ciberespaço, O Trabalho missionário vai avançando em várias frentes. No Sumbe avança a cisterna enquanto estamos por cá: Neste fim de semana a mana Inês, a Teresa e alguns jovens do Gungo foram à Quilenda participar no encontro diocesano alusivo ao dia mundial da juventude. Eu e a Maezinha fomos até à Tuma celebrar a festa dos Ramos e o mano Amândio ficou no Sumbe a avançar com alguns trabalhos. Há outro trabalho que avança na pastoral da criança, nas obras que vão andando devagarinho No Gungo, na preparação última dos noivos para os casamentos e dos catecùmenos para o Baptismo... (algumas imagens teimam em não querer aparecer...!) Abraço missonário

quarta-feira, abril 13, 2011

BTC e moagem vão crescendo no Gungo

Boa noite amigos missionários :D
A equipa missionária regressou ao Sumbe no passado Domingo depois de 2 semanas de Missão no Gungo. Foram vários os trabalhos onde pudemos avançar e hoje vou-vos contar sobre uma parte desses trabalhos.
Chegamos na sexta-feira, dia 25 de Março com o cavalinho e elefante bem carregados de materiais e vontade de trabalhar (podemos ver a imagem do nosso elefante a ser descarregado).
Começamos a tentar organizar os nossos trabalhos e vimos que uma prioridade era ir buscar água para se poder avançar com as construções. Mas logo nesse domingo caiu uma grande pancada de água que, com a ajuda dos nossos novos tanques, nos permitiu armazenar cerca de 2000l... e até deu para tomar banho :D
Durante a semana os trabalhos dividiram-se entre a construção do alicerce da moagem e a aprendizagem da técnica do BTC, com um mestre que veio da Gabela. Neste momento já temos uma pequena equipa de trabalho que está apta a continuar a construção destes blocos.
No final do tempo no Gungo foi possível contabilizar 935 BTC's que já estão reservados para a construção da nossa moagem. Já só faltam 2565 para podermos fazer a inauguração. Por isso, Twendi K'upange (Vamos ao trabalho).
Estamos Juntos*

segunda-feira, abril 11, 2011

Ferro para transformar

Olá, muito boa tarde.
Quando no ano passado visitei Angola, e mais concretamente na comunidade do Gungo, o meu pai acompanhou-me para ir conhecer a nossa missão.
Quando estivemos na aldeia do Uquende, num determinado dia os catequistas falaram de nacessidade de fazer adobes para reconstruir uma parede da capela que ameaçava ruir. Ao ouvir esta conversa desafiei-os a passarem do adobe à pedra, ou seja, de procurarem construir uma nova igreja mais bem feita, mais sólida, que desse também uma outra imagem da comunidade cristã. Afinal, já estamos em paz e toda a Angola está a mudar. Porquê continuar no mesmo de sempre e não se ser mais ousado.
A mensagem ficou e dois dias depois informaram-me que os catequistas daquele centro tinham reunido e decidido fazer uma capela nova em pedra, tanto mais que o Gungo tem muita pedra.
Nos dias seguintes começámos a falar do que seria necessário para levar por diante aquele objectivo. Nessa altura já o nosso camião estava ao serviço da missão e foi logo buscar umas carradas de pedra, para aproveitar a "embalagem" do entusiasmo.
O meu pai, que já foi serralheiro, ao aperceber-se deste objectivo, disse que oferecia a mão-de-obra da estrutura metálica para fazer o telhado; habitualmente usam-se paus, mas depressa têm que ser substituídos e nem sempre seguram tão bem as telhas. Era mais uma ajuda que contribuía para reforçar o entusiasmo pelo projecto.
Foram sendo dados passos e este ano, quando voltei ao Gungo, constatei que a construção da nova capela já estava em andamento, graças ao apoio da equipa missionária e da comunidade; e com que entusiasmo se via as pessoas a trabalharem na nova capela.
Quando regressei informei o meu pai do ponto da situação e que estava a chegar a hora de ele entrar em acção.
A boa vontade e a coragem continuavam lá. Por isso se pôs logo a fazer os cálculos e as contas para ver que material era necessário. Recentemente foi descarregado na oficina do meu pai todo o ferro para a estrutura metálica da capela do Uquende. E a obra está a caminho. Soube ontem que já estão feitas três asnas.
Como o meu pai já tem 70 anos, não é fácil dar a volta sózinho àqueles ferros bem pesados; pediu ajuda a um amigo, o Sr. José Ruas, que vai para lá ajudá-lo. Muito obrigado aos dois por também estarem a ser missionários desta forma.
Por agora fica a imagem do monte de ferro. Mas em breve mostraremos o mesmo ferro já transformado.
E são estes os pequenos passos de uma missão que, graças a Deus, é de muita gente.
Um abraço.
P. Vítor Mira

sábado, abril 09, 2011

Falta de água - 2ª Parte

Olá, muito bom dia. Na última postagem falávamos da falta de água. Na que hoje apresentamos mostramos como se obtem a água de que necessitamos em nossa casa. No dia anterior o P. David tinha ido ao rio no nosso camião com o Amândio e o Mário, já de noite. Graças ao nosso motor e às cisternas que nos emprestaram conseguiram trazer quatro mil litros de água. Foi só tirar do rio e nada tivemos que pagar. No dia seguinte quisemos voltar a fazer o mesmo, mas não foi possível. Já perto do local onde deveríamos ir a estrada estava interrompida devido a uns trabalhos e por isso tivemos que ir ao sitio onde se compra a água pois aí não nos deixaram usar o nosso motor. Os quatro mil litros custaram 400,00 kwanzas, perto de 4,00 euros. Quando é o camião cisterna que vai a nossa casa descarregar o custo da água fica em 4.000,00 kwanzas, quase 40,00 euros. Ainda teremos que fazer contas, mas agora que temos o nosso camião, parece que vale a pena ir com ele abastecer directamente ao rio. Aproveito para informar que ontem falei com a Inês e a Angélica. A equipa está toda no Gungo e lá quase não há comunicações. Mas elas foram lá a um local onde se apanha um pouco de rede, deram um toque e eu liguei para lá. Disseram-me que estão todos de saúde e que os trabalhos estão a correr muito bem. Informamos que a Angélica e a Inês estão a trabalhar mais na chamada "Pastoral da Criança" e que o P. David e o Amândio estão a construir a infraestrutura onde vai funcionar a moagem. Já fizeram cerca de 600 tijolos em BTC para a dita construção. Como disse, estão todos bem e mandam muitos cumprimentos. Também informaram que está a chover bem no Gungo e que, se Deus quiser, este será um bom ano agricola. O pior é a picada que cada vez está pior divido às fortes chuvadas. Um abraço para todos e boa peregrinação diocesana a Fátima. P. Vítor Mira

quarta-feira, abril 06, 2011

Falta de água - 1ª Parte

Olá, boa tarde. A água é um bem preciso e quando ela falta ainda sentimos mais como ela é imprescindivel. Aquando da minha recente visita à Linha da Frente a determinada altura ficámos sem água em casa. Tinhamos aproveitado para lavar todos os tanques e, ainda antes de acabar o preciso líquido encomendámos mais uma carrada. Vemos nas imagens a Márcia, filha do Mário, guarda da nossa casa, que, por ser pequena e caber pela abertura, foi lavar o tanque. A água para a nossa casa vem num camião cisterna que a carrega no rio Cambongo. Mas o senhor que nos prometeu ir levar a água foi adiando de dia para dia, sempre com a promessa de que estava mesmo a ir. Com tudo isto passaram três dias sem tomarmos banho, ainda por cima com um calor daqueles... Por isso, resolvemos ir nós mesmos buscar água ao rio. As imagens explicam o resto. Foi um processo algo demorado que só terminou de madrugada. Mas no fim aquele banhinho... Água na torneira... mais um dom que podemos agradecer a Deus todos os dias. Um abraço. P. Vítor Mira

sábado, abril 02, 2011

Noite de Fados em Caxarias

Muito boa tarde.
Tal como o ano passado, tembém neste, o Clube de Solidariedade da Escola EB 2/3 Cónego Dr. Manuel Lopes Pedrigão, de Caxarias, leva a cabo a organização de uma noite de fados, já no próximo dia 8 de Abril, sexta-feira, às 21:30 h. nas instalações da referida escola.
Esta iniciativa visa angariar fundos para acções de solidariedade, entre as quais se contam o apoio ao Grupo Missionário Ondjoyetu. O ano passado foi entregue a este grupo o montante de 400,00 € para o apoio ao "Projecto Grão a Grão".
Todos os dados referentes ao evento estão no cartaz que aqui anexamos.
Aos professores e alunos que levam a cabo mais esta iniciativa solidária e a todos os que nela puderem colaborar, desde já o nosso muito obrigado.
P. Vítor Mira