segunda-feira, agosto 28, 2017

1.ª reunião Ondjoyetu do ano pastoral 2017-2018

Saudações missionárias!

Vimos por este meio comunicar que a primeira reunião mensal deste ano pastoral se realizará no próximo sábado, dia 2 de setembro, às 21 horas, no Seminário Diocesano de Leiria.

Entre outros pontos, teremos a oportunidade de ouvir dois testemunhos de missão bem frescos: o da equipa que esteve em missão no Alentejo e o da Susana Querido, que regressou recentemente de Angola. A não perder! 

Para todos, um bom ano pastoral 2017-2018, com a intercessão de Santo Agostinho, cuja festa litúrgica celebramos hoje, dia 28 de agosto. Estamos juntos.

Missão Alentejo 2017 - testemunho

De 21 a 30 de julho, uma equipa constituída por 13 elementos assegurou a missão anual do Grupo Ondjoyetu no Alentejo, desta vez na região de Nisa, com foco nas aldeias de Tolosa, Arez e Amieira.

Aqui fica, sobre esta missão, o testemunho da nossa missionária Emanuela Dias (publicado no Jornal Presente):


Missionários sem barbas longas...

Como missionária, a oportunidade de integrar a missão que o Grupo Missionário Ondjoyetu faz, todos os anos, ao Alentejo, foi um desafio e uma oportunidade. Um desafio por ter sido a primeira vez e por ter levado comigo os meus filhos de 6 e 15 anos; uma oportunidade porque me permitiu partilhar e aprofundar, com eles e os restantes membros do grupo, os valores nos quais se fundamenta a nossa vida.

O Grupo Missionário Ondjoyetu comemora, este ano, 18 anos de missão em Angola e 15 anos de missão no Alentejo. Em Angola está uma equipa permanente de leigos e padres – é a chamada “linha da frente”. No Alentejo, fazemos sempre uma semana de missão. O grupo missionário está a crescer e prova disso são os “1000 e Tal Amigos” que temos por todo o lado, e não podíamos deixar de visitar os nossos amigos no Crato, aquando da nossa visita às Irmãs Carmelitas Descalças, no Carmelo de S. Nuno de Santa Maria. Foram momentos muito bons de oração, partilha e diversão, que nos permitiram recuperar forças.

Se as necessidades das populações africanas que a “linha da frente” apoia já são sobejamente conhecidas – cuidados básicos de saúde, higiene, alimentação, escolaridade e formação, entre outros –, as do Alentejo são diferentes, mas não menos urgentes, intervindo numa população marcadamente envelhecida, isolada e tantas vezes esquecida.

No Alentejo interior, há poucas crianças, pessoas com reduzida mobilidade, muitas vezes a viverem sozinhas não apenas nas suas casas, como até serem as únicas nas suas ruas... Mas os corpos envelhecidos e os rostos moldados pela ação extrema do calor não diminuíram a hospitalidade destas gentes nem o desejo de um aprofundamento na fé. Melhor acolhimento seria impossível! Após a natural desconfiança inicial, abrem-nos o coração e contam-nos os seus desgostos, lamentos e tristezas. Precisam de companhia, de uma palavra amiga, um miminho… Foi para isso que viemos e é nesses momentos que tudo faz sentido para um missionário: esta entrega sem nada em troca. Não estamos ali por nós, mas por Ele. Somos apenas instrumentos na ação de um amor maior. Ao escutar estas pessoas, arranjamos sentido e respostas que só pela ação do Espírito Santo podem ser expressas e ter explicação. Abrimos a Bíblia. Lemos o Evangelho. Rezamos juntos e, se necessário for, choramos juntos também. Damos a mão, um abraço, um beijo. Voltamos a ouvir e comove-nos o facto de, daquelas duras vidas, emergir uma fé que nos põe a um canto. E já não queremos sair dali. Mas temos que continuar, pois há sempre mais alguém que de nós precisa e que já nos espera à porta.

Entretanto, a população começa a conhecer-nos e desmistificam-se pré-conceitos… Afinal, os tais missionários são pessoas normais, não vieram de barba longa e vestes até aos pés! São como nós e até têm crianças e jovens e tudo! Nós, missionários (os tais que afinal não têm longas barbas!), propomos vigílias de oração, Missa, procissão, encontros com crianças e jovens crismandos. As igrejas enchem-se, mas é necessário continuar a formação (a deles e a nossa!). Jamais esqueceremos estes nossos irmãos, as histórias da D. Maria, do sr. António ou da D. Maria Fernanda. A eles e a todos os outros, o nosso profundo agradecimento por tudo!

Emanuela Dias

sexta-feira, agosto 25, 2017

Novidades deste Agosto

Saudações a todos os que visitam este espaço.

Vimos, por este meio, dar algumas novidades do que foi e vai acontecendo na Linha da Frente.
Após a partida das manas que foram para Portugal nos primeiros dias de Agosto, Susana Querido, Inês Pereira, Sofia e Graça, acolhemos o Antony e a Cátia, ambos estudantes de medicina em Coimbra, voluntários no meio de nós para dar uma ajuda na área da saúde.
Estivemos na Donga desde o dia 8 até ao dia 19 de Agosto. Durante estes dias foi possível dar muitas consultas médicas, fazer formação com um grupo de promotores de saúde e enfermeiros, avançar com o início da construção da campa do catequista António Jamba, Fazer formação dos preparandos da Primeira Comunhão, inscrever novos catecúmenos e crismandos, avançar com os primeiros testes para a produção do BTC...
No sábado, dia 19, descemos da Donga ao Sumbe para podermos, no domingo, participar na ordenação de 4 novos sacerdotes para a diocese do Sumbe. Esta celebração demorou quatro horas cheia de cânticos e animação e seguida de almoço convívio com os neo-sacerdotes, seus familiares e o pessoal missionário da diocese do Sumbe.
Esta semana deu para ir abastecer de água potável à nascente da Conda e estar no Sumbe a preparar a próxima etapa de trabalhos. Estamos também a acompanhar as eleições angolanas com os membros angolanos da comunidade alegres por poderem exercer a sua cidadania. O avô Filipe foi bem cedo para a sua mesa de voto a fim de poder ser dos primeiros a exercer o seu direito e dever cívico.
Hoje mesmo, iremos para a área da Tuma, mais próximo do asfalto, onde estaremos até domingo. Os manos que chegaram no início do mês, Antony e Cátia já estão em contagem decrescente pois vieram por um mês curto que está a passar velozmente.
A terminar, manifestamos a nossa solidariedade e as nossas condolências a todos os que sentem de modo mais próximo a partida da nossa avó Libânia. Por cá estamos associados na oração pelo seu eterno descanso e para que encontre recompensa de todo o bem que pode realizar.

Desejamos boa missão a todos e a cada um e deixamos em foto a Equipa que agora está por cá.

A Equipa Misisonária

terça-feira, agosto 22, 2017

Libânia Cruz, a nossa Avó para sempre

A nossa grande missionária Libânia Cruz, a nossa querida Avó, partiu ontem para a Casa do Pai.

A toda a família e amigos enlutados endereçamos as nossas sentidas condolências e muita coragem. Unimo-nos a vós neste tempo de dor, rezando pelo eterno descanso da nossa Avó e pelo consolo de todos aqueles que choram a sua partida.

Damos graças a Deus pela vida da Avó Libânia, pelo seu testemunho, pela sua amizade, pelas suas missões em Angola e no Alentejo, por toda a dedicação ao serviço de Cristo, pelas suas palavras, sorrisos e abraços envolventes, pelo seu carinho para com cada um de nós. Descansa em Paz, grande missionária. Até ao nosso reencontro. Sabemos que olharás por nós.

O funeral da nossa querida Avó Libânia será amanhã, dia 23 de agosto, às 14h30, na igreja paroquial da Marinha Grande. Pede-se aos membros Ondjoyetu que levem vestida a t-shirt branca do Grupo.
A missa do 7.º dia realizar-se-á no dia 27 de agosto, às 19h00, na igreja paroquial da Marinha Grande.
Estamos juntos.

sexta-feira, agosto 04, 2017

Akombe weia!

Regressaram ontem a Portugal a nossa missionária Susana Querido, que esteve em missão 6 meses, a nossa missionária Inês Pereira, que esteve em missão 1 mês, e as voluntárias Sofia e Graça. Akombe weia! Bem-vindas, manas!

Na chegada da Susana, testemunhada por um comitiva Ondjoyetu que se deslocou ao aeroporto, os momentos vividos foram de grande emoção, com muitos sorrisos e lágrimas à mistura, pelo reencontro com aqueles que se ama. No rosto e palavras desta nossa missionária transparece a Alegria da Missão, a gratidão de ter sido chamada a ser instrumento do Amor de Deus ao serviço de um povo que tem muito pouco ou quase nada. Twapandula, Susana, por deixares no Gungo (e sempre por onde passas) um rasto de Deus. Twapandula, Inês, por teres dedicado mais uma vez as tuas férias ao serviço de Cristo. E twapandula a todos os voluntários que, de um modo particular este ano, têm colaborado na Missão do Gungo, entre os quais a Mafalda Vasconcelos, estudante de Medicina que se encontra neste momento na Linha da Frente. E precisamente à equipa da Linha da Frente enviamos um grande abraço, desejando-lhe toda a coragem para continuar a tocar e transformar vidas.

Estamos juntos.

Graça, Inês e Sofia na viagem de regresso a Portugal

Susana, acompanhada de famíliares e amigos,
na chegada ao aeroporto de Lisboa













Testemunho da Susana Querido no final da sua missão de 6 meses em Angola:"Vai bem ya, mana Susana ...vai com Deus, rezamos por ti e por toda a tua família." Foi assim a despedida do povo e da família de cá. É assim de coração apertado que me encontro e com uma cara inchada de chorar de alegria e tristeza. Estou de regresso a Portugal depois de ter vivido quase 6 meses com o povo do Gungo em Angola, uma realidade bem diferente daquela que se vive em Portugal. O que lhes falta em materiais e bens de primeira necessidade tem a dobrar na sua forma pura de ser e de nos ensinarem a aprender o que é a família e o respeito por todos. Estes meses foram muito intensos cheios de aprendizagem, de episódios e emoções. De muita alegria mas também de algumas tristezas, principalmente quando nem sempre conseguíamos ajudar o povo e este só nos tinha a nós como solução dos seus problemas. Aí percebemos as limitações... que não somos assim tão heróis. Heróis são aquelas pessoas que conseguem sobreviver com tão pouco.
Durante este tempo ensinei muito mas aprendi ainda muito mais. No inicio cheguei a fazer uma lista de coisas que estava a fazer pela primeira vez na minha vida, mas perdi a conta... aqui em missão tudo se faz. E estar em missão é estar disponível para se fazer tudo aquilo que dentro das nossas capacidades nos dispomos a fazer, e foi isso que aconteceu. Estes 6 meses fiz tudo, menos aquilo que estava "habilitada", e olho para trás e sinto-me imensamente feliz, pois sinto que fiz aquilo que Deus queria que fizesse com o povo. Tenho a certeza de que Ele esteve sempre ao meu lado, senti-me como seu instrumento. Estive onde era preciso, a fazer o que era preciso, com as pessoas que precisavam.
Vou de coração cheio por ver o quanto cada missionário marcou aquele povo e contribuiu para o seu desenvolvimento. É de arrepiar ver a mudança e ver que com o pedacinho que cada um dedicou e dedica àquele povo os está a ajudar tanto. Um especial agradecimento ao padre Vítor Mira e ao padre David Ferreira pelo seu amor e dedicação. Que Deus vos acompanhe e que sejam fermento para mais padres abraçarem o projeto com o mesmo carinho. Obrigada, família e amigos, por me apoiarem. Também estiveram em missão.
Obrigada a todos os voluntários e missionários com que me cruzei. Também me ajudaram muito.
Estamos todos de parabéns pois juntos conseguimos fazer a diferença no mundo daquele povo ;) Susana Querido

quarta-feira, agosto 02, 2017

Ondjila e Cambinda foram visitadas!

Os últimos dias de Julho foram passados entre os bairros de Ondjila e de Cambinda. No dia 21 subimos e após 10h de viagem chegamos à Ondjila, mesmo chegando as 22h30, os cântico de boas vindas ressoaram pelas montanhas. Neste centro  foi possível acompanhar os trabalhos dos líderes da Pastoral da Criança, actividades com crianças, consultas e encontros de vários grupos na área da pastoral. Na quinta feira deslocamos até ao Centro de Cambinda e continuamos com estes encontros e visitas. Os dias foram passando a correr, as novas voluntárias aos poucos já se foram integrando nas dinâmicas da missão e eis que chega o Domingo, dia do Senhor mas também o dia de despedida. Para a mana Susana foi a despedida após 6 meses de Missão, para a mana Inês e mana Sofia despedida de 1 mês e para a mana Graça, de duas semanas. Em todas fica a gratidão pela forma como fomos acolhidas, pela oportunidade de trabalhar com este povo e de crescer junto. Para celebrar, ainda tivemos a oportunidade de dançar na acção de graças como verdadeiras camungungas trajadas a rigor.
Descemos no dia 31 para o Sumbe e amanhã já vamos para a Luanda.

A Missão também é isto!
Estamos juntos*