sábado, setembro 23, 2006

Já chegaram os contentores

oi lá a todos, esta semana foi detrabalho intenso. na quinta-feira foi o dia de descarregar os contentores. Foi uma canseira enorme desde as 07 da manhã até às 16.30h. Foi o culminar de dois dias no porto e duas semanas de espera: "é amanhã ou no outro dia..." Mas finalmente tudo chegou ao destino. obrigado a todos os que contribuiram e ajudaram. A cada um DXeus dara certamente a recompensa. Já começou a terraplanagem do terreno! Daremos mais desenvolvimentos. obrigado a todos os que nos acompanham neste blog e no grande Blog da ORAÇÂO.EM DEUS Twapandula. tamos juntos

segunda-feira, setembro 18, 2006

Há imagens que valem por mil palavras!!!

Devem estar à espera do "JIPE"!!! lol Tenho a certeza que desta boca já saiu um grande ”Tchauê”

Vai haver mais, vão procurando!!!

quinta-feira, setembro 07, 2006

Histórias que se repetem

A missão também é espaço de reencontro. É mesmo caso para dizer: mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, mas a história repete-se. Já vínhamos com quatro horas bem abanadas de viagem em picada naquela segunda-feira, 4 de Setembro. E que bem contentes que íamos por não haver nenhum percalço. Mas, quando chegámos à Chipinga, vindos da missão Donga, lá nos avisaram que um “candongueiro” (nome por que aqui são conhecidos os comerciantes) estava “empancado” na via. Quando estávamos perto, parámos o jipe a certa distância, em lugar onde podíamos manobrar, pois mais para a frente seria complicado. E a suspeita confirmava-se: um velho IFA (marca do camião) avariado em plena picada, depois de uma curva, numa descida, em zona bastante estreita. Parado e “abandonado”. Mas as nossas vozes atraíram a tripulação de três elementos. “Ó senhor padre é a ‘maca’ de uma peça de embraiagem que partiu. O rapaz já foi ontem de mota, ao Sumbe, para ir remediar; já não deve demorar”. Mas… oh, afinal é o senhor padre Vítoré, te lembras senhor padre, da outra vez foste você que me desenrascaste quando tive aquela ‘maca’ com o Chipualanga. “Oh, não, disse eu, você dá-me azar na picada. Outra vez a impedir-me a passagem…” bem me recordava, Julho de 1996. Ia para o Gungo e estavam dois candongueiros e discutir porque os seus camiões ao cruzarem-se tinham-se “enganchado” um no outro. O que subia não tinha arranque e o que descia com um pneu furado. Não havia passagem. E se é que aqueles homens discutiam a toque de “capuca” (agua ardente de cá), quase a chegarem a vias de facto. Como padre e homem de paz, tentei não apenas resolver o meu problema, mas também o deles. Capinámos e cavámos ao lado da picada e passei em frente. Depois tivemos que arredar os camiões; finalmente, com o meu velho Toyota Bandeirante, reboquei o camião deste mesmo “mano” que agora reencontrava, e lá o coloquei a trabalhar. E agora dizia-me este candongueiro, de novo movido a capuca que até cheirava à distância “é a segunda via que o Sr. Padre Vítoré vai desenrascar! Desta vez a manobra foi algo mais arriscada pois a picada era mesmo estreita. Rebocar o camião não deu, embora tenhamos tentado. A solução foi colocar umas pedras à frente das rodas, um pouco mais à frente e empurrá-lo para lá, encostando-o o mais possível à barreira. Depois foi cortar bananeiras do lado da ravina, cavar terra com a catana e colocar pedras para fazer “chão firme”. Depois, com as preciosas indicações do P. David, entre o camião e ravina, lá consegui fazer passar o jipe. No fim, uma hora e meia depois, que alívio! A alternativa era esperar até que o camião fosse arranjado. Lá nos despedimos ainda mais animados do que quando nos encontrámos e seguimos viagem. Pedimos a Deus que a “maca” tenha sido resolvida porque sábado temos que lá passar novamente. P. Vítor Mira

É bonita! : ) : )

A menina Sónia, habituada a fazer os seus passeios ao longo do dia pelas ruas de Leiria, sente alguma necessidade de andar a pé. No passado dia 4, após o almoço, quando estávamos a sair da Chipinga a meio da viagem que estávamos a fazer, pediu para ir à frente enquanto arrumávamos as coisas. Lá foi ela, a pé, de máquina fotográfica a tiracolo para fotografar todas as borboletas que encontrasse. Quando saímos, pela “estrada” encontrámos um miúdo e o Pe Vítor parou e, por brincadeira, perguntou se ele tinha visto uma menina branca naquela estrada. O miúdo de ar muito assustado disse que sim que tinha visto uma menina branca um pouco mais à frente. Surge a segunda pergunta. “E como é que ela era? Bonita ou feia?” o ar daquele miúdo muda totalmente e, com um sorriso rasgado, responde: “é bonita!”. Demos uma forte gargalhada e seguimos viagem até depois nos encontrarmos com a Sónia. Foi sobretudo a mudança de semblante que nos pareceu tão estranha e espontânea ao mesmo tempo.

Alimentação

Alimentação Os nossos estômagos têm-se fartado de novas experiências… o contacto com o funge para quem veio pela primeira vez teve efeitos diversos: A Vera descobriu este novo sabor e já come funge como verdadeira angolana. A Sónia ainda vai fazendo caretas… mas com o tempo cremos que o sabor se vai tornar agradavelmente familiar. A Catarina, na sua segunda oportunidade de familiarização com o funge preferiu a solidariedade com a Sónia. Com o tempo cremos que será um dos menus preferidos. É só descobrir o segredo: “está no molho”. Temos experimentado novas receitas e até já se fez doce de banana e de tomate. Precisamos de inovar com os produtos que cá encontramos para poder ensinar novas receitas e claro aprender muitas outras.

Dicionário de Umbundo – alinham?

Dicionário de Umbundo – alinham? Alguém está interessado em aprender umas palavras de Umbundo? Talvez possamos em primeiro lugar responder a algumas dúvidas sobre palavras que já se vão empregando… Enviem as vossas dúvidas que nós esclarecemos. A Vera está-se a especializar na letra das músicas em Umbundo. Creio que já sabe uma completa com tradução de cada palavra e expressão… Vamo-nos inculturando para estreitar laços e facilitar a comunicação e compreensão de parte e a parte.

Tchauê das crianças

Tchauê das crianças Quem me conhece há alguns anos sabe que depois de ter estado em Angola no ano 2000 comecei a dizer com muita frequência “tchauê!” em vez do seco “tchau!”. Isto como memória de tantas vezes ter ouvido esta expressão ás crianças que encontrava no Bairro da Pedra Um onde ia dar aulas de alfabetização. Este ano voltamos a ouvir este grito. “tchauê!” por vezes nem sabemos bem de onde… vem do meio do capim, do cimo de um monte… é expressão da alegria de crianças e até adultos que vêem passar a equipa missionária. O sorriso daqueles que encontramos à beira do caminho é a expressão disso… Mas não nos alegramos por nós mas por Aquele que nos chamou para cá. E correspondemos gritando de dentro do carro de janelas abertas: TCHAUÊ, TCHAUÊ!

Para atender é no verde?

Para atender é no verde? O pe Vítor tem uma questão: “Para atender é no verde”? Já ouvimos esta pergunta “bué” vezes mas a cada telefonema volta a dúvida: “Para atender é no verde?”. Por muito que o digamos não conseguimos convencê-lo de que realmente é no verde. Se alguém tiver maior poder de persuasão agradecemos. Entretanto vamos respondendo: “Sim é no verde!”

Receita para fazer fermento

Receita para fazer fermento Alguém sabe fazer fermento? Original? Já recebemos um contributo para esta questão mas ainda restam dúvidas. Haverá donas de casa ou bons filhos de donas de casa que nos dêem resposta? para fazer um fermento "original" é preciso fazer uma mistura de farinha com cerveja e vinagre numa taça (o equivalente a uma boa chícara de sopa). Deixa-se repousar até que este preparado azede e fermente. As questões que se colocam é que não se sabe se a farinha também leva água ou só estes dois líquidos, em princípio prevalece esta última hipótese, outra interrogação é a da proporção entre vinagre e cerveja. Ora aí não somos capazes de arriscar nenhuma resposta. Se tiverem ingredientes, tentem das duas maneiras (mais vinagre/ mais cerveja). Quanto à consistência, deve ser tipo a cola de farinha, isto é, bastante húmido, mas com alguma consistência. Uma informação importante é que depois de terem feito este primeiro fermento, não se devem esquecer de guardar mais ou menos a mesma quantidade de massa após cada amassadura (depois de levedada a massa toda, comecem por tirar uma chícara para guardar como crescente para a próxima. Se ele estiver seco por cima da vez seguinte, juntem água e ele derreterá).

O nosso trabalho

Desde a visita pastoral do Sr Bispo D. Benedito ao Gungo e, depois de feitas as apresentações iniciais e a primeira reunião a sério com os responsáveis das comunidades, centros e zonas, decidimos visitar as zonas pastorais que são 3: Tuma, Chipinga e Donga. Nesta última ficará sediada a missão pois é mais ou menos o centro geográfico do Gungo e é onde se localizam as instalações da antiga missão que iremos recuperar. Já visitámos a Zona pastoral da Tuma e a da Donga. No próximo fim-de-semana iremos à Chipinga para reunir com o Ondjango dessa zona pastoral. Tem sido um contacto para conhecermos as comunidades e também para nos darmos a conhecer melhor. Sabemos que já chegaram os contentores a Luanda; andamos às voltas com os impressos para finalizar o processo de aquisição do nosso “jipe”; a terraplanagem do terreno para a casa está orçamentada… Ao fim de semana estamos habitualmente no Gungo nalgum dos centros de Zona pastoral e, durante a semana, estamos mais pela cidade do Sumbe para tratarmos dos assuntos pendentes. Não conseguimos que as coisas decorram com a brevidade que gostaríamos mas estamos dependentes… e a missão também é isto. Aceitar as coisas como elas são. Fazer tudo o que for possível e confiar o resto…

Obrigado! Mantenham a ligação - "missionem" connosco

Olá a todos os amigos, familiares, conhecidos, simpatizantes, elementos cativos, colaboradores ou dos Mil e Tal amigos. Folgo muito em saber que estão ansiosos por mais novidades. Aliás esta missão também é vossa. Vamos tentar agilizar um pouco mais a comunicação mas não tem sido muito fácil. Desta vez vai uma enchurrada! Até breve!