quinta-feira, novembro 08, 2007
António, o ajudante das obras
Continuamos a saga do António Batata.
Quando em Agosto de 2006 a equipa missionária foi apresentada à comunidade do Gungo, o António disse logo que queria ser o guarda da nossa casa, na cidade. Assim podia conjugar esse desejo com o de estudar um pouco mais, uma vez que na sua terra natal isso não lhe era possível por não haver escola.
Como primeiro era necessário construir a tal casa, logo se disponibilizou para fazer parte da equipa de obras.
Em Setembro o António foi connosco para o Sumbe. A sua primeira tarefa foi a de guardar o estaleiro das obras à medida que lá se iam colocando os materiais de construção. Com a chegada dos empregados do Sr. Rui Quinta, que dormiam no local da obra, o nosso amigo passou a alojar-se em casa da família, ficando assim disponível para trabalhar durante o dia.
Ficaram bem registados em nós os seus “siiiim”, com uma musicalidade muito própria, logo que lhe pedíamos alguma coisa. Sempre bem disposto e disponível para todos os serviços, o que chegou a levar os colegas de trabalho a tentarem sobrecarregá-lo ainda mais.
A sua colaboração também foi muito importante como elo de ligação aos outros colaboradores e foi ele que nos ajudou quando houve tentativas de desvio de alguns materiais.
De todos os trabalhadores angolanos foi o único que esteve connosco do princípio até ao fim da obra. E agora é ele que fica a viver na nossa casa quando a equipa missionária se ausenta para o Gungo em trabalho com a comunidade por períodos de duas semanas.
A história continua...
P. Vítor Mira
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2 comentários:
É verdade, o nosso amigo António foi uma peça muito importante neste primeiro ano de trabalho para a construção da casa. Aproveitou a sua ida para o Sumbe para continuar os estudos. De vez em quando lá nos pedia umas explicaçõezitas de inglês, porque essa matéria "me complica", dizia ele.
Lá começou a perceber que para falar inglês tinha que "enrolar" muito a língua :)
E passado alguns dias quando lhe perguntavamos "How are you?" rapidamente ele respondia "I'm fiiiiiiine!" substituindo assim o tao característico "siiiiiiiim"
ahh!
adoraria poder participar:)
este ano andei a investigar acçoes de voluntariado na India e esta a pensar quando acabasse o curso ir para la por uns meses, mas nadoraria ir para Africa e integrar nesse projecto magnificamente bonito.
Rita
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