O nosso amigo Alberto Pinheiro dos Santos foi hoje a sepultar no Sumbe, cidade onde vive há muitos anos, ainda que seja natural do Seles, que dista cerca de 80 km.
sábado, julho 31, 2010
Partiu, mas está connosco
O nosso amigo Alberto Pinheiro dos Santos foi hoje a sepultar no Sumbe, cidade onde vive há muitos anos, ainda que seja natural do Seles, que dista cerca de 80 km.
segunda-feira, julho 26, 2010
Faleceu o Nosso Amigo Alberto Pinheiro
sexta-feira, julho 23, 2010
Mogui Mogui, o Elefante Missionário
Olá, muito boa noite e votos de bem-estar.
Certamente se recordarão que tenho andado a contar um pouco do que foi a minha visita à Linha da Frente nos meses de Abril e Maio. Nem sempre o tempo permite que se faça tudo o que se quer... mas pronto, cá estamos para continuar.
Depois de regressarmos do Chimbango - uma viagem longa e cansativa como tinha acotecido na ida - estivemos uns dias em casa. Mais à frente poderemos falar-vos um pouco disso.
No dia 7 de Maio subimos de novo ao Gungo, desta vez para a aldeia do Uquende. Fez parte da "expedição" um novo "missionário", o nosso Mercedes Unimog mais conhecido por Elefante Branco Mogui Mogui. Foi a primeira viagem que fez o que para nós foi motivo de grande contentamento e emoção. Era um sonho de há tanto tempo e uma grande necessidade para dar apoio aos nossos trabalhos junto do povo do Gungo.
Filmámos a sua saída de casa e mais alguns trechos da sua viagem. Até ao Eval Guerra foi o Sr. Gando que o conduziu, pois tem a carta de pesados. O P. David levou-o a partir daquela localidade, já na picada, pois aí não há policiamento e os seus conhecimentos são mais que suficientes para lervar o camião; aliás, está a tratar da documentação para poder conduzir o Mogui Mogui sem qualquer constrangimento.
Se Deus quiser, nos próximos dias apresentaremos outros episódios desta "saga".
Um abraço e bom fim-de-semana.
P. Vítor Mira
quarta-feira, julho 14, 2010
Elsa Pedro reforça Linha da Frente
quarta-feira, julho 07, 2010
Um Olhar Sobre Angola
Angola, um país recheado de tanta coisa diferente, onde as cores, os ritmos, os cheiros e os gostos nos transportam para uma realidade tão distinta da que estamos habituados no nosso país. Foi aqui que estive por um ano, integrada num projecto de Geminação entre a Diocese de Leiria-Fátima e a Diocese do Sumbe.
Ao chegar a Angola pela primeira vez, deparei-me com Luanda, uma cidade de contrastes onde o tudo ou nada, o poder e a submissão, estão presentes lado-a-lado. Se, por um lado, surge a riqueza de quem triunfa na vida, por outro, transparece uma multidão de gente que ainda não conseguiu ultrapassar as dificuldades impostas por trinta anos de guerra.
Ao sair da grande capital rumo à Diocese do Sumbe, no Kuanza-Sul, encontrei uma cidade mais pequena, onde o povo tenta a pouco e pouco ir melhorando a sua vida. A cada esquina se encontra alguém a desenvolver o seu pequeno negócio, e os que conseguem voltar aos estudos, tentam a todo o custo aperfeiçoar os seus conhecimentos.
Mas é mais para o interior, na região montanhosa do Gungo, que decorre a missão do nosso Grupo Missionário. Neste local apenas a 120 km. de distância da cidade, tal como ainda em tantos outros locais em Angola, a realidade vivida é completamente diferente, caracterizada pelo isolamento e por uma pobreza estrema. A esta comuna não chega a água canalizada nem a electricidade. Os acessos são tão difíceis, que tornam a chegada de bens essenciais e o escoamento de produtos da região numa tarefa verdadeiramente complicada. As escolas e os centros de saúde são em número muito reduzido e a maioria das pessoas não tem acesso a estes serviços. Por estas e muitas outras limitações consequentes da guerra vivida, podemos facilmente perceber que o povo do Gungo ainda se encontra muito marcado pelo passado.
No entanto, é espantoso verificar que mesmo perante tanta dificuldade, este povo demonstra uma vontade imensa de restabelecer a sua vida para poder chegar mais longe. É ao manterem viva a sua fé e ao sentirem uma enorme esperança num futuro melhor que surge a motivação para percorrer um caminho de vida que até então não tem sido nada fácil.
A Equipa Missionária foi recebida neste local com muito carinho, e pouco a pouco, com a ajuda de Deus, vão sendo dados passos conjuntos de forma a se tentar ultrapassar algumas barreiras. Assim sendo, têm-se desenvolvido formações na área da saúde, educação, pastoral, promoção feminina, etc.
Hoje, já estando de volta a Portugal, sinto que jamais poderei esquecer Angola e toda a magia que envolve aquele país e especialmente o seu povo. Como diz uma expressão muito usada por eles, e que sinto verdadeiramente no meu coração “ESTAMOS JUNTOS”.