segunda-feira, março 14, 2011

A Lavra da Missão

Boa noite. Chegou-nos a informação de que a nossa equipa missionária regressou hoje do Gungo. Esperamos que entretanto nos dêem notícias quentinhas sobre o modo como correu esta semana passada na Donga. Uma das dificuldades do Gungo é a auto-sustentabilidade, ou seja, a capacidade de fazer face às despesas inerentes ao funcionamento da missão. As pessoas vivem praticamente todas de uma agricultura muito rudimentar e dependente das condições climatéricas. Ano de seca é ano de fome. Por isso os contributos das pessoas são muito reduzidos. Como sabemos é a nossa diocese de Leiria-Fátima que dá apoio à nossa equipa para o trabalho que realiza. Entretanto, vamos tentando desenvolver projectos que permitam ir superando estas limitações, a pouco e pouco. Na Donga já temos uma junta de bois oferecida por uma família da nossa diocese e que dá uma grande ajuda nos trabalhos da chamada “lavra da missão” que se situa na Donga. Um dia por semana, e por aldeias, as pessoas deslocam-se à lavra e oferecem um dia de trabalho a favor da missão. Já o ano passado a lavra produziu algum feijão, milho e ginguba (amendoim). Mas este ano a área cultivada foi superior e, graças a isto e ao bom ano de chuvas, produziu 501 canecas de feijão (à falta de balanças, a unidade de medida é a caneca que leva cerca de 900 gramas). No fim-de-semana que passámos na Donga uma das actividades foi a apanha do feijão que ficou guardado no salão que serve de capela, dormitório, armazém, etc. Uns dias depois as pessoas malharam o feijão, recolheram-no em sacos. Dali o levámos para Luanda para ser vendido; é na capital que se conseguem os melhores preços para venda. Ficam algumas imagens que ilustram o que acabei de descrever. Um abraço a todos. P. Vítor Mira

1 comentário:

David Nogueira disse...

pois é o cavalinho branco colabora na lavra da missão... associado aos bois Cavacente e Abril.
Abraços a quem nos visita e acompanha