terça-feira, abril 29, 2014

Ana Sofia, muito obrigado

Olá, muito bom dia e votos de bem-estar.
Cronologicamente, estamos atrasados, mas a mensagem continua atual.
Antes da chegada da mana Ana Sofia a Lisboa teve lugar a sua partida de Luanda, um momento nada fácil especialmente para ela, depois de tantos anos dedicados à missão.
Todos os missionários que por cá passam deixam a sua marca e cunho muito particulares e tem sido essa uma das riquezas desta missão: pessoas tão diferentes e com carismas tão próprios a trabalharem no mesmo sentido, com o mesmo objetivo, para o mesmo projeto. E é assim que a nossa missão tem avançado, graças a Deus.
Mas, sem menosprezar ninguém, a nossa mana Ana Sofia merece um especial destaque por dois motivos: porque é a missionária leiga que mais tempo dedicou a esta missão em regime de voluntariado (somando os dois períodos são mais de quatro anos) e porque a sua capacidade de adaptação e resposta aos vários desafios e apelos que a missão vai colocando são de sublinhar.
Nota de particular destaque merece a atenção que deu nos últimos meses na área da saúde (a sua formação é engenheira civil). Depois de deixarmos de ter voluntários nessa área sentimos um grande vazio porque são muitas as pessoas que acorrem à missão para pedir ajuda.
Já quando cá estavam médicas e enfermeiras a mana Ana acompanhava de perto e manifestava interesse. Depois, já sozinha, às vezes muito insegura e com algum receio, lá foi procurando dar as respostas que estavam ao seu alcance. Para isso perguntava aos enfermeiros e médicos de cá e também se manteve em contato com os de Portugal e com a própria mãe, D. Delfina, que também é enfermeira.
Onde faltavam conhecimentos, sobrou amor e compaixão. Alguns dos que estão vivos lho devem a ela.
Havia pessoas que vinham à Donga dizendo que vinham ao médico ao hospital. E o hospital é a sala onde tomamos as refeições; diga-se, um grande risco para nós… mas à falta de outro espaço… foi este que teve de servir.
Cada dia teve a sua história, o seu drama, o seu momento de alegria e vitória.
Fica a imagem da despedida no aeroporto de Luanda e a mana Ana com o meu Xará, Vítor, neto do catequista José Calei, que ela queria levar para Portugal na sua mala. Mas levou-o no coração! É filho da Eugénia, uma menina que tem alguma diminuição mental, sofre de epilepsia e aos 14 anos foi violada, dando origem a esta vida tão frágil e de que a Ana Sofia foi um importante suporte na gestação e nos primeiros meses de vida.
Um grande bem-haja, Ana Sofia, e que Deus te ilumine e conduza pelos seus caminhos.

P. Vítor Mira

4 comentários:

Anónimo disse...

que lindo:) que Deus a ilumine sempre bem merece:)

David Nogueira disse...

A mana Ana voltou e já está entre nós com muitas histórias para contar e o coração cheio de vivências. Quem quiser ouvir o seu testemunho pode ir à reunião de grupo no próximo sábado, dia 03 às 21:00.
Até breve!

Ana Sofia Pereira disse...

Fui apenas instrumento do Amor de Deus, tentando pôr amor em tudo o que fiz.
Twapandula tchiwa (Muito Obrigado) povo do Gungo por me acolherem nesta grande e linda família, por me ensinarem o mistério deste Amor que nos ensina a fazer aquilo que não sabíamos e pensávamos que nem eramos capazes. Twapandula pelo vosso grande testemunho de fé.
Twapandula meus queridos filhos… Filhos do coração por continuarem a sorrir e por me ensinarem o quanto vale a pena lutar até ao fim, mesmo que o caminho pareça impossível….
Twapandula Tchiwa P. Vítor, P. David, e todos os voluntários que comigo partilharam esta missão. Obrigado por tudo o que me ensinaram, por todas as alegrias que vivemos juntos…. E desculpem-me todas as minhas falhas.
Twapandula Tchiwa à minha família e amigos por aceitarem esta minha decisão e por me apoiarem mesta minha opção de vida.
Twapandula Tchiwa a todos os missionários da retaguarda, todos os benfeitores que tanto trabalham para que esta linda missão continue.
Twapandula a todas as minhas professoras na área da saúde, por tudo o que me ensinaram, pela paciência que tiveram comigo em todas as minhas dúvidas e inquietações, pelo apoio tão importante que me deram a uma distância tão grande e pela grande coragem que me transmitiram…. De forma especial o meu grande obrigado à mana Inês Médica e à minha mãe Delfina.
Por fim….
TWAPANDULA TCHIWA TCHIWA SUKU (MUITO MUITO OBRIGADA DEUS) por me chamares a esta missão, por me ajudares a dizer SIM mesmo quando era mais fácil dizer NÃO.

E agora?
É difícil deixar esta familia... Mas agora é tempo de ajudar o Gungo de um modo diferente.... Mas o povo do Gungo continua num lugar bem especial no meu coração….

Osonho continua….E a missão avança…

TUKASI KUMOSI OLONDJANJA VYOSI
Mana Ana

Ana Sofia Pereira disse...

Fui apenas instrumento do Amor de Deus, tentando pôr amor em tudo o que fiz.
Twapandula tchiwa (Muito Obrigado) povo do Gungo por me acolherem nesta grande e linda família, por me ensinarem o mistério deste Amor que nos ensina a fazer aquilo que não sabíamos e pensávamos que nem eramos capazes. Twapandula pelo vosso grande testemunho de fé.
Twapandula meus queridos filhos… Filhos do coração por continuarem a sorrir e por me ensinarem o quanto vale a pena lutar até ao fim, mesmo que o caminho pareça impossível….
Twapandula Tchiwa P. Vítor, P. David, e todos os voluntários que comigo partilharam esta missão. Obrigado por tudo o que me ensinaram, por todas as alegrias que vivemos juntos…. E desculpem-me todas as minhas falhas.
Twapandula Tchiwa à minha família e amigos por aceitarem esta minha decisão e por me apoiarem mesta minha opção de vida.
Twapandula Tchiwa a todos os missionários da retaguarda, todos os benfeitores que tanto trabalham para que esta linda missão continue.
Twapandula a todas as minhas professoras na área da saúde, por tudo o que me ensinaram, pela paciência que tiveram comigo em todas as minhas dúvidas e inquietações, pelo apoio tão importante que me deram a uma distância tão grande e pela grande coragem que me transmitiram…. De forma especial o meu grande obrigado à mana Inês Médica e à minha mãe Delfina.
Por fim….
TWAPANDULA TCHIWA TCHIWA SUKU (MUITO MUITO OBRIGADA DEUS) por me chamares a esta missão, por me ajudares a dizer SIM mesmo quando era mais fácil dizer NÃO.

E agora?
É difícil deixar esta familia... Mas agora é tempo de ajudar o Gungo de um modo diferente.... Mas o povo do Gungo continua num lugar bem especial no meu coração….

Osonho continua….E a missão avança…

TUKASI KUMOSI OLONDJANJA VYOSI
Mana Ana