Mais umas semanas se passaram desde o nosso último contato e durante este tempo muita coisa se passou, tanta… e vamos contar algumas.
As visitas aos centros de Ondjila e Cambinda correram bem e valeram mesmo a pena. Os cinco dias que passámos em cada comunidade deu para um contato mais próximo com as pessoas, reunir com vários grupos e ajudar estas comunidades a organizarem-se melhor e ganharem um mais forte ritmo de caminho comum.
Um dado importante destas visitas foi a realização de
bastantes justificações de batismo de pessoas batizadas há muitos anos (a maior
parte em 1998) e cujo registo do sacramento nunca foi feito. É um processo algo
complexo para esta realidade, mas vamo-lo levando por diante.
Outro avanço importante é a organização de cantinas locais
com o apoio da missão e com produtos a preços mais acessíveis graças aos apoios
que recebemos. Em áreas em que muitos negócios são feitos em sistema de troca
direta, nem sempre é fácil lidar com dinheiro, trocos, quantias mais avultadas…
mas também neste campo vamos tentando fazer caminho.
Em Cambinda a celebração da missa inclui um casamento de um
casal de viúvos que já queriam ter casado na Páscoa de 2014. Mas só agora os
documentos ficaram prontos. Estavam felizes.
Outro centro visitado foi o Culembe, um dos mais “duros” por
várias razões. Mas a jinguba está a dar uma boa ajuda. Passo a explicar: este
ano foi um bom ano de jinguba (amendoim) e aquela área é uma das que mais
produz. A dificuldade em escoar o produto devido ao mau estado das vias e à
falta de comerciantes levou as pessoas a procurarem apoio na missão. E que
grande ajuda nos tem dado o nosso Unimog que vaio a todo o lado. Começámos por
comprar cerca de cem sacos de “jinguba em coco” (por descascar). A notícia
correu e agora já lá devemos ter uns seiscentos sacos, o que deve corresponder
a umas oito toneladas. E parece que há mais. Guardada em como conserva-se mais
tempo. A nossa intenção é ir descascando a ginguba à medida que houver procura
e tentar também assim contribuir para a sustentabilidade da missão. Tudo isto provocou
diálogos, encontros, uma confiança que foi aumentando e até trouxe mais gente à
Igreja. E é engraçado que já nem temos dinheiro para pagar esse produto e as
pessoas não se importam de esperar porque sabem que a missão vai mesmo pagar.
Outro passo importante dado nos últimos dias foi a chegada
da betoneira vertical para fazer adobes e do crivo. Deu um bocado de trabalho a
descarga, mas tudo correu bem. Já começámos a preparar o espaço onde será feito
o estaleiro para o funcionamento destas máquinas. Agora só falta trazer de
Benguela a própria máquina que faz os BTCs.
Tendo em conta que o tempo do cacimbo já vai a mais de meio,
começámos a fazer algumas manilhas para fazer um poço na zona baixa da lavra da
missão. Em breve vamos começar a afundar o poço e a colocar as manilhas no
sítio. A água é uma das nossas grandes carências. Vamos ver se este será um
passo no sentido certo.
Neste domingo, dia 9 a diocese do Sumbe celebrou os 40 anos
da sua criação e, como não podia deixar de ser, estivemos presentes com uma
delegação do Gungo.
Amanhã iremos para o Gungo e no próximo fim-de-semana
teremos a peregrinação à capela da Pedra Gonga.
Um abraço e boas férias para quem as tiver.Cumprimentos de todos nós.
P. Vítor Mira
3 comentários:
Olaa Linha da Frente:
Damos graças a Deus pelos progressos que têm feito nos diversos centros da missão, que Deus vos continue a dar forza e coragem para realizar o projeto de DEUS para esse lindo povo.
Um graaande abraço missionário.
Sempre juntos.
Vossa mana:
Ir.Nancy
Saudações,
é sempre bom saber e poder acompanhar o que se vai realizando na Linha da Frente. São animadoras as novidades...
Desejo muita coragem para continuar.
Um abraço forte para os membros da Equipa e para o povo do Gungo.
Até breve!
Obrigado Pe. Vítor por as maravilhosas informações e fotos que nos apresenta.
É belo o vosso trabalho e o Senhor irá recompensar-vos com muitas Graças.
Um grande abraço para a linha da frente, e para todo o povo do Gungo.
Estamos juntos
Tio Serra.
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