Desde o calor da Angola, as nossas melhores saudações.
Chegámos do Gungo mesmo há pouco, depois de duas semanas bem
intensas vividas na Donga e no Chitonde.
Partimos com um programa cheio. O primeiro ponto era a realização da assembleia da missão do Gungo, na sequência da diocesana que
teve lugar em Dezembro.
O Conselho Permanente da missão esteve reunido durante dois
dias a preparar a assembleia que também teve a duração de dois dias e contou
com 39 participantes em representação dos onze centros e dos vários grupos e movimentos existentes
na comunidade.
Houve tempo de estudo da mensagem dos bispos de Angola para
este ano 2016, tempo para o trabalho de grupos e ainda tempo para a reunião
plenária de partilha e conclusões finais. Procurámos implementar as orientações
da diocese do Sumbe adaptando-as à nossa comunidade.
Por vezes este tipo de trabalho não é fácil porque muitos
participantes têm uma escolaridade muito reduzida e pouco hábito de tratar este
tipo de assuntos. Mas é caminhando que se faz caminho e se aprende para
crescer.
Durante a presença na Donga ainda tivemos reuniões com os
líderes da Pastoral da Criança e os acólitos, que vemos numa das fotos.
Num outro dia houve um encontro com os catecúmenos
candidatos a receber o baptismo neste ano 2016. Desta vez apareceu um grupo muito
grande, 75 pessoas, desde crianças a gente de idade mais avançada. Depois de um dia de trabalhos vimos que alguns ainda não revelam a
maturidade necessária e que podemos considerar mínima para receber o primeiro
sacramento. Por isso escrevemos uma carta às comunidades de onde são
originários para que haja um critério mais correto na selecção destas pessoas.
Dia 13 de Fevereiro haverá novo encontro.
A par destas actividades houve outras que também se foram
desenrolando contando com a presença dos trabalhadores da missão.
Ultimamente a ginguba (amendoim) tem chegado a preços mais
interessantes e por isso temos estado a descascar e vender este fruto seco que tínhamos
comprado nos meses de Agosto e Setembro. Dá trabalho a muita gente: é preciso descascar com a
ajuda de uma máquina que nós mesmos adaptámos, limpar e escolher, um trabalho
de paciência a que se dedicam muitas senhoras a troco de barras de sabão ou
farinha de milho.
Também continuámos os trabalhos de construção: fizemos
algumas melhorias na pocilga e já começámos a construir o estaleiro onde irão
ficar a funcionar as máquinas de BTC. Pelo meio o nosso camião avariou; depois
funcionou e deu para ir a Benguela buscar a máquina de BTC, a última que
faltava; depois, avariou de novo.
Foi com alegria que recebemos a referida
máquina que ainda deu algum trabalho a descarregar, mas ainda mais satisfação
depois da missão cumprida.
Na passada sexta-feira deixámos a Donga logo pela manhã e
fomos até à comunidade do centro do Chitonde que já fica no caminho de regresso
ao Sumbe. Ali permanecemos de sexta até hoje, domingo. Tivemos vários
encontros com diversos grupos, quase sempre pequenos porque é uma comunidade que
se encontra muito enfraquecida. Mais importante que o número ou a adesão é
sentirmos que estamos a procurar cumprir o que podemos fazer.
Nesta visita tentámos reorganizar o grupo de catequese da
Primeira Comunhão e dos Catecúmenos. Oxalá tenham coragem para prosseguir a
caminhada, a começar pelos catequistas.
Chegámos ao Sumbe já no fim do dia.
Amanhã, logo pela manhã, partiremos para Luanda para ir
buscar o P. David que vem visitar a missão.
Um abraço para todos e bom mês de fevereiro.
Estamos Juntos.
P. Vítor Mira
1 comentário:
Pois é trabalho não falta ! E como são belos os resultados . Gostei de ver as fotos e de rever caras ,com muitas saudades . O Espírito Santo está presente nos projectos e inspira os " trabalhadores da messe " Dêmos graças .Fiquem bem . Abraços .Inês Lourenço .
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