Gestos que marcam

Olá amigos e amigas, boa noite.

Aqui estamos de novo a dar conta das nossas “andanças”. Depois da ida a Malange à tomada de posse de D. Benedito Roberto como arcebispo daquela arquidiocese, na passada quarta-feira voltámos de novo ao Gungo, mais concretamente ao centro da missão, na Donga.
Desta vez também subiu o camião que levou cimento, farinha de trigo , combustíveis, um tanque para apoio à rega da horta, beliches, ferramentas, tábuas, entre outras coisas. Durante estes dias tem estado a fazer transporte de pedras, areia e madeira para a concretização de algumas obras a tanto a nível comunitário como particular.
O trabalho da equipa desdobrou-se em várias frentes: formação dos Líderes da Pastoral da Criança (mais na vertente da saúde), palestra formativa para jovens também na área da saúde, retiro dos Legionários e celebração da sua festa anual. Na vertente mais material, continuámos a construir a nossa cisterna (já só falta um anel para ficar concluída a parte principal), a regar a nossa horta com toda “pesada logística” por causa de ainda não termos um sistema de rega devidamente adequado; depois há também todo um conjunto de trabalhos como ir à água, lenha, distribuir desinfetante da água às pessoas, entre muitas outras coisas, que fizeram parte das nossas ocupações.
Todos os dias tínhamos a oração da manhã às 6:30 h. (um dia foi às 6:00), missa ao fim da tarde e oração do Rosário como oração da noite. No sábado fizemos uma pequena procissão de velas com a imagem de Nossa Senhora até à aldeia da Calumbamba, próxima da Missão.
No domingo, após a missa, tivemos um almoço convívio promovido e organizado pelos Legionários. É impressionante como, apesar da pobreza material e falta de meios adequados, as pessoas desta comunidade não deixam de sonhar e tentar dar passos em frente nas suas vidas.
Também nos marcou o gesto de um grupo de jovens da Ondjila. Aproveitámos a tarde de domingo, no fim das pessoas dispersarem para as suas aldeias, para ir abastecer os tanques de água da horta e regá-la, pois só ali voltaremos dia 4 de Setembro. Esses jovens foram connosco para nos ajudar. Quando perguntei a um deles porque não tinham ido com os outros para a sua aldeia, respondeu-me que não podiam deixar a equipa sozinha na Donga. Um gesto e palavras que nos marcaram.
Hoje de manhã, com o jipe já praticamente pronto para partirmos, despedimo-nos dos nossos amigos que iriam fazer uma caminhada a pé de cerca de 40 km. Antes da despedida ainda tirámos uma fotografia para recordar… e mostrar.
Um abraço e boa semana.

P. Vítor Mira

D. Benedito Roberto, Arcebispo de Malange

No passado domingo, 19 de Agosto, tomou posse como arcebispo de Malange D. Benedito Roberto, até aqui bispo de Sumbe.
O ato teve lugar durante a celebração da Eucaristia que teve lugar no espaço envolvente da catedral.
Estiveram presentes o Sr. Núncio Apostólico, o Sr. Cardeal Nascimento, outros arcebispos de bispos de Angola, várias dezenas de padres de diversas dioceses assim como de irmãs religiosas, autoridades oficiais da província e do Governo Central, e muitos milhares de fiéis.
O Gungo também se fez representar através da equipa missionária e de um catequista que nos acompanhou.
A celebração foi muito festiva e demorou cerca de quatro horas, como é habitual em Angola em circunstâncias como estas; só o ofertório demorou cerca de uma hora com numerosas ofertas de bens da terra, animais e outros bens.
Um momento de destaque da celebração foi a invocação da história da evangelização destas paragens e dos missionários que muito contribuíram para a fundação desta Igreja, de modo especial os Espiritanos.
D. Benedito é natural do Kwanza Sul, onde tem sido bispo, mais concretamente do município do Mussende que fica vizinho de Malange. Quando estava integrado nos missionários Espiritanos começou o seu trabalho pastoral exatamente na diocese de Malange.
D. Benedito foi ordenado bispo de Sumbe a 25 de Fevereiro de 1996, tendo-se mantido nesta diocese até esta data. Neste momento, e até que seja nomeado novo bispo, acumula a arquidiocese de Malange com o cargo de Administrador Apostólico de Sumbe.

P. Vítor Mira

A Missão de todos nós

E porque a Missão do Gungo é vivida em todo o lado do mundo aqui vão novidades fresquinhas para se sentirem sempre um “pouco do lado de cá”.

Com a equipa renovada há mais um crescer na Missão…

Dois dias após a chegada das Manas Médicas Joana e Mariana e do Padre Vítor que regressou de férias, foi tempo de assumir a picada do Gungo. Estas duas últimas semanas foram de atendimento médico aos centros Uquende e Ondjila e formações na área da saúde e da pastoral na Donga.

Foi tempo de Retiro para os Casais da Igreja que têm filhos para baptizar e para os Catecúmenos e também decorreu Formação de Saúde para os Promotores Rurais e para as Parteiras.

Os trabalhos na horta da Missão também não foram esquecidos e já nos andamos a deliciar com belas alfaces. Entre regas, transplantes e encher os tanques já se fazem notar belos frutos das sementes lançadas.

As nossas Manas Médicas recém-chegadas estão a adaptar-se muito bem e parecem entusiasmadas com o trabalho. As necessidades aqui são muitas mas “catito catito” vamos tentando ajudar no que for necessário.

Estamos agora de partida para Malanje, que este fim de semana será a tomada de posse do D. Benedito que será nomeado Arcebispo de Malanje. Vamos acompanhá-lo neste momento importante e agradecer-lhe por todo o apoio que nos tem dado ao longo destes anos.

Para todos aqueles que nos tem acompanhado em oração, um muito obrigada*

Tukasi Kumosi Olondjanja Vyosi (Estamos Sempre Juntos).

Mana Ersa*

Em Santiago do Cacém

A missão foi avançando ao longo da semana e já terminou o sexto dia. Nestes dias, tem sido possível fazer visitas a lares de idosos e centros de dia, algumas visitas domiciliárias e visita à Cerci. Também se realizaram serões de partilha da experiência missionária e desafio das comunidades a assumirem mais a sua vocação e missão cristãs. Noutro dia rezou-se o terço missionário com a Juventude Vicentina, um grupo missionário local. Na terça-feira foi possível um encontro com o Grupo Missionário Equipa d'África (ver a foto) para partilharmos  experiências. Temos tido o apoio dos padres Vicentinos, da Santa Casa da Misericórdia e das diferentes comunidades e Entidades com quem nos temos encontrado. Não nos tem faltado o apoio e pessoas que manifestam a sua união através de mensagens SMS e, ao nível da população local, vão-nos chegando palavras de incentivo que adoçam o coração e bolinhos que adoçam a boca. Os dias têm começado com a oração da manhã, têm um momento alto na celebração da Eucaristia e terminam sempre com um enconro de avaliação de cada dia e programação do dia seguinte... O resto contaremos mais adiante.

Muito obrigado a todos os que estão unidos. Não esquecemos aqueles que estão em oração por esta iniciativa. Estão em missão connosco de modo especial. 

P.S. Pedimos desculpa pela foto não estar perfeita mas o fotógrafo ainda está a frequentar o curso prático de fotografia)

P.David

Missão no Alentejo 2012

No passado sábado, dia 04 de Agosto, partiu do Seminário de Leiria o Grupo que irá dinamizar a semana missionária, em Santiago do Cacém, Alentejo.

A viagem correu bem e já foi possível iniciar os trabalhos com a participação nas celebrações dominicais e com testemunho missionário. Já se fizeram visitas aos doentes, dinâmicas com crianças, e um convívio com a comunidade do Arealão.

Os padres vicentinos, que estão à frente destas comunidades, acolheram-nos muito bem e estamos a trabalhar em conjunto.

A quem à distância nos acompanha damos o nosso muito obrigado.

Seis anos de presença e acção

Esta foi a primeira Equipa

Faz hoje seis anos que aterrámos em Luanda para dar corpo à geminação entre as dioceses de Leiria-Fátima e o Sumbe. Têm sido anos de trabalho, de entrega, de esforço e um grande testemunho ao mundo de hoje.
Damos graças a Deus por todo o bem que tem sido possível realizar e toda a força que Ele tem dado a cada um daqueles que aceitaram este projecto e têm acreditado nele. Vale a pena fazer o bem ao próximo. Vale a pena continuar a missão de Cristo na terra.
Aos voluntários que têm ido até à linha da frente um forte twapandula, a todos os que estiveram e estão na retaguarda e no apoio o mesmo agradecimento e que, juntos, continuemos a contribuir para um mundo melhor, para fazer deste nosso mundo a casa onde todos nos sentimos bem.
Continuemos ONDJOYETU!

P. David

Do lado de cá...

Olá, boa noite.
Muito obrigado a todos os que têm dado notícias sobre as últimas movimentações de missionários nestes últimos dias. Foi muito bom saber que o nosso amigo Jorge chegou bem e tinha um bom grupo a recebê-lo.
Em relação aos que chegámos a Angola, tudo está a correr bem, graças a Deus.
Embora tenhamos viajado em companhias diferentes, encontrei-me com as voluntárias do grupo "Move-te" no local de recolha das bagagens do aeroporto de Luanda e por isso acabámos por sair juntos, tendo a receber-nos a nossa equipa muito bem disposta.
Nesse, segunda-feira, logo após a nossa chegada, dia tivemos que tratar de alguns assuntos em Luanda; depois ainda passámos pela casa das Irmãs da Sagrada Família para almoçar, tendo depois ido para o aeroporto para deixar o Jorge.
Na terça de manhã rumámos em direção ao Sumbe, onde chegámos ao princípio da tarde.
À noite a equipa preparou uma pequena surpresa para os três que acabávamos de chegar e incluiu o ritual da pica no dedo para ver se tinhamos paludismo. Como não tinhamos, não foi preciso colocar um balão de soro a correr e por isso passámos a um animado jantar.
O dia de hoje, quarta-feira, já foi de preparativos para a ida para o Gungo que será amanhã. Aproveitámos para fazer uma visita à responsável provincial da saúde que agradeceu a presença destas voluntárias que vão trabalhar na área da saúde e toda a ação da equipa missionária.
Amanhã carregaremos o jipe e subriremos ao Gungo, onde estaremos nas próximas duas semanas.
Estaremos no Uquende, Donga e Ondjila com várias atividades nas áreas da saúde, catequese, trabalhos de construção e horta, entre outros. Se Deus quiser, lá para dia 16 ou 17 de Agosto daremos notícias.
Deixamos um abraço para todos com votos de que estas duas semanas decorram da melhor forma, na certeza que de que estamos unidos em espírito.
Uma saudação mais especial para o grupo que irá para Santiago do Cacém para a semana missionária que lá irão realizar, com votos de boa ação missinária.
Cumprimentos desta equipa que não vos esquece.

P. Vítor Mira

O mano Jorge já chegou!

Muito boa tarde amigos Missionários!

A Missão é feita de chegadas e de partidas! Se por um lado no domingo vimos partir 3 missionários para a linha da frente, ontem foi a vez de ver regressar o mano Jorge a Portugal após ter completado 3 meses de Missão. Vinha um pouco mais magro mas bem animado. Com ele vinha também muitos cumprimentos para todos os amigos missionários que mais directa ou indirectamente contribuem para que esta Missão seja possível. Ao mano Jorge um grande Twapandula (Obrigada) por o tempo que disponibilizaste à Missão, um bom regresso a casa. Para a linha da frente que se prepara para já amanhã subir ao Gungo Upangue uwa (Bom trabalho)!

Estamos Juntos

Mana Inês

Partida de missionários :D

Muito boa tarde amigos missionários :D

Ontem, domingo, foi mais um grande dia para o nosso grupo missionário. Foi momento de nos despedirmos do Pe Vitor e de mais duas "Manas médicas" que partem para a Linha da Frente.
O Pe Vítor regressa à Missão após um mês entre nós para umas merecidas "férias".
As manas Joana e Mariana partiram para 2 meses de Missão, integradas no projecto "Move-te" da Universidade de Medicina de Lisboa, e vão colaborar com os trabalhos na Missão do Gungo. Partilhamos aqui as fotografias dos momentos das partidas. Na primeira foi antes da partida do Pe Vitor, na fotografia do meio vemos as manas médicas Joana e Mariana que partiram, com a mana Inês que partirá no final de Agosto. Na última fotografia, temos a fotografia do grupo com as manas médicas.
Partiram todos com muita alegria, cheios de entusiasmo e vontade de pôr as mãos à obra.
Para todos upangue uwa (Bom trabalho), nós deste lado de cá ficaremos a rezar para que tudo corra muito bem.
Estamos Juntos.
Mana Inêgi*

Criança Semente de PAZ

A PASTORAL DA CRIANÇA!

No fim de semana de 13 a 15 de Julho decorreu no Lobito/Benguela o Encontro Nacional da Pastoral da Criança, em que estiveram presente 15 Dioceses de Angola que estão a desenvolver esta actividade. O Gungo também se fez presente pelo Coordenador a nível da Missão, o João Domingos Pacheco, e pela Equipa Missionária.

É importante dizer que a caminho do Lobito o nosso Cavalinho atingiu os 200 000 km (até tive que parar para tirar a bela da fotografia), entre asfalto e “orifícios” da picada a nossa viatura está de parabéns.

Este encontro foi um excelente momento de partilha e crescimento, entre os diversos Coordenadores Diocesanos com a Coordenação Nacional.

No Domingo após o almoço convívio fomos directamente para o Gungo, Missão Donga, com uma formadora de Benguela, a Tia Henriqueta, para uma semana de formação aos líderes da Pastoral da Criança. Esta semana de formação contou com a participação de diversos líderes de toda a missão, parteiras, sobas e catequistas. A formação foi toda dada em Umbundo, o que se torna uma mais-valia na aprendizagem destes.

Apesar do frio que se fez sentir e de ter originado algumas gripes, temos um total de participantes de 61 pessoas.

Na celebração de domingo, contamos com a presença do Padre Guilherme, do seminário do Sumbe, onde se realizou o rito de envio dos líderes da Pastoral da Criança e a emocionante despedida do nosso Mano Jorge que está a terminar o seu tempo de Missão. Após o almoço partilhado com a comunidade, onde tivemos a presença do belo cabrito surpresa cozinhado pelo nosso “Engenheiro das Panelas”, o avozinho Filipe, foi tempo de todos regressarem às suas casas e nós deslocarmos para o Sumbe.

Pastoral da Criança... Um projecto que encanta, que apaixona!

A motivação, a garra, o amor e vontade de fazer mais pelas crianças do Gungo destes líderes é um grande exemplo de fé.

“Eu vim para que tenham Vida, e a tenham em abundância.” (Jo 10, 10).

Tukasi Kumosi*

Mana Ersa

Cisterna nº 2

Olá amigos, muito boa tarde.
Aproveitando a minha presença em Portugal e a possibilidade de colocar mensagens no nosso blogue com maior facilidade, aqui fica mais uma.
Esta diz respeito à construção de uma cisterna que estamos a fazer na Donga, sede da nossa missão do Gungo.
Este local fica a 130 km. do Sumbe, dos quais 80 são de asfalto e 50 de picada.
Uma das maiores dificuldades que temos sentido para realizarmos o nosso trabalho na Donga tem sido a falta de água, ainda para mais neste último ano que foi extremamente seco.
O ideal seria fazer ali um furo para captação de água de qualidade e em abundância. No entanto, a missão não tem recursos financeiros para o fazer e também não seria fácil lá chegarem as máquinas de perfuração devido ao mau estado da picada.
Mas nós não deixamos cair os braços perante as dificuldades e vamos tentando fazer o que está ao nosso alcance.
Assim, graças ao apoio da campanha dos presentes solidários, depois de termos feito uma primeira cisterna na aldeia do Uquende, junto à moagem, avançámos para este segunda cisterna, desta vez junto à casa da missão.
Primeiro cavámos um buraco com 4 metros de diâmetro e três de profundidade. Depois, a pouco e pouco, servindo-nos dos moldes das manilhas que nos foram oferecidos por um benfeitor, temos vindo a construir esta cisterna que terá capacidade para armazenar cerca de 10.000 litros de água.
Em primeiro lugar esperamos recolher a água das chuvas do telhado da casa com a ajuda das caleiras.
Mas também temos previsto ver se numa determinada zona encontramos água para ali fazer um poço do qual se possa depois tirar água para abastecer esta cisterna. Como esse local é um pouco distante, contamos transportar a água com a ajuda do camião da missão.
Como vêm, as vossas ajudas não foram inúteis. Esperamos em breve terminar mais este projeto do qual daremos notícias.
Mais uma vez, um grande bem-haja a quantos nos têm apoiado. Estes passos que damos também são vossos.
Ficam as fotos do tanque e respetivo enquadramento com a casa. Ali vemos um tanque provisório no qual já recolhemos e armazenamos a água que serve para fazer a cisterna.
Cumprimentos.

P. Vítor Mira

Uma história por contar

Em 2006 Ana Sofia Pereira terminou o curso de Engenharia Civil e decidiu dar resposta a um sonho antigo de ser missionária. Despediu-se do seu emprego e entre 2008 e 2010 esteve na missão do Gungo, na diocese angolana do Sumbe, ao serviço do grupo missionário Ondjoyetu. Ao regressar a Portugal percebeu que a experiência não tinha acabado. Voltou e completa agora um novo ano de missão. Reproduzimos aqui a entrevista que Ana Sofia Pereira concedeu à Agência Ecclesia:

   

Agência ECCLESIA (AE) - Como surgiram os primeiros sinais de querer ser missionária?

Ana Sofia Pereira (ASP) - Os primeiros sinais começaram muito cedo. Estava na escola primária quando ouvi os missionários falarem sobre a missão e eu pensei que um dia quando crescesse iria querer ajudar os outros. Quando terminei o curso percebi: “Agora já sou grande. É agora o momento de querer fazer algo pelos outros. Vale a pena deixar tudo e partir em missão”.

AE - E foi isso que fez em 2008.

ASP - Exatamente.

AE - Como foi chegar ao Sumbe pela primeira vez?

ASP - É muito emocionante. Quando cheguei a Luanda, estava muito calor e não conseguia respirar. Cheguei ao Sumbe de noite e não conseguia ver nada mas sentia uma grande emoção. Quando cheguei ao Ondjoyetu (que significa «a nossa casa»), senti “esta é mesmo a minha casa”. Não é só o nome do nosso grupo missionário mas senti que o sítio onde nunca tinha estado, que só conhecia por fotografias era um local especial.


AE - Como descrever a missão, o local onde a Ana Sofia se encontra?
ASP - A missão divide-se em dois locais distintos - no Sumbe onde se situa a nossa casa e no Gungo onde incide fortemente o nosso trabalho. É na missão do Gungo que fica situada a 80 kms de estrada asfaltada e 130 kms de caminho de terra batida, cheia de buracos, onde uma viagem não tem um tempo determinado, apenas importa chegar.

(...) Continua em: http://www.fecongd.org/noticia.asp?noticiaid=34091&tipo_id=215

A nossa horta

Olá amigos e amigas.

Agora escrevo a partir de Portugal; aproveito para agradecer a todos os que me foram esperar ao aeroporto e a muitos outros que, embora não podendo ir,, também me fizeram chegar mensagens de boas vindas. Por aqui estarei até dia 29 de Julho.

Aproveito para partilhar mais um pouco sobre os trabalhos da nossa missão. A partir de Angola não é tão fácil fazê-lo porque no Gungo não temos Internet e as vindas ao Sumbe são de curta duração e nem sempre dão para tudo o que gostaríamos. A net também nem sempre ajuda. A tudo isto há a juntar algum descuido da nossa parte, mas os trabalhos são tantos...

Mas vamos ao que me leva a escrever esta mensagem.

Uma das nossas últimas e mais fortes apostas tem sido na nossa horta: pretendemos cultivar produtos que atualmente temos que comprar, ajudar a população local a perceber que pode e deve cultivar outros produtos para enriquecer a sua dieta alimentar, ver que tipo de produtos a terra porduz melhor para que depois possamos cultivar em maior extensão e assim contribuir para a auto-sustentabilidade da missão.

Na última vez que lá estive com a equipa, no dia 25 de Junho tirámos fotografias de que partilhamos aqui algumas.

Neste trabalho temos tido a ajuda de algumas pessoas da comunidade do Gungo, de modo especial do Sr. Quintas Chimbaia e do povo da aldeia da Calumbamba, que fica próxima. No entanto, também tem sido muito importante o acompanhamento de perto da equipa. Por vezes surgem dificuldades que não são fáceis de superar para estas pessoas porque não têm o hábito deste tipo de culturas.

Dá gosto ver aquela horta a crescer. Nesta semana em que estamos mais uma vez a equipa se deslocou à Donga para, entre outras atividades, abastecer os depósitos de água, regar, fazer transplantes, sachar, etc.

Os nossos meios de trabalho, sobretudo o sistema de rega, ainda são muito rudimentares; mas, se Deus quiser, ainda os podereremos aperfeiçoar.

Por agora fica esta pequena partilha.

Um abraço para todos.

P. Vítor Mira

O padre Vítor está entre nós. Vamos celebrar.

Chegou na manhã de sábado, dia 30 de Junho ao Aeroporto de Lisboa o nosso grande amigo Pe Vítor Mira. Veio gozar umas merecidas férias para retemperar forças, estar com os seus familiares e, certamente, partilhar os momentos da missão que por lá tem vivido.

Pelo facto da sua presença e para darmos graças a Deus por tudo aquilo que tem sido possível vivermos em conjunto através do projecto missionário do nosso grupo, venho deixar um convite a todos os membros cativos, colaboradores, Mil e Tal Amigos, e outros simpatizantes desta acção missionária, para uma celebração eucarística de acção de graças no próximo Domingo, dia 8, na igreja do Seminário, às 18:00h seguida de convívio. Nesta celebração serão enviados os missionários que partirão em missão nos próximos tempos quer para o Alentejo, quer para Angola.

Vamos estar com o Pe Vítor, celebrar e conviver!

Apareçam!

Missão no Alentejo

Neste ano iremos realizar a "Missão no Alentejo" na área de Santiago do Cacém. Esta missão decorerá de 04 a 12 de Agosto. Os voluntários já estão em preparação.
É mais uma oportunidade de fazermos algo em prol do nosso próximo e será certamente um espaço de aprofundamento do espírito missionário.
O Sr padre Agostinho está de braços abertos para nos acolher e esta semana faremos uma visita ao local para levantamento da realidade e fazer os acertos necessários na preparação desta actividade.

SOS na Horta da Missão

Boa noite, amigos e amigas.
Cá estamos de novo para mais algumas notícias da nossa missão.
Temos uma horta junto ao rio (de que não me lembro agora o nome),na Donga, sede da nossa missão. Já foram feitas várias tentativas de a por a produzir, mas não tem sido fácil devido à distância a que se encontra do Sumbe e à dificuldade em encontrar pessoas disponíveis para cuidar dela. Por isso, após várias tentativas, pouco temos conseguido colher.
Em Maio fizemos uma nova aposta a colocação de várias sementes no terreno: cebola, cenoura, tomate, abóbora, batata, pepino, nabo, girassol, feijão, courgette, melancia, repolho, couve, alface, gindungo e girassol. No início ainda havia água no rio. O processo de rega era o mais básico: ir com baldes buscar a água, subir dois patamares de terreno e regar com o regador. Algo trabalhoso, mas o desejo de ver a horta a produzir tem sido tal que não nos poupámos a tal esforço. Mas devido ao ano extremamente seco que temos estado a viver em Angola, rapidamente foram secando as lagoas de água parada deste rio. Percebemos que se não agíssemos rapidamente a horta secaria.

Então, resolvemos, numa semana em que eramos para estar no Sumbe, subir de novo ao Gungo, mas apenas uma parte da equipa.

No dia 5 de Junho de manhã carregámos dois tanques de mil litros, um dentro, outro no tejadilho do jipe e lá partimos rumo à Donga, o Jorge, a Teresa e eu. Chegámos já perto do fim da tarde desse dia mas ainda deu tempo para iniciarmos a abertura de uma nova picada, que no fim vimos que tem cerca de 500 metros, que permitisse o acesso do jipe à horta (antes, pelo caminho anterior, tínhamos que ir um bocado a pé).

Com a ajuda de um roçador a gasolina e de algumas pessoas que nos foram ajudar cortámos o capim, arrancámos cepos e morros de salalé, tapámos buracos, retirámos pedras e no fim lá estava a nossa horta.

Colocámos os dois tanques em cima de pedras e depois, com um terceiro tanque, fomos ao rio, junto a uma ponte antiga de cimento, e aí, com uma motobomba enchemos o tanque que estava dentro do jipe e levámos aos outros dois, tendo repetido o processo mais duas vezes.

A fotografia mostra o momento da descarga da água, algo atribulado pois até de uns tubos de descarga de caleira nos tivemos que servir, mas conseguimos, graças a Deus.

Depois do almoço regressámos ao Sumbe. Pelo caminho ainda carregámos dez sacos de carvão, bem grandes e pesados. Chegámos a casa já de noite um bocado cansados daquela missão relâmpago, mas bem satisfeitos pelo êxito daquela ação. Ao jantar partilhámos com o resto da equipa algumas peripécias daquela viagem.

Agora, todas as semanas enchemos os tanques e a nossa horta vai ficando cada vez mais bonita, tendo já começado a fase dos transplantes.

Um abraço para todos e… estamos juntos.
P. Vítor Mira

Visita ao Chitonde, Cambinda e Uquende

Olá, muito boa tarde e recebam as nossas melhores saudações.
Aproveitando uma vinda ao Sumbe, temos todo o gosto em dar-vos a conhecer mais alguns passos da nossa missão.

Como tínhamos dito, subimos ao Gungo dia 18 de Maio, onde já chegámos bem tarde para as horas de cá. Mesmo assim, as pessoas estavam à nossa espera. Nessa subido visitámos o centro do Chitonde onde o nosso amigo Jorge, na foto, teve o seu verdadeiro batismo de missão. Passámos lá o sábado e o domingo. Sentimo-nos muito bem acolhidos e percebemos que para aquela comunidade foi uma visita importante para revigorar e dar ânimo à sua fé.

Dali partimos para a Donga, sede da missão.

Na semana de 21 a 24 de Maio tivemos connosco algumas pessoas da comunidade que nos ajudaram em alguns trabalhos como a criação de uma horta no terreno da missão e a continuação da construção da cisterna para a água. Foram dias dedicados essencialmente a trabalhos mais práticos em ordem à melhoria das condições de habitabilidade e acolhimento da nossa missão.

Como estava programado, dia 24 fomos para o centro de Cambinda, a 25 quilómetros da Donga que percorremos no nosso jipe em cerca de três horas, devido ao mau estado da picada.

Fomos recebidos, mais uma vez, com muita alegria por parte da comunidade que muito agradeceu a nossa presença e trabalho feito. Ali estivemos até segunda de manhã com reuniões de vários grupos, atividades de formação, dinâmicas com crianças, entre outras coisas, sem esquecer a celebração da missa e do sacramento da Reconciliação, muito “concorrido”.
Terminada mais esta etapa, rumámos de novo à Donga, desta vez para um encontro de formação com candidatos ao Crisma, outro com jovens e mais alguns trabalhos práticos como rega da horta e da lavra da missão, continuação da construção da cisterna, visita a vários locais em ordem a construção de um poço para água, entre outros. Temos que confessar que não foi uma semana muito “conseguida” pois faltaram alguns daqueles a quem era suposto dar a tal formação; mas a vida é mesmo assim, nem tudo corre como queremos e se programa.

No último dia de Maio rumámos à aldeia Uquende, onde é mais habitual estarmos e por isso a chegada foi mais “tranquila”; só o nosso amigo Neto nos recebe sempre quase como se fosse a primeira vez: “o padre veio, a mana veio…”, entre risos, soluços e alguma baba (pois é um jovem com um certo grau de deficiência).

Nesta aldeia assinalámos o Dia Mundial da Criança com jogos, várias atividades didáticas e uma missa só para elas. Foi lindo, ainda que com algumas tribulações.

Outras atividades se realizaram naqueles dias com vários grupos: membros dos movimentos da Igreja, acólitos, jovens, líderes da Pastoral da Criança, entre outros grupos e pessoas individuais com os quais os nossos missionários sempre interagem.

O domingo, 3 de Junho, foi o Dia Nacional do Catequista. Assinalámos o dia com a celebração da Eucaristia, um almoço convívio e a reunião mensal do Ondjango (corresponde ao Conselho Pastoral).

Na segunda de manhã arrumámos as bagagens e descemos ao Sumbe.

Entretanto dia o Jorge, a Teresa e eu subimos de novo à Donga para uma “empreitada” de que espero poder falar-vos noutra altura.

Agora estamos a preparar-nos para amanhã ir visitar o centro da Chitunda, onde estaremos até segunda de manhã. Então partiremos de novo para Donga, até dia 18 de Junho, para mais alguns trabalhos e formações.

Um abraço e tudo de bom. Estamos juntos na oração e na missão.

P. Vítor Mira

Visitem a exposição Missionária

Exposição Missionária: ALARGA O ESPAÇO DA TUA TENDA

De 12 de Maio a 31 de Outubro de 2012 está aberta ao público, em Fátima, no Convivium de Santo Agostinho (cripta da igreja da Santíssima Trindade), das 9 às 19hs (Todos os dias), a Exposição Missionária que nasce da parceria entre o Santuário de Fátima, os Institutos Missionários ad gentes e as Obras Missionárias Pontifícias.

O título – alarga o espaço da tua tenda – tomado do livro de Isaías, pretende levar-nos àquela atitude de quem se encontra de coração aberto para acolher o outro e ir ao encontro do outro.

Trata-se de um projeto que foi amadurecendo durante alguns anos e que nos últimos tempos tomou a forma em que agora se apresenta como um presente para quem o queira receber e descobrir. Para isso contribuiu também a carta pastoral dos nossos bispos, “Como Eu vos fiz, fazei vós também”. Para um rosto missionário da Igreja em Portugal. Passos de uma Igreja que tem a sua origem na Missão, vive da Missão e para a Missão.

Ao longo de quatro núcleos, o visitante poderá sentir, gostar e deixar-se envolver pelo espaço que procura acolhê-lo e acompanhá-lo como o hóspede que há muito era esperado...
Tudo isto num tempo em que o Santuário de Fátima se prepara para a celebração do Centenário das aparições e num contexto em que a Igreja apela e procura encontrar caminhos para a Nova Evangelização. Aceite o nosso convite. Venha até Fátima, percorra os caminhos que o lugar lhe sugere até chegar e descer as escadas, ou a rampa, para a cripta da igreja da Santíssima Trindade. É aí que se pode encontrar com a Exposição Missionária, entrar e… alargar o espaço da sua tenda.
 
Aproveitemos mais este desafio. Vamos lá!
Pe David

Google hearth já mostra casa ondjoyetu

Ora muito boa tarde,

Para quem quer saber mesmo onde fica a casa Ondjoyetu no Sumbe já é possível vê-la, embora ainda apenas com a primeira fase construída. Assim poderão ver o enquadramento no bairro da Pedra Um e na cidade do Sumbe. Claro está quem quiser ver mais terá de instalar o programa.
Boa navegação!
P. David

Balanço da feira- Top+

Bom dia seguidores do nosso blog, quem teve oportunidade de ir à feira de Leiria e visitar a nossa barraquinha pode comprar ou apreciar alguns dos produtos que lá tínhamos e falar com alguém do grupo. O certame correu bem, com a visita da chuva nalguns dias mas faz parte da tradição. A jeito de balanço e titulo de curiosidade apresento os cinco produtos mais vendidos...

E em primeiro lugar ficou a ginguba, vinda de Angola e torrada por cá mas que é sempre um bom piteú
Em segundo  a paracuca, o mesmo amendoim mas com açucar para os mais gulosos e nem sobrou para a fotografia

Em terceiro os presépios de  fimo em cana

Em quarto as cruzes com o logotipo ondjoytu

E em quinto... os panos angolanos
Foi uma oportunidade de angariar alguns fundos para as actividades do grupo, vendendo artesanato feito pelos elementos e amigos do Ondjoyetu e vender também alguns produtos angolanos  e assim contribuir  para o desenvolvimento local.
Se não teve oportunidade de nos visitar certamente surgirão outras oportunidades e pelo menos através do teclado as distâncias vão encurtando.
Cumprimentos a todos o nosso seguidores mana Jacinta