
Olá amigos e amigas, muito boa tarde e votos de bem-estar.
Ontem foi o dia do regresso a Angola do P. David e da Ana Sofia.
Como podem ver na fotografia, uma forte comitiva os acompanhou na despedida e, apesar de alguns corações estarem um pouco "apertados", os sorrisos acompanharam este momento pela alegria que sentimos por haver gente com coragem que continua a levar por diante este projecto.
Depois de muitos beijos, abraços, lágrimas e acenos de mãos, lá deixámos de os ver numa esquina do aeroporto.
Presumiamos nós que tudo estava a decorrer com a normalidade habitual, quando recebemos um chamada da Ana Sofia a informar que tinham perdido o avião. Como esta nossa missionária é muito brincalhona, foi difícil acreditar que era mesmo verdade. Foi como se levássemos uma pancada na cabeça.

Com era possível? E agora que fazer? E as malas, estariam a "viajar" ou teriam sido retiradas do avião? E havia uma preocupação suplementar: o dia 25 de Julho era a data-limite do visto de entrada da Ana Sofia. E se não houvesse voo?...
Graças ao telemóvel, fomos tentando dar força e transmitir serenidade aos nossos passageiros ao mesmo tempo que acompanhávamos o "evoluir dos acontecimentos no terreno".
Entretanto, parámos na estação de serviço de Aveiras de Cima para dar tempo e decidir o que fazer. Viemos a saber que a porta de embarque fechou 15 minutos antes da hora do voo e que os nossos missionários lá chegaram um pouco depois dessa hora.
Depois de termos sido informados que as bagagens tinham sido recuperadas e que já tinham conseguido lugar para o voo da noite, decidimos repartir uma parte do grupo que tinha acompanhado os nossos missionários. Uma parte continuou a viagem de regresso a casa na carrinha da D. Inês e do Dr. Luís, enquanto o Amândio, eu e o Alexandre (no carro deste) voltámos para trás para ir recolher os nossos malogrados viajantes.
Do aeroporto, já com as emoções mais serenadas, e depois de termos sido convidados pela mana Elsa, dirigimo-nos para o apartameneto onde tem vivido com estudante, em Barcarena. Aí tomámos o já desejado almoço que a nossa anfitriã já tinha preparado.
Aí estivemos toda a tarde e aproveitámos para fazer algum trabalho nas listagens e facturas do contentor.
Ao fim da tarde rumámos ao aeroporto onde já estavam os pais da Ana para nova despedida, desta vez definitiva, graças a Deus.
Viemos a saber que a Inês Angélica e Teresa, que tinham dito que iriam ao Gungo, afinal estavam em Luanda para lhes fazer uma surpresa e quem apanhou a surpresa e até o desgosto foram elas. É caso paea dizer: "A Missão também é isto".
Já hoje estivemos em contacto com os nossos missionários; a viagem até Luanda correu bem (engraçado, que o voo da noite partiu meia hora atrasado) tal como a que tiveram até ao Sumbe, onde chegaram a meio da tarde.
Agora, com a equipa mais recomposta e reforçada desejamos-lhe uma boa missão e que estas provações nos ajudem a fortalecer a nossa coragem e confiança.
As fotografias mostram as duas "despedidas".
Um abraço.
P. Vítor Mira