Fiéis seguidores das nossas notícias, temos a comunicar que
finalmente as “chuvas grandes” chegaram. Bom para as lavras, mau para a picada…
E chegaram acompanhadas de muitos raios e coriscos. Esperamos que não sejam um
problema para ninguém. As chapas do telhado do nosso celeiro voaram, mas
acionámos a equipa de melhoramentos e logo se resolveu
tudo.
Esta semana tivemos muito trabalho na lavra da missão:
recolher o milho da terra; levá-lo e guardá-lo no celeiro; lavrar com os bois;
e semear feijão. Para o mata-bicho tivemos “garapa” feita pela mana Teresa.
Para quem ainda não provou esta iguaria, é uma bebida feita com arroz cozido e no
caldo leva um pouco de farinha de milho, depois acrescenta-se o açúcar e já
está, uma delícia! 

Mais notícias: os trabalhos na casa dos catequistas e na
nova serralharia estão a avançar; houve formação para os catecúmenos e para os
penitentes; a nossa padaria até já recebe encomendas de outras aldeias; a nossa
moagem está sem descanso (houve um dia que trabalhou até às 00h00); continuamos
a apoiar nos estudos das meninas do Sumbe e da Donga; mais atividades com a
criançada; mais trabalhos de soldadura com remendos daqui e dali; mais idas ao
rio para abastecimento de água para a comunidade; o nosso cabrito “Antunes”
ficou doente, mas com cuidados redobrados e miminhos já está recuperado (Oh
mana Andreia, é o filhote da “Calcinhas”!); etc.
Dia de regressar ao Sumbe e com alguns contratempos
começámos a viagem já às 14h30m e adivinhem quantas vezes “entalámos”!? Não uma,
não duas, não três, mas cinco. Ou é lama, ou é bambus que caíram com o vento e
não dá pra passar, ou é pedras ou é buracos… Bom, nestas andanças pudemos
cantar: “1h da manhã ei! vem com, 2h da manhã ei!, vem com 3 da manhã ei!,
já são 4 da manhã ei!”... 13h30 de picada, “tá duro de verdade”!
Já no Sumbe, o trabalho também não dá tréguas… A mana Sílvia
com as meninas de casa trataram das compras e tarefas rotineiras para preparar
o regresso ao Gungo e foram à Conda para ir buscar mais água potável. O Padre
David com o mano Humberto foram até Luanda buscar o nosso guincho para o
Cavalinho, fazer mais umas compritas, afinar alguns pormenores do projeto da
água e umas visitas aos amigos e benfeitores da Ondjoyetu.
E é assim o tempo é sempre pouco para tratar de tanto… Mas estamos
juntos e em breve voltamos a dar mais novidades camungungas.













