Olá Portugalito. Por cá estamos todos bem e vamos começar a gravar os nossos camungungos a perguntar por vocês… “A mana Ana e Inês?”, “A Sónia?”, “O tio Diamantino?”, “A Inês cambutinha?”, “A mãezinha Angélica?”, “O mano Amândio”, “A professora Cândida?”, “E o Sr. Padre Vítor quando vai voltar?”, “A mana Vanda?”, “A Lina já casou?”, “O Padre André?”, “O mano Humberto já não vai vir mais?”, “A mana Elsa?”, etc, etc, etc! É verdade, as saudades são muitas e as pessoas não se esquecem. A maior riqueza são as partilhas e as amizades que ficam para toda a vida. Mesmo se distantes, o carinho da lembrança brilha nos olhos deles.
Sugestão da equipa da linha da frente: Escolham um lugar, façam o vosso farnel e partilhem-no num piquenique por aí. As memórias vão aparecer com muitas peripécias para contar e histórias de encantar. Esperemos que não tenham de regressar de barco :P . Bom! Tirem umas fotografias… Façam uns vídeozinhos… A malta daqui também quer ver as vossas chipalas, ou seja, as vossas carinhas larocas e saber como estão.
No Sumbe reunimos forças e fomos até à Conda buscar água para bebermos. Depois, foi ir às compras de mantimentos e preparar tudo para subirmos ao nosso Gungo.
Na sexta, dia 11, chegou o Padre José Luís de Luanda. É um padre bem conhecido do nosso Padre Joaquim, ambos pertencem à congregação do Verbo Divino. Assim, sábado, após o almoço, fomos até ao Centro da Tuma e demos início à nossa semana missionária.

A picada deste troço está bem má. Saltita pedras, escorrega, desvia de buraco, cai noutro. Depois o carro inclina…! Enfim, não conseguimos subir até ao bairro com o Cavalinho (o nosso carro), mas fomos a pé. Jamais desistir de ir ao encontro das comunidades. Até foi divertido, fomos a cantar e levámos tudo à cabeça. Depois de nos instalarmos e de jantar fomos rezar o terço e foi muito bonito. Rezámos à volta de uma fogueira bem grande, sob um céu limpo e estrelado, e, no fim, a partilha dos mais velhos em que ficámos a conhecer a história daquele Centro.
No dia seguinte, o programa manteve-se, oração das Laudes, mata-bicho, confissões, missa e bênção das sementes. Depois do almoço, seguimos para o Centro do Uquende.
No Uquende fomos mostrar à nossa visita a nossa linda Olumema Olumema (a moagem) e dar uma voltinha até à capela da Pedra Gonga. Até subimos ao Monte Cavinjo! Onde a vista é de facto maravilhosa... Avista-se todo o bairro. Ao fundo as montanhas, de um lado a capela da Pedra Gonga, do outro pequenos bairros brotam entre as colinas, de trás vemos o imponente Monte Iko… É difícil descrever em profundidade tudo o que os nossos olhos alcançam. No dia seguinte tudo se repetiu e, depois do almoço, fomos rumo ao Centro da Chitunda.
O mano Mário veio ao nosso encontro já carregado com o material para fazer as manutenções necessárias na Donga. Entretanto, brincadeiras com as crianças até à oração da noite e, depois, mais animação com os jovens do centro que sempre nos recebem com boa disposição cantando e dançando ao som do batuque e com muita alegria à mistura.
Quarta, dia 16, as laudes, confissões, missa e a benção das sementes. A mana Sílvia ainda foi visitar os doentes e, depois do almoço, seguimos todos já para a nossa Donga. Dormimos e, no dia seguinte, fomos com a mana Teresa, o tio Calei e a nossa Julieta até à Chitiapa. Lá a recepção foi à moda tradicional. Mal chegámos dirigiram-nos de imediato para a casa que nos acolheria e deram-nos a famosa cadeira com um copo de água. Só no fim é que retirámos as coisas do carro e fomos preparar a missa. Enquanto a mana Sílvia brincou com a criançada, seguiu o momento das confissões e, por fim, a Missa. O almoço, com a moela da galinha para o Sr. Padre (sinal de respeito) e a lembrança da famosa frase “barriga de missionário, cemitério de galinha”.
De regresso à Donga o trabalho não para. À tarde a mana Sílvia foi com o tio Raimundo Rita buscar água ao rio enquanto o mano Mário fazia de médico para a nossa moagem da Donga. Assim, a nossa menina já trabalha e como alguém diz quando ouvimos um rum rum rum - “mais um cliente a caminho da satisfação”.




Assim, seguimos esperando o regresso do nosso “patele” (padre) David e as crianças correndo e gritando “o nosso padre, o nosso padre”.
A Equipa da linha da frente
Tukasi Kumosi
2 comentários:
Forca aí!! Um forte abraço para todos!!! Humberto e Rita!
Parabéns Linha da Frente.
A vossa reportagem da Missão está maravilhosa.
Muito obrigado pelo vosso trabalho e pelas fotos.
Estamos juntos
Um grande abraço Missionário.
tio Serra.
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