quinta-feira, março 02, 2017

De volta ao Gungo, após 13 anos...

Subida ao Gungo


Durante o fim-de-semana de 25 a 27 de fevereiro foi a minha primeira ida ao Gungo deste ano. Como o nosso “Cavalinho Branco” (o nosso jipe) se encontra doente tivemos de fazer a viagem  por duas etapas. Do Sumbe até à aldeia do Sapato fomos no “Azulinho” (outro veículo mas não preparado para a picada do Gungo), depois seguimos na nossa “Mula” (uma velha Pick up habituada às pedras da picada) até à Missão Donga, demorando, no total, 7 horas.
Que grande emoção, voltar a subir a picada e a recordar alguns dos sítios por onde já havia passado. Como é bom voltar ao Gungo, encontrar o seu povo genuíno, os sorrisos das crianças e o acolhimento dos seus pais com danças e cânticos de alegria.
Nem queria acreditar quando cheguei à Missão Donga, ver o quanto cresceu, a nível de infraestruturas e do número de pessoas naturais do Gungo que coordenam a missão. Ver a quantidade de motas a circular, os inúmeros serviços que a missão presta ao povo. Chorei de alegria, ver o quanto vale a pena dedicarmo-nos aos outros e ver o quanto as suas vidas melhoram!
Neste primeiro momento, é altura de sentar e observar, contactar com as pessoas, observar o seu ritmo e condições. Ver onde poderei dar o meu contributo, de modo, a que as pessoas possam viver melhor, de acordo com a sua cultura, sem interferir diretamente nos seus costumes.
Nestes primeiros dias estive a dar apoio à mana Teresa nas consultas médicas, atendemos cerca de 70 pessoas, só no domingo. A falta de acompanhamento médico é um dos problemas mais graves do Gungo. Ainda com as nossas limitações, a missão dá um grande apoio nas consultas e abastecimentos de medicamentos daquela área.
O momento alto do fim de semana, foi a Eucaristia com celebração de três casamentos e de cinco batizados. Foi uma celebração cheia de cânticos de alegria e rica na vivência dos sacramentos em comunidade.
Chegando a hora da descida, regressou toda a equipa no camião “Elefante” até ao Sapato, depois de “azulinho” até ao Sumbe, demorando, no total, 12 horas.
Que o Espírito Santo continue a iluminar-nos para prestar o melhor apoio dentro das nossas possibilidades.


Susana Querido

5 comentários:

JB disse...

Adorei o teu relato. Continua a escrever para nos mantermos informados do que andas a fazer por aí. Carradas de beijos. JB

TB disse...

Beijos grandes minha amiga ��

Turma EMRC disse...

Como admiro a tua coragem,és GRANDE e LINDA!
Obrigada pelo teu trabalho!
Bjs.

tio Serra disse...

Querida Susana os teus testemunhos deixam a lagrima no canto do olho.
Mas a realidade que vives é muito bela, continua a seres tu mesmo a verdadeira missionária que se encontra disponível para servir como nos diz o nosso Papa Francisco EU VIM PARA SERVIR.
talvez a esta hora estejam ainda a descarregar o contentor, força Camungungos pois nós demoramos dia e meio a carregar.
Um grande abraço para toda a linha da frente.
Para a Susana um abração.
Estamos juntos.
Tio Serra

Anónimo disse...

Olaaaa manos Ondjoyetus e em especial os nossos missionarios da linha da frente. Dou graças a Deus por Ele continuar manifestar a su presença como nosso Pai em todos esses detalhes que experimentam cada dia. Graças pelo vosso trabalho cada um aportando um bocadinho de Se. Deus vos abençõe e Nossa mãe a Virgem Maria vos proteja de todo perigo. Um graaaande abraço muuuuito apertado. Vossa mana ir. Nancy